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Categoria: Projetos

Status report: benefícios, usos e modelo

Um status report é um documento simples que existe para o gerente do projeto, o cliente e a equipe interna atualizarem periodicamente os envolvidos a respeito da situação do projeto, pontos de atenção, entregas que foram realizadas (ou deveriam ter sido) em um determinado ponto no tempo.

Esses relatórios devem ser enviados com frequência predeterminada pela equipe do projeto, de forma a atualizar todas as partes envolvidas a respeito do progresso do trabalho. É uma formalização importante para que o cliente veja se tudo está dentro do prazo estabelecido previamente.

A entrega final do status report inclui a aprovação do produto, com ou sem alterações, junto às equipes responsáveis.

Neste post, você vai conhecer algumas das principais vantagens da utilização de um status report e outras dicas sobre o assunto. Acompanhe o texto e veja como poupar tempo na apresentação dos seus projetos!

Principais vantagens do uso do status report

Reportar o status de um projeto pode fazer toda a diferença no desenvolvimento dos processos. Como é uma espécie de “prestação de contas” que os gestores oferecem aos clientes, é preciso medir as informações que serão repassadas e conquistar a confiança daqueles que contrataram os serviços da sua empresa.

Quer saber mais a respeito das principais vantagens do status report? Confira abaixo.

Foco

Quando você está gerenciando um grande projeto com várias partes interessadas, o status report é uma ferramenta útil para concentrar todas as informações e questões de cada semana. Você pode destacar ações para envolvidos específicos em um local separado e dar a todos na visão geral desse projeto.

Clareza

Se houver qualquer desvio em termos de prazo, ou questões que afetam o orçamento, o status report é um ótimo lugar para evidenciá-los e chamar a atenção das partes interessadas.

Mesmo não sendo a melhor forma de dar uma má notícia, é uma maneira de certificar-se de que você, como responsável pelo projeto, está verificando regularmente o estado atual em relação ao prazo e orçamento original do plano de projeto.

Registro

Resumindo decisões-chave, o progresso e as ações futuras a cada semana de seu projeto, significa que haverá registro de como o projeto tem evoluído.

Como o GP é muitas vezes o ponto central de um projeto, é sua responsabilidade distribuir essa informação e deixar todos a par do que está acontecendo. Isso também ajuda no caso de um imprevisto. Em caso de doença ou férias, outras pessoas podem assumir o projeto sem grande dificuldade. Basta ter uma referência para verificar em que pé está o projeto.

Identificação de riscos

A elaboração do status report facilita que a equipe identifique quais os riscos reais que podem afetar o seu projeto. Além disso, todos eles são documentados, o que facilita os projetos futuros e economiza tempo.

Antecipar riscos possíveis evita que os mesmos erros sejam cometidos e proporciona uma estimativa de conclusão mais assertiva, já que os riscos previstos podem ser evitados ou solucionados mais rapidamente.

Planejamento de custos e investimentos

Um status report eficiente é capaz de planejar os custos que compõem determinado projeto.

Além de estimar esses valores, também é possível controlar os gastos já feitos e traçar um panorama entre orçamento planejado x custo real ao final do projeto. Esses dados possibilitam que a empresa planeje, economize e evite prejuízos causados por conta da falta de planejamento.

Maior visibilidade

Comandando a partir do último ponto do status report, também é útil destacar o status do projeto para sua equipe interna. Dessa forma, a equipe não vai se concentrarapenas em suas atividades específicas, mas também terá a visão e conhecimento do projeto como um todo.

O que caracteriza um bom status report

Para que um status report seja realmente eficiente, ele deve oferecer:

Até aqui, tudo entendido? Ótimo! Mas, afinal, como elaborar um relatório de status que funcione e a que devemos ficar atentos? Veja abaixo.

Objetividade

Um status report deve ser objetivo e conciso. Esse é um documento que visa expor dados reais, por isso, não existem razões para dar espaço à prolixidade.

Todos os dados e informações contidos devem ser de fácil entendimento, evitando o ruído de informações ou reuniões muito longas. Claro que um status report apresenta um grande número de informações, mas é possível ser econômico e compactar os dados em gráficos, tabelas e outros recursos visuais que facilitam o entendimento.

É importante que, na hora da elaborar o status report, o leitor seja levado em consideração. Informações técnicas demais não agregam em nada e ainda podem confundir aquele que precisa avaliar o seu trabalho.

Linha do tempo

Apresentar um relatório com uma linha do tempo é um detalhe fácil de ser providenciado e que pode fazer toda a diferença. Esse é um recurso visual que ajuda no entendimento e deve conter informações importantes, como atividades que já foram concluídas, datas de planejamento para as próximas etapas e se existem pendências.

Esses dados são importantes tanto para a equipe do projeto quanto para o cliente, que pode avaliar se o seu planejamento coincide com a prática e tudo está em congruência com o que foi pedido.

Curva de avanço

Quer um status report completo? Não deixe de apresentar uma curva de desempenho das atividades previstas. A metodologia mais conhecida é a Curva S, que permite identificar o que foi planejado e o que foi, de fato, executado. Essas informações ajudam a equipe a identificar o que pode estar atrasando entregas e se as estimativas estão de acordo com a prática.

Relação entre custo e orçamento

Essa é uma das informações mais importantes do status report. Ter em mãos o valor inicial e quanto um projeto já custou é capaz de proporcionar grandes economias nos projetos futuros. Além disso, vale lembrar que um orçamento é planejado rigorosamente por quem vai bancá-lo, por isso, não é possível que os custos ultrapassem muito esse valor.

Imprevistos acontecem, mas quando essa relação entre custo e orçamento é bem planejada, fica mais difícil que o cliente precise desembolsar mais dinheiro e que fique, consequentemente, insatisfeito com o trabalho. Obviamente que esses dados estão diretamente ligados à viabilidade do projeto, logo, atente-se a isso.

KPIs bem definidos

A sigla KPI vem do inglês Key Performance Indicator, ou Indicadores de Chave de Performance, em tradução livre. São dados selecionados pelos gestores que indicam se o desempenho está conforme planejado e se as metas estabelecidas estão sendo cumpridas pela equipe. Esses dados são capazes de ser mensuráveis, para poderem medir, de fato, o trabalho de uma equipe dentro do andamento de um projeto.

Para definir as KPIs mais indicadas para seu projeto, é preciso que o gestor ou gerente de projetos analise com cautela e atenção quais os objetivos de determinado empreendimento ou produto. Depois de uma meta principal definida, ela deve ser dividida em outros pacotes de trabalho menores.

Assim, facilita-se a compreensão da sua equipe de colaboradores e estimula-se o trabalho com prazos possíveis e reais. Isso torna possível que cada um saiba as funções que devem ser desempenhadas e quais suas responsabilidades dentro de um projeto, evitando atrasos e facilitando o trabalho do gestor na hora de analisar o desempenho da equipe.

Cores diferentes para cada status

Esse é um detalhe que pode parecer coadjuvante para alguns gerentes de projeto, mas a utilização de cores diferentes para cada status pode facilitar muito a leitura de um status report.

Um exemplo é utilizar o vermelho e o amarelo para aquilo que atrasou ou que tem pouco tempo restante para execução, enquanto o verde indica o que já foi cumprido. Também podem ser utilizadas cores que mostrem quais tarefas precisam de maior atenção e que estão saindo muito do tempo planejado anteriormente.

Formato ideal

Um status report eficiente deve ter o formato mais indicado para seu cliente. Para isso, é necessário que o gestor e o patrocinador ou cliente se alinhem e cheguem a uma conclusão a respeito de como essas informações devem ser apresentadas. Embora cada empresa tenha seus formatos já preestabelecidos, é preciso chegar a um acordo.

Para atingir o formato ideal do seu relatório, conheça seu cliente. Quanto mais alto for o nível de conhecimento de quem analisará o status report, mais gerencial e técnico ele deve ser. Seja objetivo, apresente um resumo inicial e garanta o sucesso do seu projeto.

Existem diversos modelos de status report disponíveis na internet e também por meio de softwares de gestão. Além disso, quando você encontra um modelo eficiente para o que seu cliente precisa, é possível reaproveitar e reutilizar o escopo de um projeto.

Cliente Project Builder

Para quem já utiliza o Project Builder o relatório de status report pode ser gerado facilmente via Project BI, quando você necessita de uma maior personalização, ou via detalhes de projetos, acessando Relatórios > Todos > Relatório de Desempenho de Projeto.

O relatório exibe o comparativo de esforço previsto e realizado por pessoa, situações por tipo de componente, total de registros, notificações, documentos, riscos etc. No relatório, em apenas um clique, você gera todas as informações necessárias para um status report eficiente e ainda pode mandar facilmente para todos os envolvidos.

Gostou do nosso post sobre status report? Se o artigo foi útil, não deixe de compartilhá-lo com seus amigos nas redes sociais!

Como montar um modelo de projeto padrão para a sua empresa?

A necessidade de um modelo de projeto surge à medida que a empresa cresce e incorpora novos trabalhos à sua rotina. É natural que ela passe a depender cada vez mais de processos e métodos bem estruturados para que as equipes mantenham sua produtividade.

Gerenciar projetos simultaneamente, sejam múltiplos ou um portfólio, exige o manuseio de grande quantidade de documentos e informações. Isso pode fazer com que as pessoas envolvidas sintam certa dificuldade em desenvolver suas tarefas.

É nessas situações que determinar modelos padronizados faz toda a diferença. Ao adotar e disseminar boas práticas originadas em projetos anteriores, a sua empresa pode melhorar a eficiência na gestão. Com isso, as entregas para os clientes se tornarão bem mais uniformes.

Como montar um modelo de projeto padrão?

Redija um plano

O primeiro passo para criar um modelo é definir um roteiro de plano de projeto. É um documento que lista todas as informações a serem levantadas para as fases de planejamento, monitoramento e execução.

O plano de projeto vai exigir que a equipe discorra sobre escopo, prazo, qualidade, orçamento, riscos, comunicação, documentações etc. Dessa forma, a cada novo projeto, a empresa precisará avaliar diversas dimensões antes de começar as atividades, aumentando as chances de sucesso.

Alinhe os propósitos do projeto com a estratégia de negócios

Antes de correr para a delegação de tarefas ou organização do cronograma, é preciso entender por que o projeto é fundamental para a missão do cliente. Isso significa refletir sobre a maneira como ele se encaixa no plano estratégico global.

Pode parecer clichê, mas a verdade é que o sucesso de um projeto está diretamente ligado às metas e estratégias corporativas. Ele precisa de um propósito ligado a um conjunto de táticas. Sem essas evidências, não adianta prosseguir. Você não saberá quais resultados quer obter e como eles impactarão a empresa/cliente.

Recorra ao Canvas

Atualmente, muitas empresas utilizam o Project Model Canvas para esse fim. Ainda que seu objetivo seja similar ao do plano de projeto, o Canvas é interessante porque permite a inserção de todas as informações essenciais do projeto em uma só folha. Isso facilita a visualização e a análise pela equipe.

Além disso, em vez de criar um plano para cada cenário, é possível comparar vários cenários para um mesmo projeto em uma só visualização.

Delimite papéis e responsabilidades

Para o seu projeto ser concluído como planejado, é preciso dispor de habilidades e conhecimentos diferentes trabalhando em cada uma das etapas. É exatamente o que você vai fazer!

Essa etapa é fundamental para ajudar na delegação de tarefas e na oferta de autonomia com segurança. Até porque, sem agentes e suas respectivas responsabilidades, é provável que as etapas não sejam concluídas adequadamente.

Em cada atividade, envolva os recursos definidos e delimite as horas necessárias para trabalhar em cada tarefa, a fim de concluir a sua entrega adequadamente.

Adote templates

Outra boa forma de padronizar o gerenciamento é adotar templates. Significa utilizar documentos padronizados para diferentes momentos do planejamento e execução dos projetos.

Alguns templates úteis são atas de reunião, relatórios de status do projeto, termos de abertura e encerramento, formulários para aceites de entregas e lições aprendidas. Com o uso desses documentos padronizados, os projetos serão registrados e acompanhados de forma similar, facilitando o trabalho da equipe e dos gestores.

Gerencie o plano de trabalho e o orçamento

Obviamente, planejamento não é tudo. Depois dele vêm as ações práticas. Com procedimentos definidos e pré-gerenciados, o seu desafio será executar os planos e processos do modo certo. Aqui, vale lembrar que, no cotidiano de trabalho, os projetos sofrem alterações quanto ao que foi inicialmente estimado e planejado.

Como gestor, é importante que você esteja sempre atento ao plano de trabalho, verificando o quanto a equipe está avançando dentro do cronograma e orçamento.

Na hora de fazer a gestão dos custos, faça questão de monitorar o orçamento de perto. Confira se os gastos reais são maiores que o estimado. Você precisará estabelecer processos formais para relatar essa gestão financeira. Aliás, a performance orçamentária é um dos principais indicadores de sucesso do projeto.

Simule e valide

A fase da simulação também é fundamental para que a lógica utilizada na construção do projeto seja testada de fato. Será que todas as atividades e os pontos elaborados estão funcionando corretamente? Como ter certeza? Simulando com um projeto real.

Se possível, amplie essa etapa de prototipagem promovendo as simulações com diferentes usuários e perfis de acesso. Assim, você terá mais chances de perceber possíveis falhas no projeto, sejam estruturais, sejam sequenciais. Se tudo der certo, é hora de apresentar o projeto padrão e documentar o processo.

Por que vale a pena padronizar o modelo?

Um projeto padrão costuma seguir um modelo padronizado. Para entender por que os padrões são tão utilizados dentro desse segmento, vamos pensar um pouco sobre o significado dessa palavra.

A padronização tem a ver com a submissão de um processo a determinado modelo ou método. Por meio dela, é possível normatizar e organizar procedimentos de trabalho com o objetivo de aumentar a produtividade e efetivar os lucros.

Como consequência, o produto vivencia o aumento de probabilidades de atender às expectativas do mercado. E, como você viu, não mencionamos nenhum mistério do mundo dos negócios, mas uma maneira simples, prática e com menor custo: a padronização de processos.

Criar um padrão para os processos é o mesmo que formalizar a produção sem abandonar a flexibilidade e a criatividade. Veja bem: isso não significa que os trabalhadores precisarão ser submetidos a normas rígidas e rotinas monótonas.

Pelo contrário! Com uma gestão padronizada, o fluxo de trabalho se torna bem resolvido, com informações disponíveis e uma noção do início, meio e término de uma atividade.

Sendo assim, para que esse método dê certo, é preciso não agir de maneira equivocada. Além disso, quanto mais as pessoas estiverem envolvidas no negócio, se esforçando para aprender com a promessa de melhoria, mais fácil será para que os resultados sejam quase imediatos.

Quer saber mais sobre alguns benefícios que a padronização proporciona para o seu modelo de projeto? Então, continue acompanhando o próximo tópico.

Benefícios da padronização do modelo de projeto

1. Aumento da produtividade

Como explicamos, a produtividade é uma das primeiras atingidas quando o projeto descreve padrões. Quando os profissionais recebem bom treino e sabem como trabalhar utilizando os recursos disponíveis, há melhores resultados na produção. Com processos claros, a rotina de trabalho é melhorada e pode ser mais bem monitorada.

2. Otimização do tempo no planejamento

Seguir um padrão na hora de montar um projeto vai fazer com que você ganhe tempo. Informações sobre custos e prazos podem ser definidas melhor quando há um sequenciamento ou experiência anterior.

Além disso, a definição de escopo, cronograma, distribuição de tarefas, prototipagem e todas as outras etapas leva tempo. Quanto mais você puder otimizar os processos, melhor será.

3. Maior segurança

Acompanhar um modelo que funciona adicionará confiança ao cumprimento de prazo e à qualidade do trabalho. Afinal, um modelo de projeto costuma ser montado com base em oportunidades bem-sucedidas. Tudo é refeito e já documentado, registrando os erros para que não se repitam.

4. Redução de custos

A diminuição de despesas será vista porque as tarefas seguirão parâmetros já calculados com base nos recursos utilizados. O modelo geralmente provê indicadores orçamentários.

Como se não bastasse, o monitoramento eficiente ajudará a manter a velocidade do processo, diagnosticando problemas de modo mais prático. Isso reduz os custos operacionais.

5. Uso adequado dos recursos disponíveis

Quando a padronização é utilizada, o caminho de aplicação dos recursos pode ser mais bem compreendido. Assim, você pode garantir que eles sejam aproveitados de maneira eficiente. Haverá mais segurança na hora de tomar decisões para reduzir o consumo e o desperdício.

No mundo de hoje, as empresas criam a expectativa de que os projetos sejam concluídos cada vez mais rapidamente, com menos custos e muito mais qualidade.

A única forma de garantir sucesso e realizar uma entrega desse porte é se cercando de métodos de gestão de projetos, utilizando conceitos, ferramentas e técnicas eficazes.

Esperamos que você tenha entendido como montar um modelo de projeto padronizado e o quanto isso pode ser importante para o seu desenvolvimento profissional. Aproveite para nos encontrar no Facebook e no Linkedin para receber mais dicas relevantes.

Como fazer um business case eficiente do seu projeto

Quanto vai custar o projeto? Em quanto tempo vamos ter o retorno sobre o investimento? Qual será o fluxo de caixa do projeto? Estas são algumas perguntas que seu business case, ou plano de negócio, precisa responder para justificar o investimento do seu patrocinador em seu projeto. Seja gerenciando projetos internos ou externos, mais cedo ou mais tarde, você precisará justificar o investimento necessário para um projeto.

Vendo que alguns gerentes de projetos possuem dificuldade quando o assunto é atestar a viabilidade financeira de um projeto, preparamos este artigo com o objetivo de te ajudar a construir seu primeiro business case ou otimizar a criação de planos de negócio dentro da sua organização.

O Plano de Negócio

Um plano de negócio (ou business case) é um guia para orientar a criação de um novo negócio ou empreendimento. Esse documento descreve como estará estruturado o negócio com base em diferentes perspectivas, como: analise do mercado; fatores econômicos; viabilidade financeira, dentre outros levantamentos necessários que servirão de base para justificar a implementação do novo projeto. Em resumo, o plano de negócios é um instrumento que permite comunicar uma ideia de negócio para vender (internamente ou externamente) ou para obter um financiamento. Trata-se também de uma ferramenta de uso interno para a organização, pois lhe permite validar a viabilidade das suas iniciativas e serve também como métrica de avaliação pós implementação.

Como elaborar o Business Case

Não existe uma forma exata, seu formato será mais granulado ou mais detalhista conforme a sua aplicação. Para solicitar um recurso no BNDES, por exemplo, existe uma necessidade grande de detalhamento, para seguir um processo interno de apresentação. No caso de um comitê de projeto pode ser mais resumido ou até mesmo um Pitch (documento de uma folha que descreve um novo negócio). O sumário abaixo pode ser utilizado como um guia simples e eficaz:

  • Sumário executivo
  • História da empresa/projeto
  • O produto/serviço
  • O mercado
  • A concorrência
  • Marketing
  • Manufatura e operações
  • Equipe de gestão
  • Resultados históricos (quando disponíveis) e projeções financeiras

Cada um dos itens listados possuem sua importância, no entanto, um ponto que necessita uma atenção especial é a seção Resultados históricos e projeções financeiras. Neste item, todos os detalhes e os dados quantitativos são apresentados em outras partes e submetidos a um teste numérico. Em resumo, as projeções financeiras são construídas com todas as estimativas de vendas da empresa, enquanto que, todos os custos de produção, distribuição, logística, despesas comerciais e administrativas são construídos em um resumo financeiro.

A elaboração das projeções financeiras deve estar sempre orientada a um período de três a cinco anos para que estas sirvam como base para a equipe de gestão, em relação aos objetivos da organização nesse período, e também para comunicá-las à instituições financeiras ou à possíveis investidores. O plano financeiro deve ser construído em padrões conhecidos, podendo ser mais ou menos simplificado, de acordo com seu segmento de mercado e a qualidade das informações obtidas em toda a sua pesquisa, base histórica ou levantamento, mas em resumo conter como resultados:

• Demonstrações financeiras (balanço patrimonial, demonstrativo de resultados/ lucros e perdas e fluxo de caixa) dos últimos anos (se disponível);
• Projeções financeiras e fluxo de caixa para o período de três anos;
• Análises econômicas: ponto de equilíbrio, lucratividade, retorno sobre investimento etc.

Quando houver a necessidade de captação de capital externo, por meio de financiamento, é importante incluir em suas projeções um resumo, desde a utilização até a liquidação dos recursos. Potenciais investidores e financiadores querem ver quanto de recurso financeiro seu negócio irá precisar, assim como a sua capacidade de pagamento e geração de valor.

Você já teve a experiência de construir um business case do seu projeto? Como foi? Compartilhe com a gente nos comentários!

 

12 passos para planejar um projeto

Planejar um projeto é importante para toda empresa que valoriza boas práticas de gestão e entende que a definição de um escopo de trabalho tem grande relevância para a projeção de uma imagem estratégica. Apesar de parecer uma tarefa extremamente complicada, com dedicação e técnica, a etapa do planejamento pode ser muito mais fácil do que se imagina.

Por sua vez, ela começa com o checklist, um trabalho muito comum que se repete pelo cotidiano das pessoas em geral. O ato de conferir listas é um importante aliado para o cumprimento das etapas.

Afinal, o mais fundamental de planejar um projeto é conferir sempre o que falta para ele ser concluído. O que não estiver ocorrendo de acordo com o planejado deverá ser anotado em uma lista diária.

Neste post, vamos utilizar o checklist como um ponto de partida para abordar os 12 passos para quem deseja transformar o planejamento em uma referência para novos gerentes e um lembrete para os colaboradores mais experientes. É recomendável verificar essas dicas constantemente para se certificar de que nenhuma etapa importante foi perdida. Vamos começar?

1. Defina o escopo

A definição do escopo é a principal questão ao se analisar um programa, pois é nele que se encontram a abordagem e o processo que sua equipe usará ao fazer a gestão.

Todo projeto precisa de um escopo claro e maduro, estabelecendo prazos e comunicando as informações mais importantes.

Uma dica importante nesse quesito inicial é deixar de encarar essa etapa como uma documentação e abrir a mente para registrar mais do que datas e deadlines.

Um bom escopo é aquele que demonstra estratégias de relacionamento com o público-alvo e reflete a preocupação dos gestores com o cumprimento das metas estabelecidas.

Esse escopo precisa estar claro, articulando e definindo o projeto, apontando qual é a sua importância, revelando o que precisa ser realizado em cada etapa e o tempo de execução previsto para cada atividade.

2. Identifique os apoiadores do seu projeto

Um bom projeto definido deve ter patrocinadores ou partes interessadas — os stakeholders. Para esses dois grupos, a conclusão do programa é importante. Por isso, é preciso deixar claro quem são essas pessoas.

Além de financiar o projeto, elas podem ter a influência necessária para manter o trabalho em uma situação de crise. Esse grupo de pessoas precisa saber tudo o que está ocorrendo, tanto as boas quanto as más notícias.

O interesse de patrocinadores e stakeholders é importante para definir o caminho do projeto. Portanto, valorize a comunicação clara da visão do esboço.

Afinal, ela é vital para atrair a aprovação da sua proposta pelas partes interessadas. Se você não conseguir demonstrar as oportunidades de negócios inerentes ao esquema e persuadi-los de que você tem um caminho claro do início ao fim, nada acontecerá.

3. Determine os recursos disponíveis

Sempre acompanhando o escopo definido na primeira etapa, é preciso garantir com confiança os recursos necessários para completar o projeto.

Esses recursos podem ser qualquer coisa que você precise para que o trabalho seja executado plenamente. Dentre eles, o mais importante são as pessoas que você precisará reunir para dar andamento às tarefas.

Lembre-se de que você deve conhecer os conjuntos de habilidades requeridos de cada membro da equipe para atender às demandas específicas do projeto. A partir de então, você precisará selecionar as pessoas que possuem a disposição e experiência exigidas para a realização do esquema dentro do seu orçamento e prazo.

Ao refletir sobre os recursos, em geral, faça o máximo de perguntas possíveis para ter a certeza de que você listou tudo o que será preciso. Eles são de caráter técnico? É preciso um conjunto de habilidades especiais ou de treinamento? Os colaboradores necessários já estão no local de trabalho e disponíveis ou precisam ser empregados ou contratados?

A resposta a essas perguntas lhe dará uma boa noção sobre o que precisará ser feito para preencher eventuais faltas de recursos.

4. Construa um cronograma detalhado

Uma parte fundamental no ato de planejar um projeto é entender qual é o cronograma associado a cada etapa. Esse é o relógio na hora de planejar um programa, marcando o tempo que você precisa para completar as atividades que determinam o objetivo da sua proposta.

O escopo e os recursos disponíveis devem trazer informações de quanto tempo será necessário para concluir o projeto. Seja detalhista no momento de estimar quanto tempo as tarefas levarão para serem cumpridas… Tarefa por tarefa!

A linha do tempo é um bem necessário, mas a verdade é que, na prática, existe uma série de fatores que podem fazer com que o delineamento desande. Imprevistos acontecem e você precisa estar preparado para lidar com eles, atualizando o cronograma sempre que preciso.

Pressões do mercado, novos interesses, mudança de agenda e novas tecnologias são exemplos de eventos que podem forçar a mudança de prazo.

Por essas e outras razões, é preciso determinar se uma mudança nos prazos será viável com os recursos disponíveis. Ideias criativas são um grande aliado nesse caso. Explicamos em um post anterior por que o seu projeto precisa de um cronograma realista; confira aqui.

5. Liste as grandes etapas

Com o cronograma elaborado, o próximo passo é montar a sua Estrutura Analítica do Projeto (EAP). Esse instrumento de gestão funciona como um diagrama com níveis hierárquicos, construído a partir dos grupos de trabalho que definem um projeto.

Delineamentos que optam pelo modelo de cascata, sequenciando as ações, possuem um esquema mais facilitado de detalhamento dos processos. Outras partes como o gerenciamento da equipe, do escopo e dos recursos também podem ser mais bem compreendidos.

Enquanto a EAP é repartida em entregas, serviços, híbridos, etc., você precisa começar a pensar que essas atividades devem caminhar juntas até o mais alto nível dessa hierarquia.

Isso ajudará a determinar se você tem capturado “o grande quadro” sobre o que precisa ser feito para completar um projeto.

6. Quebre em pequenas etapas

Após determinar quais são as grandes etapas, o ideal é que elas sejam quebradas em pequenas etapas, dividindo as tarefas entre as equipes. Ao quebrar as etapas, a delegação das atividades tenderá a formar uma ação mais organizada e equilibrada.

É muito comum que as tarefas dentro de um esboço dependam umas das outras, num processo de subordinação quase que natural. Portanto, esteja pronto para dividir e subordinar o que for preciso.

Uma das grandes etapas pode ser, por exemplo, a documentação. As pequenas etapas seriam, então, compostas por entregas ao longo das linhas de Manuais Técnicos, Notas de Versão e Manual de Treinamento.

Isso pode ser quebrado ainda mais em passos como escrever o manual, desenvolver o design e imprimi-lo. Esse processo ajuda a garantir que cada entrega receba seu visto para conclusão.

7. Desenvolva um plano preliminar

Chegando nesse ponto, você já sabe o que o projeto é, quanto tempo você tem para fazê-lo, os recursos que estão disponíveis e, em linhas gerais, o que precisa ser feito.

O próximo passo é desenvolver um plano preliminar. Essa é a sua primeira tentativa de combinar as datas, entregas e recursos. É a hora de identificar dependências e incluí-las em um plano adequado.

Pense nas tarefas que foram delineadas no escopo do trabalho e se esforce para criar uma abordagem de planejamento no melhor esboço que você puder redigir.

Ao final, verifique se o esboço inclui resposta para os seguintes itens:

  • prazos claros ​​e tarefas bem descritas;
  • processo de aprovação do seu cliente;
  • ações alternativas em casos de imprevistos no cronograma;
  • descrição dos recursos necessários;
  • objetivos e estratégias.

Lembre-se de que esse é o primeiro esboço do planejamento. No momento que sua equipe coloca os olhos nele, serão identificadas diversas imperfeições. Isso significa que você não precisa se sacrificar para fazer todas as descrições incrivelmente minuciosas.

8. Crie seu plano de projeto base

Como você deve saber, um gestor de projetos deve estar em constante comunicação com sua equipe. Para planejar um projeto, é preciso desenvolver uma comunicação clara dos objetivos com uma visão múltipla do que cada meta requer como solução.

Esse tipo de atividade não costuma dar muito certo quando o gestor assume toda a responsabilidade para si, excluindo a participação do time nas etapas principais do planejamento.

Com o plano preliminar pronto, é preciso o feedback da equipe. Revise-o com os principais colaboradores, expondo seu pensamento e ouvindo suas ideias.

Eles vão reconhecer áreas que você talvez tenha deixado passar ou que podem ser tecnicamente impossíveis de executar.

Além disso, o time também poderá conflitar ou beneficiar alguma outra iniciativa em andamento. Junte tudo, pondere cada sugestão e, então, desenvolva a versão 1.0 do seu plano de projeto.

Você também pode usar essa etapa de revisão do plano preliminar para questionar seu próprio pensamento e impulsionar sua equipe em busca de uma nova abordagem de trabalho.

Por exemplo, se você estiver trabalhando em um esquema de construção de um blog, a equipe de design pode começar a criar conceitos visuais enquanto os responsáveis pelo conteúdo desenvolvem textos.

A execução de ideias pela equipe e a criação de um diálogo aberto sobre a abordagem utilizada podem te ajudar a criar um planejamento mais robusto.

Esse tipo de comunicação aberta aumenta a confiança na equipe e tende a gerar um ambiente de colaboração que é extremamente útil para o desenvolvimento do trabalho.

9. Faça ajustes, refine o projeto

Você fez sua pesquisa, esboçou sua abordagem, discutiu com sua equipe e criou o seu plano de projeto base. Muito bem. Agora que o seu programa está em uma fase avançada, os ajustes são muito bem-vindos. Reflita com base na realidade de cada passo conforme o checklist padrão. Os processos funcionaram? Os prazos excederam? Houve imprevistos?

Nesse momento, o importante é fazer os ajustes de maneira adequada e calculada, buscando sempre o melhor resultado final.

Refinar o planejamento de um esboço desenhado pode ajudar na execução de tarefas, trazendo mais recursos para concluí-las a tempo ou reduzindo o escopo para uma entrega em uma fase futura.

Se você puder, antes de entregar o trabalho ao cliente, peça para alguém da sua equipe dar uma última conferida. Não há nada mais embaraçoso do que ser um gestor de projetos e entregar um plano com erros. Evite manchar a sua imagem com coisas tão pequenas.

10. Monitore o progresso

Muitas vezes, os projetos saem exatamente como esperado! Tudo dá certo e o gerenciamento pós-implementação é o mais tranquilo possível.

Por outro lado, há momentos em que o trabalho vira um pesadelo terrível e você precisa acordar em plena madrugada para resolver problemas que parecem não ter fim. Se você trabalha como gestor de projetos, deve saber bem disso.

O progresso do trabalho precisa ser acompanhado pela equipe, respeitando o escopo definido lá na primeira etapa. Isso porque, por mais que você tenha desenvolvido um plano sólido, gerenciável e bem pensado, imprevistos sempre podem acontecer.

Será que o seu planejamento está pronto para vencê-los? O plano está, de fato, correndo bem? Os benefícios esperados serão atingidos dentro do prazo estipulado?

O progresso precisará ser algo constantemente monitorado em uma base diária. Descrever como o progresso e o sucesso serão acompanhados durante toda a duração do projeto é função de um gerente interessado e comprometido.

11. Documente tudo

Ao se planejar um projeto, é preciso ter a clara noção de que as coisas vão ser diferentes do que o previsto no plano inicial. Certifique-se de prosseguir com essas alterações por escrito, com a documentação atualizada.

À medida que a proposta caminha, mantenha um registro com todos os problemas ocorridos. Assim, você criará um documento com serventia para o aprendizado e poderá utilizá-lo para a melhoria contínua.

A organização minuciosa contribuirá para que ninguém trabalhe na versão errada dos documentos ou cronogramas. Além disso, os registros de cada etapa servem como provas dos momentos construídos e da autenticidade do trabalho desenvolvido. Por isso, não ignore o valor que existe no processo de documentação.

12. Mantenha todos atualizados

Finalmente, você precisa incluir mecanismos no seu plano de projeto que vão manter todos atualizados. Eles podem ser desde uma simples mensagem de confirmação até uma chamada de conferência de emergência, a fim de resolver um problema que acabou de surgir.

Não deixe o plano de comunicação ao acaso. Os colaboradores precisam saber o que está ocorrendo. Caso não tenham a informação de que determinada etapa precisa de auxílio, fica praticamente impossível oferecer ajudar no que for necessário.

O planejamento é a base da gestão de projetos. Cumprir cada etapa com atenção te ajudará a conduzir o plano por um bom caminho, alcançando os objetivos almejados.

Esperamos que você tenha encontrado utilidade nos 12 passos descritos para planejar um projeto! Agora, é só colocar em prática sem esquecer do checklist e ajustando os processos de acordo com a realidade da sua empresa.

Gostou de conhecer quais são os principais passos na hora de planejar um projeto? Então, baixe o e-book e complemente seu conhecimento ao descobrir como aumentar a produtividade da equipe de projetos.

 

9 perguntas que você deve fazer sobre cada projeto que está gerenciando

Compreender plenamente o projeto que está gerenciando é um fator determinante para obter o sucesso. Saber quem participa, seus objetivos, expectativas e interesses. Todas essas informações estão presentes nos documentos do projeto ou em seu software de controle de projetos. Mas e as informações que extrapolam a documentação? Conflitos políticos entre stakeholders? Líder técnico do projeto desmotivado? Cliente indeciso sobre os requisitos? Elementos como esses podem transformar o seu projeto em um verdadeiro mutante, que muda de forma a todo o momento, tornando complexo o seu gerenciamento.

Preparamos esse post com as principais perguntas que você deve fazer sobre cada projeto que está gerenciando. Eu imagino que você esteja pensando : “Thiago, estas perguntas são bastante básicas e o meu projeto muito complexo.” Realmente são perguntas básicas, mas o que mais me impressiona é que em muitos projetos elas não são respondidas, algumas vezes nem ao menos são feitas ou bem compreendidas. Aproveite e pergunte quando lhe for oferecido (ou na maioria das vezes exigido) um novo projeto. Se você já está em um projeto que não está indo tão bem, eu sugiro que se reúna com sua equipe e stakeholders para obter os esclarecimentos e respostas que você precisa para obter sucesso.

1. O que estamos fazendo?

Você já leu a proposta do projeto que está gerenciando e viu a declaração de escopo. Mas o que o projeto realmente está fazendo? Proposta de projeto e Declarações de Escopo raramente são claras o suficiente para saber o que os clientes querem fazer. Você está fazendo tudo o que você deveria estar fazendo? Você está fazendo coisas que deveria parar de fazer porque são além do escopo? Se você pode chegar a um acordo sobre essa definição, então você tem uma chance maior de está fazendo as coisas certas.

2. Será que os atores e membros da equipe do projeto compreendem o que estamos fazendo?

Será que todo mundo vê o projeto da mesma forma? Ou será que o projeto é como a Torre de Babel, onde cada um fala uma língua, baseados em suas próprias perspectivas. Alguns falam francês, alguns chinês e ninguém sabe exatamente sobre o que o outro está falando. Se assim for, pare. Coloque todos juntos em uma sala e faça uma sessão de trabalho para chegar a uma visão comum antes de fazer qualquer outra coisa. O nosso e-book “Guia Definitivo do Project Model Canvas” pode te ajudar nisso, pois o PM Canvas é uma metodologia que incentiva a colaboração e co-criação.

3. Por que estamos fazendo este projeto?

Qual é o verdadeiro objetivo do projeto e por que estamos investindo nosso tempo e recursos? Claro, nós queremos fazer um bom trabalho para o cliente. Mas há outras razões para o projeto? Por exemplo, é o projeto de importância estratégica para a nossa empresa, porque vai representar uma diferencial competitivo importante ou o projeto é importante porque a reputação e o ego de alguns executivos estão envolvidos? É possível quantificar as metas e compreender perfeitamente os requisitos?

4. Quem é o patrocinador e stakeholder mais influente no projeto?

Você já teve a experiência de trabalhar com ele antes ou conhece alguém que teve? Quanto melhor o seu relacionamento, acesso e comunicação com eles, mais fácil atingir o sucesso de projeto será. Além do patrocinador principal, certifique-se que você tem uma lista de todas as partes interessadas, por que eles estão envolvidos e quais são seus principais interesses, níveis de influências e se são protagonistas, antagonistas ou neutros. Alguns estão envolvidos, porque precisam ser mantidos informados, outros porque o projeto é essencial para a sua linha de negócios ou porque eles têm investido recursos e fundos nela. Neste caso, minha sugestão é que você construa uma Matriz RACI.

5. O que é mais importante para o patrocinador e stakeholder(s)? Qual é a sua meta prioritária? Apenas a construção do produto é o suficiente?

Basta entregar o serviço que fui contratado para fazer? A minha dica é que há sempre coisas mais importantes para o projeto do que apenas verificar se as entregas foram realizadas. Foque em ouvir e tentar captar a perspectivas deles.

6. Concordo que o cronograma do projeto é realista e viável?

Depois de entender o cronograma do projeto, como ele foi criado, e o que você está realmente fazendo, então analise friamente o cronograma e a conclusão prevista do projeto e responder a esta pergunta. Se ele não parecer realista ou viável, você só tem uma escolha: refazê-lo.

7. Como o projeto foi comunicada à equipe?

Isto pode parecer uma pergunta boba, mas gosto de perguntar porque com base em o que foi dito para cada membro da equipe na apresentação do projeto, pode fazer muita, muita diferença. Claro, você quer que todos da equipe tenham a mesma visão do projeto. Assim, como um primeiro passo (se você não tiver feito isso ainda), considere a criação de um PM Canvas que explique exatamente o que você está fazendo e por quê. Ele vai ajudar a manter todos informados e alinhados quanto a visão do projeto.

8. Como os membros da equipe foram selecionados para esse projeto?

As perguntas 8 e 9 estão relacionadas e são muito importantes. Você herdou a equipe? Se assim for, porque foram selecionados? Quem foi responsável por sua seleção e alocação no projeto? Como foram determinados seus papéis no projeto e suas atribuições? Em muitas empresas não é dedicada uma atenção especial para saber se cada recurso possui experiência e perfil para desempenhar a função atribuída em cada atividade. Eu sei que existe escassez da mão de obra e muitas vezes colocamos no projeto quem está disponível, mas dependendo da importância do projeto e sua complexidade, essa pergunta tem que ser muito bem respondida. Infelizmente existe um risco grande de que os membros da equipe foram designados simplesmente porque eles estavam disponíveis e não porque eram as pessoas certas para o trabalho.

9. Será que a equipe do projeto tem as habilidades que você precisa para ser bem sucedido?

Por último, o sucesso do projeto vai depender se você tem as habilidades certas na medida certa. Quais habilidades meu projeto demanda? Tenho membros da equipe com essas habilidades e no nível necessário? Onde somos mais fracos? Existe algum conhecimento não dominado pela equipe do projeto? Não é necessário que todos os membros da equipe sejam especialistas, mas é imprescindível ter um equilíbrio entre os conhecimentos necessários por cada atividade. Uma boa prática é realizar uma entrevista com cada pessoa da equipe e descobrir seus pontos fortes e fracos. Caso exista algo critico temos duas alternativas: buscar dentro da organização esse conhecimento ou tentar terceirizá-lo.

Então, quais são os fatores mais importante para a gestão de um projeto de sucesso? Compartilhe seus pensamentos em um comentário.

Como planejar a implantação de um PMO enxuto com Project Model Canvas

Existem muitos desafios ao planejar a implantação de um PMO, o que acarreta em uma grande taxa de insucesso (já falamos aqui no blog sobre os motivos pelos quais os projetos fracassam). O Business Model Generation resolve o valor e planejamento dos recursos e atividades-chave do PMO. Mas e o projeto de implantação? Para te ajudar na estruturação do PMO criamos este artigo que mostra o passo a passo de como planejar seu escritório de projetos usando a metodologia do Project Model Canvas.

O Project Model Canvas é uma metodologia para planejamento e co-criação de projetos, criado pelo professor José Finocchio, e utiliza conceitos de gerenciamento de projetos, neurociência e design thinking para simplificar a elaboração do Plano de Projeto. Você pode conhecê-lo melhor no livro Project Model Canvas – Gerenciamento de Projetos Sem Burocracia, do Prof. José Finocchio Júnior.

 

A dinâmica

A dinâmica de construção do Canvas não tem papéis pré-definidos, mas apenas duas regras básicas:

1ª Deve ser feito em equipe;
2ª Uma das pessoas envolvidas deve ter conhecimento básicos de gestão de projetos.

Criando o PM Canvas

Na metodologia, os participantes preenchem um Canvas colocando post-its nos 13 quadros que definem, resumidamente: Por quê? O quê? Quem? Como? Quando e Quanto? Essas são as perguntas certas para estruturar o seu planejamento. Para a dinâmica, serão necessários uma boa sala de reunião para a equipe se isolar e os seguintes materiais:

Criando um Canvas com Post-it

a) folha A1 com o Project Model Canvas
b) post-it grande (98,4×149)
c) fita crepe
d) canetas

Criando um Canvas Digital

Ao planejar a implantação de um PMO, utilizando o nosso aplicativo mobile será necessário que cada participante baixe o App na Appsotre, para queM utiliza IOS. Uma televisão ou um projetor, onde será projetado a url do Canvas (nesse vídeo explicamos a dinâmica). O Benefício do Canvas digital é que não necessariamente os participantes necessitam estar na mesma sala, todas as informações ficam salvas digitalmente, e para quem utliza o Project Builder, é possível criar um projeto a partir do seu Canvas.

Preenchendo os 13 Blocos

0 – Pitch:

A maneira mais simples de descrever o seu projeto é usar o mínimo de palavras possível. O Pitch é a primeira parte a ser preenchida do seu PM Canvas. Nele, você deverá resumir seu projeto em apenas uma frase.

Exemplo: Escritório de projetos rodando!

Por quê?

Nesse ponto, você deverá responder o porquê da realização desse projeto. Se não conseguir encontrar a resposta, todo o seu planejamento perderá o sentido. Para fundamentar a defesa do seu projeto é importante analisar a situação atual da empresa, identificando quais são suas principais dores, que problemas estão enfrentando com essas dores e quais necessidades é preciso atender. Com o dever de casa respondido, vamos aos post-it.

1 – Justificativa

Coloque os problemas que a organização atualmente enfrenta e quais necessidades não estão sendo atendidas no momento.

Exemplo: projetos fora do padrão; insatisfação do patrocinador; gerentes de projetos gastam a maior parte do tempo apagando incêndio; perda de faturamento; perda de cliente.

2 – Objetivo Smart

Coloque nesse post-it o objetivo do projeto de maneira que fique “smart”. Isso significa:

  • Specific (específicos)
  • Measurable (mensuráveis)
  • Attainable (atingíveis)
  • Realistic (realistas)
  • Time Bound (temporizáveis)

Exemplo: Implantar o escritório corporativo de projetos na empresa Acme, responsável por padronizar a gestão de projetos; capacitar os gerentes de projetos na sua metodologia; dar suporte aos projetos estratégicos da empresa até 12 de agosto de 2014, gastando até R$ 80 mil.

3 – Benefícios

Deve descrever o que a empresa irá conquistar após a implantação do projeto.

Exemplo: aumento de faturamento; ampliação da satisfação do cliente; redução de custos; melhor qualidade de vida para o gerente de projeto.

O quê?

Quais necessidades serão atendidas? Nessa etapa, serão listados quais produtos, serviços ou resultados serão entregues ao final do projeto.

4 – Produto:

O produto é o resultado final do projeto. Um projeto pode também gerar um serviço ou um resultado único.

Exemplo: escritório implantado e operando na empresa Acme.

5 – Requisitos:

Definem a qualidade que o produto (serviço/resultado) precisa apresentar para ter valor para o cliente.

Exemplo: deve ter fluxograma da gestão de projetos; deve ter a metodologia padrão de gestão de projetos; deve ser aplicado o treinamento padrão da metodologia de gestão de projetos; deve ser implantado um software de gestão de projetos; deve ter uma festa de encerramento no final do projeto.

Quem?

Define quem participa do projeto. Inclui os stakeholders, os membros da equipe e o gerente do projeto.

6 – Stakeholders

Podem ser stakeholders externos ou fatores externos.
Stakeholders externos – são os envolvidos que não estão subordinados ao gerente de projeto.
Fatores externos – que podem afetar o projeto e devem ser listados.
Exemplo: consultoria em gestão de projetos; fornecedor do software de GP; diretorias da Acme; gerentes funcionais da Acme.

7 – Equipe

Todos os participantes que são responsáveis por produzir as entregas do projeto.

Exemplo: gerente do projeto; analista do PMO; consultor de projeto; analista de processos; instrutor.

Como?

Nessa etapa, respondemos como o trabalho será entregue no projeto. Para que o projeto ocorra naturalmente é importante definir quais são as entregas e quem são os responsáveis; suas premissas e restrições.

8 – Premissas

São suposições dadas como certas sobre o ambiente e os fatores externos ao projeto, que não estão sob controle do gerente de projeto. Exemplo: 90% dos gerentes de projetos vão aderir ao projeto; o software de gestão de projetos será implantado até 12 de agosto de 2014.

9 – Grupos de entregas:

São os componente concretos, mensuráveis e tangíveis que serão gerados pelo projeto.

Exemplo:
1 – Estratégia de implantação
4 – Apresentação do Processo
2 – Processo de GP
5 – Aplicação do Treinamento
3 – Implantação do PB
6 – Festa de Encerramento

10 – Restrições

Nesse quadro serão descritas as limitações do projeto, de qualquer natureza e origem, que impactam no desenvolvimento do trabalho da equipe.

Exemplo: os gerentes funcionais não podem se ausentar por mais de 8 horas de suas funções; não poderá ser gasto mais de 20% do orçamento com serviços externos; a equipe de TI interna não dará suporte à nova aplicação.

Quando e Quanto?

Em seguida, definimos quando o projeto será concluído e quanto custará para a organização. Mesmo sabendo de toda incerteza do planejamento, o gerente de projetos deverá dar uma estimativa de custo e de prazo para entregar os trabalhos do projeto.

11 – Riscos:

Riscos são eventos futuros e incertos que têm relevância para o projeto. Nessa etapa identificamos e analisamos os riscos do projeto e, para os mais relevantes, devemos buscar e implantar as respostas.

Exemplo: gerência funcional não adere ao método de GP; baixa qualidade do treinamento realizado internamente; atraso na implantação do software.

12 – Linha do tempo:

Nesse momento definimos quando vão ocorrer as entregas do grupo de entregas. A metodologia PM Canvas sugere que o prazo do projeto seja dividido em 4 períodos definidos pela equipe do projeto.

13 – Custos

Quanto será gasto para concluir esse projeto? É importante distribuir os custos pelos grupos de entregas pré-definidos.

Exemplo:

1 – R$ 800
2 – R$ 2 mil
3 – R$ 5 mil
4 – R$ 1,2 mil
5 – R$15 mil
6 – R$ 4 mil

Conclusões

A aplicação do PM Canvas pode facilitar muito o planejamento do PMO e a estruturação das entregas necessárias através do exercício e estudo de seus treze blocos fundamentais. Ele também possibilita divergir e convergir opiniões, criando assim, um entendimento comum entre os envolvidos e gerando indicadores fortes para a criação de um projeto de sucesso.

 

Agora você já pode começar a planejar a implantação do seu PMO! O que achou? Compartilhe conosco nos comentários!

10 passos para implementar uma metodologia de gestão de projetos com sucesso

Se você está pensando em implantar uma metodologia de gestão de projetos na sua organização, é importante que tenha atenção em alguns pontos.

Isso porque a grande maioria das empresas se concentra no planejamento do sucesso da iniciativa, dando uma atenção maior ao controle de seus orçamentos, entregas, expectativas da alta gestão e em chegar ao “go-live” nos prazos.

No entanto, apesar de dedicarem seus melhores esforços ao gerenciamento de projetos, as taxas de fracasso dessas empresas geralmente permanecem elevadas. Na verdade, implantações de metodologia de gestão de projetos falham por diversas razões.

Dentre elas, há a falta de compromisso dos executivos, as expectativas não realistas, a definição pobre de requisitos, a seleção de processos inapropriados, as lacunas entre a rotina implantada e os requisitos de negócios necessários, e os recursos inadequados no software de gestão de projetos adotado.

E há também questões como os orçamentos irrealistas, a má gestão do projeto — que subestima o impacto da mudança —, a falta de formação e educação, e, por último (mas não menos importante), a má comunicação.

Bem, com esse grande rol de fatores de fracasso, é natural que as chances de sucesso de implantação de uma metodologia pareçam impossíveis — mas não são. De fato, a implementação deve começar com um plano de garantia de projetos estratégicos, com pontos críticos de atenção.

Assim, tal projeto de garantia estabelece uma compreensão clara das expectativas dos principais stakeholders, das áreas de negócios e da área de TI para parceiros, fornecedores e usuários finais da metodologia.

Diante disso, listamos neste artigo 10 passos para você seguir e ter êxito ao colocar em prática uma metodologia de gestão de projetos. Continue lendo e confira!

Implantações de metodologia de gestão de projetos falham por diversas razões, incluindo a falta de compromisso dos executivos, expectativas não realistas, definição de requisitos pobres, seleção de processos inapropriados, lacunas entre a rotina implantada e os requisitos de negócios necessários, recursos inadequados no software de gestão de projetos adotado, orçamentos irrealistas, a má gestão do projeto, subestimando o impacto da mudança, a falta de formação e educação, e por último, mas não menos importante – a má comunicação.

Com este grande rol de fatores de fracasso, as chances de sucesso de implantação de uma metodologia parece impossível, mas não é. Ela começa com um plano de garantia de projetos estratégicos com pontos críticos de atenção. Tal projeto de garantia estabelece uma compreensão clara das expectativas dos principais stakeholders, áreas de negócios e área de TI para parceiros, fornecedores e usuários finais da metodologia.

Listamos 7 passos para você seguir ao implementar uma metodolgia de gestão de projetos.

Crie um PM Canvas de garantia de sucesso

Para a implantação ser bem-sucedida e entregue no prazo, no orçamento e com a aceitação do cliente, é fundamental criar um Canvas de garantia de sucesso de maneira colaborativa, como parte de uma implementação de uma metodologia em grande escala.

Quanto a isso, já explicamos, em um post anterior, como planejar a implantação de um escritório de projetos com o PM Canvas. Em suma, isso irá te ajudar a:

  • reduzir e controlar os custos do projeto;
  • garantir que as metas sejam cumpridas;
  • minimizar surpresas;
  • fornecer uma análise objetiva;
  • proporcionar paz de espírito e confiança entre os executivos e os membros da equipe do projeto.

Padronize processos

De fato, parte da implantação de uma metodologia de gestão de projetos está na padronização dos processos, buscando simplificar e otimizar a rotina. E a primeira coisa que precisamos padronizar no ambiente de projetos são as nomenclaturas utilizadas na gestão.

Algumas dessas nomenclaturas são:

Tipos de projeto

Existem diversas formas de classificar projetos, mas seu objetivo principal é permitir identificar o volume de projetos gerenciados na organização com natureza semelhante, assim como permitir medir performance entre eles, analisando diferentes fatores.

Quanto a isso, alguns exemplos de tipologias para classificação consideram fatores como complexidade, área do conhecimento, natureza do serviço e o tipo de produto a ser gerado.

Registro de horas

Ao classificar os tipos de horas gastas nos projetos, é possível entender onde os gerentes de projetos estão gastando mais tempo e ainda identificar oportunidades de otimização.

Alguns exemplos comuns são: horas de gerenciamento, resolução de problemas, reunião, atendimento a clientes, entre outros.

Tipos de Custo

Ao classificar os custos, conseguimos saber, assim como no registro de horas, onde estamos gastando mais dinheiro e como podemos economizar.

Na PB, como trabalhamos com consultoria e nos locomovemos muito para fazer implantações, controlamos os custos de logística, compra de equipamentos, reembolso de consultores e despesas com serviços contratados.

Tipos de Questão

O registro das questões, também conhecido como Issues, tem por objetivo classificar todas as questões e problemas ocorridos no projeto. Trata-se do controle mais importante do projeto, pois trata diretamente os problemas e as questões do projeto.

Um exemplo comum é: “o projetor da sala de reunião não funciona”. Nesse caso, não justifica criar uma atividade para trocar o projetor, mas, se o problema não for resolvido, não será possível realizar o treinamento em gerenciamento de projetos que seria realizado no próximo dia.

Quanto a isso, os tipos de questões buscam classificar a natureza da questão ou sua origem.

Situações

Basicamente, serve para deixar claro o status de um projeto ou de uma atividade. Assim, a situação nos ajuda a compreender, em pouco tempo, em que fase se encontra uma determinada etapa ou projeto.

Associar uma cor a cada situação torna ainda mais fácil a compreensão. Por exemplo, a cor vermelha pode significar atraso, e a cor azul, mostrar o que já foi concluído. Isso ajuda todos a terem uma melhor visualização de dados, de modo a estimular a conquista de resultados.

Ainda, no Project Builder é possível utilizar as situações default do sistema ou criar situações personalizadas, como no exemplo a seguir:

No geral, a padronização de processos serve muito bem para que a comunicação seja mais facilitada, pois, dessa forma, todos passam a falar a mesma língua. Além disso, evita-se a perda de tempo para fazer a definição de certos pontos no meio do projeto.

Alinhe os fluxos de trabalho

Para assegurar uma padronização na maneira como os projetos serão conduzidos em toda a organização, você precisa identificar, alinhar e monitorar continuamente os fluxos de trabalho.

Portanto, entenda as dependências entre eles durante o desenvolvimento das atividades do projeto para garantir a alocação de recursos próprios e o cumprimento dos prazos dos projetos.

Defina atividades obrigatórias como kick-off, criação do canvas do projeto, marcos de aprovação de entregas e reunião de encerramento. E aproveite também para identificar quais são as etapas cruciais — ou seja, aquelas que, se sofrerem atraso, gerarão impactos no cumprimento de prazo de todo o projeto.

Esse tipo de planejamento evita, por exemplo, que se conclua uma tarefa no projeto para, então, notar que uma das suas etapas está incompleta. Além disso, também acelera o processo de conclusão, já que, uma vez que uma etapa está finalizada, todos sabem qual é o próximo passo a ser seguido.

E uma maneira de facilitar o alinhamento de fluxo de trabalho é utilizar modelos de projeto, em que você pode padronizar os pacotes de gerenciamento ou até mesmo todo o projeto.

Quanto a isso, aconselhamos nossos clientes a criar modelos de projetos recorrentes ou, então, criar ao menos o pacote de gerenciamento que poderá ser incluído separadamente em cada projeto.

Simplifique a priorização e seleção de projetos

Há algumas técnicas para avaliação individual de propostas de projetos que são utilizadas em diferentes metodologias e na literatura, e aplicadas ao dia a dia das empresas.

Ainda assim, as organizações ainda têm dificuldades quando é necessário avaliar um grande conjunto de projetos em carteira e definir rapidamente a prioridade de cada um deles.

E, especialmente na área de Tecnologia da Informação — em que a disputa por recursos é maior —, muitos projetos são iniciados sem uma avaliação prévia da sua real contribuição aos objetivos estratégicos do negócio.

Então, uma forma de resolver a questão é adotar um método simples e efetivo na definição de uma lista priorizada de projetos a executar, e na utilização de critérios de avaliação que agrupam pesos e comparativos. Vejamos:

Critérios

Em suma, os critérios são utilizados para pontuar os projetos, e refletirão a importância do projeto em relação a uma perspectiva de avaliação. Alguns exemplos são: custo do projeto, prazo de implantação, retorno sobre o investimento, prioridade e complexidade.

Indicadores

Já os indicadores são utilizados para agrupar os critérios, definindo o peso de cada um na classificação do projeto. Agrupando os critérios de custos do projeto e retorno sobre investimento, temos, por exemplo, um indicador financeiro.

Comparativos

Por sua vez, os comparativos são utilizados para agrupar os indicadores, facilitando sua utilização na seleção dos projetos. Normalmente, os grupos são formados por três indicadores, classificados em:

  • Eixo Horizontal (X)
  • Eixo Vertical (Y)
  • Tamanho (Z)

(Esses nomes se devem à sua utilização no gráfico de bolhas). Assim, a combinação de critérios, indicadores e comparativos permite plotar um gráfico de bolhas de maneira a tornar simples e efetiva a seleção de projetos.

Na avaliação gráfica, os projetos que estão no quadrante superior direito são os mais relevantes para estratégia da empresa, e os demais precisam ser avaliados se realmente geram valor para o negócio.

Com isso, evita-se a situação de empreender esforços em um projeto pouco alinhado com os objetivos do negócio, e deixar de lado outro que agregaria o valor desejado, por exemplo.

Descreva os papéis e responsabilidade

Uma das mais importantes definições no gerenciamento de um projeto são as atribuições de papéis e responsabilidades.

Para que a colaboração funcione perfeitamente, é fundamental definir e formalizar todo envolvimento e responsabilidade, a fim de evitar dúvidas e conflitos entre os membros da equipe. (Aliás, aproveite e veja o post que dedicamos à Matriz Raci).

Os principais papéis de uma atividade no projeto se dividem em:

Responsável

O responsável pelo gerenciamento do projeto. Ele deve planejar e executar plenamente o projeto até a sua conclusão.

Executor

Tem a função de executar suas atividades, informando esforço realizado, percentual realizado e datas reais de início do trabalho e de conclusão.

Equipe

Não é incumbido de entregar o produto final em uma atividade, mas está como um apoio ao trabalho e não é o principal responsável. Ele o executa, informando esforço e percentual realizado.

Valida

Valida o término de uma atividade informando fim real. Assim, tem o papel de analisar se a entrega foi realizada corretamente e se ela atende aos requisitos e expectativas do cliente.

Observa

Em suma, apenas consulta as informações e acompanha se elas têm uma função direta no desenvolvimento da atividade ou do projeto.

Dessa forma, a definição correta das responsabilidades evita tarefas publicadas, disputas e dúvidas sobre quem deve assumir quais responsabilidades.

E, para quem utiliza um software de gestão de projetos, é importante pensar nos perfis de acesso ao sistema, definindo que informações cada usuário pode acessar, editar e interagir. Essa hierarquização garante a disponibilidade e confiabilidade de dados, e também ajuda a aumentar a produtividade.

Quanto a isso, no Project Builder é possível criar um perfil de acesso para cada usuário do sistema e, assim, garantir a governança e a segurança das informações do sistema.

Identifique e analise os riscos

Sabemos que todo projeto envolve riscos em sua execução. Por isso, é indispensável que haja uma análise de riscos prévia para que o projeto corra a menor quantidade possível de riscos.

Basicamente, o momento consiste em tentar prever todas as situações indesejáveis que podem acontece dentro da execução de um projeto. A partir disso, os riscos devem ser classificados quantitativamente e qualitativamente.

Quanto à questão qualitativa, eles se dividem de acordo com a probabilidade de ocorrência:

  • quase certo: é o tipo de risco que não pode ser desconsiderado, já que as chances de ele acontecer estão muito acima da média;
  • provável: é o tipo de classificação das análises que mostram que o risco é bastante frequente, mas não é quase uma unanimidade estatística;
  • possível: é um risco de probabilidade média de acontecer, como acontece com um risco de probabilidade 50/50;
  • improvável: é o risco que existe e acontece esparsamente, mas com chances bem menores;
  • raro: é o tipo de risco que acontece em situações muito pontuais e que, para a realidade do projeto, tem as menores chances de aparecer.

Em seguida, há a classificação qualitativa, que acontece referente ao impacto da concretização de cada risco:

  • gravíssimo/catastrófico: é o tipo de risco a ser evitado a todo custo, já que pode causar graves prejuízos para o projeto e/ou para a empresa;
  • grave: é um risco que gera impactos negativos, mas em menor escala, e que gera um efeito menos abrangente;
  • médio: é um impacto não desejado e que, dependendo das probabilidades, não inspira tantos cuidados;
  • leve: é o tipo de risco facilmente contornado, sem que isso impacte todo o andamento do projeto;
  • insignificante/sem impacto: é o risco que pode até acontecer, mas que não influencia o andamento do projeto.

Então, diante dessa classificação, é possível montar uma matriz de risco, em que os mais impactantes e mais prováveis ficam à direita e acima. A partir daí, é possível priorizar quais riscos merecem ações mais efetivas, já que um risco quase certo e gravíssimo merece mais atenção do que um risco provável e grave, por exemplo.

De fato, a priorização de riscos é fundamental e deve ser feita, tanto quanto possível, antes de o projeto ser iniciado. Afinal, ainda que isso atrase um pouco o início da execução, há uma significativa economia de tempo posterior.

Grosso modo, o objetivo deve ser o de eliminar, reduzir ou mitigar os riscos existentes, visando tanto à diminuição da probabilidade quanto o alívio do impacto envolvido.

Crie uma comunicação eficiente

Basicamente, ter uma comunicação eficiente significa promover a integração dos envolvidos (stakeholders) do projeto em diferentes níveis.

Isso evita a propagação de ideias e de conceitos equivocados a respeito das atividades e dos resultados do projeto, bem como ajuda a firmar a periodicidade em que um documento será enviado e recebido.

Inclusive, a comunicação se beneficia de reuniões periódicas que sirvam para fazer o acompanhamento do andamento do projeto. Nesse momento, podem ser esclarecidas dúvidas, ser dadas sugestões, e a troca de ideias favorece o resultado final.

Se o plano é estimular o envolvimento e a participação dos interessados, sua eficiência será cada vez melhor. Nesse aspecto, um software de gestão de projetos pode facilitar a distribuição e arquivamento dessas informações.

Nesse sentido, uma função interessante que o Project Builder possui é a permitir a configuração para cada usuário e projeto, assim como criar notificações programadas e associadas a projetos e à atividade.

Considere o estabelecimento de metas

Para que o projeto saia como o planejado no escopo, desconsiderando-se os imprevistos, a motivação da equipe desempenha um papel fundamental. Afinal, equipes altamente motivadas são engajadas e produtivas, e permitem o alcance de prazos e limites estabelecidos.

Então, se o objetivo é desenvolver e favorecer essa motivação, uma prática benéfica consiste no estabelecimento de metas diversas — tanto para a equipe quanto metas individuais. Isso ajuda a dar um senso de direção para cada envolvido no projeto, e também gera estímulo em busca de reconhecimento.

O acompanhamento desse atingimento de metas deve ser feito de maneira dinâmica, e com feedback adequado, quando necessário. Assim, as conquistas devem ser celebradas, enquanto as falhas devem ser transformadas em oportunidades.

Esse estabelecimento de metas, entretanto, deve estar de acordo com a delegação de cada tarefa. Sendo assim, cada executo, equipe, e assim por diante, deve ter metas condizentes com as atividades que se esperada que desempenhem.

Inclusive, com a definição dessas metas feitas da maneira correta é possível garantir a adoção de metodologias diversas de execução, como a metodologia ágil. Como cada pessoa consegue entregar aquilo que lhe é designado, a conclusão do projeto se torna mais facilitada.

Assim, contar com um software de gerenciamento nesse momento é especialmente relevante, já que é possível identificar o andamento do projeto do ponto de vista individual e coletivo. E, com isso, o monitoramento de alcance de metas também é favorecido.

Saiba gerir mudanças

De fato, uma vez que o escopo do projeto tenha sido elaborado, e seu cronograma, definido, não é do interesse de qualquer gestor ou equipe que haja mudanças — especialmente as imprevistas. Porém, mesmo assim, elas podem acontecer.

Nesse momento, é fundamental fazer uma gestão adequada de mudanças, já que, do contrário, o projeto pode sair dos trilhos. É o caso, por exemplo, de documentar todas as modificações feitas para posterior análise e aprendizado.

E também é importante delegar novas tarefas acerca das mudanças, assim como reorientar o fluxo de recursos, caso necessário. Preferencialmente, o ideal é fazer modificações únicas a cada vez para evitar que se perca o controle sobre o impacto de cada alteração.

Essa gestão também deve ser aplicada tão logo a necessidade de mudança seja identificada. Aliás, o acompanhamento de perto do projeto permite que a gestão seja mais reativa e dinâmica, evitando que mudanças gerem impactos profundos e negativos. O objetivo é transformar o escopo, mas sem perder de vista o escopo do projeto.

Em muitos casos, gerir mudanças significa, também, impedir que elas aconteçam. Isso porque, durante a execução de um projeto, é comum que surja a necessidade de fazer modificações nem sempre benéficas no escopo. Assim, a gestão precisa estar preparada para avaliar e frear determinadas modificações.

Para entender isso melhor, basta pensar no caso de um atraso. Se uma determinada etapa sofreu um atraso imprevisto, será necessário fazer uma mudança em relação ao cronograma.

Nesse sentido, é possível tanto estimular a produtividade das próximas etapas para absorver o atraso como, também, tentar negociar um novo prazo de conclusão e entrega de resultados. Portanto, sem a gestão de mudanças, ou haverá um atraso em cascata ou, então, nem todos ficarão sabendo das modificações quanto aos prazos específicos.

Aprenda com as lições do projeto

Por fim — mas não menos importante — o uso das lições aprendidas permite a organização aprender com suas experiências. Afinal, o uso correto do processo nos ajuda a não repetir erros que já foram cometidos no passado, e a reaproveitar o que fizemos de melhor. Trata-se de uma ferramenta crucial para melhoria contínua de todo o processo.

Então, empregando este passo na implantação de uma metodologia de gestão de projeto, cria-se uma capacidade singular para você e a empresa irem além das barreiras tradicionais de gerenciamento de projetos, e te dá as respostas que você precisa para garantir o sucesso do projeto.

Ainda assim, é importante ter em mente que essa aplicação não deve ser opcional e, sim, sistemática. Se os erros e o feedback de atividades anteriores não forem levados em consideração, os próximos projetos se tornam menos assertivos. Da mesma forma, é importante analisar o que funcionou bem de modo a ser incorporado em projetos futuros.

É por isso que a gestão de mudanças, inclusive, deve ser feita de maneira totalmente registrada. Com isso, em uma análise futura, é possível entender quais são os pontos de mudança que podem ou devem ser aplicados de maneira antecipada no escopo de novos projetos.

Enfim, ter um software de gestão de projetos fácil e efetivo também te ajuda a identificar e resolver as questões estratégicas, táticas e intangíveis, além de gerenciar os fatores humanos antes que os mesmos se tornem insuperáveis.

E o melhor de tudo: concentrar-se nos pontos listados neste artigo lhe dará (e a todos os outros envolvidos) a paz de espírito de que o projeto está no caminho certo!

E então, gostou do artigo? Restou alguma dúvida? Como está o seu projeto de implantação da metodologia de gestão de projetos? Deixe-nos o seu comentário e conte para a gente!

Ficou alguma dúvida? Converse com um dos nossos consultores!

Conheça quem são as Big Four no mundo da consultoria

Nos últimos anos, várias empresas estão investindo na contratação de serviços de consultoria em gestão de projetos. Em busca de maior qualidade e menos riscos, negócios buscam empresas parceiras para orientar o planejamento, a definição de metas, a integração de times e a escolha de metodologias.

Esse serviço não é nada novo, pois já está bastante consolidado no mundo todo. Por outro lado, por mais que existam milhares de consultores menores espalhados por aí, o mercado é simplesmente dominado por quatro grandes corporações, as chamadas Big Four.

Estamos falando das empresas Pricewaterhouse, Ernst & Young, Deloitte e KPMG, instituições com atuação internacional, que basicamente determinam as tendências do setor com sua expertise e capacidade de análise em diversas frentes de negócios.

Mas o que essas empresas têm a oferecer? Por que elas são referência no setor? Pois é o que você vai descobrir agora mesmo. Continue a leitura e confira!

A atuação das Big Four no mundo

Quando falamos em consultoria em gestão de projetos e processos administrativos, abrimos um vasto campo para interpretações, já que é possível prestar consultoria para praticamente todo o tipo de situação.

Contudo, o foco das Big Four é na análise contábil e de gestão, visando aprimorar a atuação estratégica de seus clientes para gerar melhores resultados de negócio. Esse trabalho pode ser dividido em quatro grupos:

Consultorias

Essa consultoria tem caráter temporário e objetiva ensinar o cliente sobre as melhores práticas de gestão. Dessa forma, ele passa a ter condições de conduzir os negócios sozinho. As consultorias são pautadas nas seguintes atividades:

  • análise de processos de negócio — essa rotina permite que o negócio identifique o perfil de suas operações, os pontos que merecem atenção do gestor e como é possível realizar otimizações em rotinas diárias;
  • gestão de riscos — serviço voltado para a identificação dos principais problemas que podem afetar o negócio e a criação de processos para prevenir tais erros, o que contribui para a manutenção de um ambiente de alta performance;
  • estruturação ou reestruturação interna em busca de maior eficiência dos serviços prestados aos clientes — atividade que gera maior competitividade, contribuindo para remodelação da cadeia operacional, com rotinas executadas conforme os principais padrões e metodologias de controle do mercado.

Auditorias

Envolve a revisão de atividades contábeis e financeiras das empresas, com o objetivo de identificar gaps de competência e desenvolver melhores práticas de mercado. Por meio desse trabalho, as Big Four emitem um parecer de confiabilidade, que pode ser utilizado para a captação de recursos e investimentos junto a órgãos públicos e privados.

Aqui, novas rotinas e processos de segurança podem ser implementados. Além disso, há a possibilidade de a empresa realizar novos investimentos em tecnologia, aumentando o nível de automação e diminuindo os problemas internos.

Análises fiscais e tributárias

A complexidade tributária faz com que as empresas tenham dificuldade em manter em dia as suas obrigações em relação aos órgãos governamentais. Isso exige o know-how das Big Four na análise fiscal e tributária para minimizar custos e potencializar recursos nesse âmbito.

O negócio contará com o apoio de um time especializado nas principais práticas de gestão fiscal e tributária empregadas atualmente. Dessa forma, a companhia evitará prejuízos, multas e problemas legais.

Transações

Esse segmento de atuação das Big Four tem como objetivo orientar processos de fusões, cisões e aquisições. Isso garante maior segurança nas transações e qualquer tipo de orientação em relação a mudanças organizacionais inerentes a esses processos.

Um pouco mais sobre as Big Four

As maiores empresas de consultoria em gestão atuam em vários países. Como apontamos anteriormente, são elas as responsáveis por definir as tendências do setor: o modo como essas companhias atuam influenciará diretamente nos serviços de todos os outros negócios que executam serviços de consultoria em gestão de projetos.

Confira, abaixo, os principais dados sobre as maiores empresas de consultoria do mercado!

PricewaterhouseCoopers (PwC)

Presente em 157 países, a PwC atua no Brasil desde 1915. Ela é uma das maiores concorrentes da Deloitte, a segunda empresa da nossa lista. No Brasil, ela é encontrada em cidades como Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis e Campinas. Os seus serviços incluem:

  • auditoria;
  • consultoria em negócios;
  • assessoria em transações;
  • consultoria tributária e societária;
  • international desks;
  • gestão de crises;
  • mercado de capitais.

Ernst & Young (EY)

Os serviços da EY estão presentes em 28 regiões mundiais, agrupadas em quatro áreas geográficas:

  • Américas;
  • Europa, Oriente Médio, Índia e África;
  • Ásia;
  • Japão.

Com sede em Londres, a empresa atua no Brasil com escritório nas principais capitais do país, como Belo Horizonte, Blumenau, Brasília, Campinas, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. Os seus serviços incluem:

  • auditoria;
  • gestão de impostos;
  • consultoria corporativa;
  • apoio em transações corporativas.

Deloitte

A Deloitte está no Brasil desde 1911. A empresa possui a sua sede em Nova York (EUA) e atua em 150 países.

Com mais de 725 escritórios associados e 47 firmas, ela é uma das líderes do mercado de consultoria brasileiro e uma das maiores empresas de consultoria em projetos do mundo. Os seus serviços incluem:

  • assessoria financeira;
  • consultoria empresarial;
  • gestão de riscos;
  • consultoria tributária;
  • auditoria.

Os escritórios da Deloitte no Brasil estão localizados nas principais capitais do país. Eles podem ser encontrados em cidades como Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Recife.

KPMG

A KPMG é uma das principais consultorias presentes no Brasil. Ela possui 162 mil profissionais em 155 países, tendo sido formada a partir da junção de outras empresas, em 1987. A sua sede fica em Amsterdã e os seus serviços estão voltados para as seguintes áreas:

  • gestão de riscos;
  • mercado empreendedor;
  • impostos;
  • auditoria.

A importância do apoio de uma empresa de consultoria

Toda empresa deve buscar estratégias que auxiliam na melhoria de seus processos. A escolha de uma metodologia adequada, por exemplo, evita riscos e melhora a orientação do trabalho dos times durante projetos e atividades diárias.

Já a escolha de uma ferramenta de gerenciamento de projetos permite que os times sejam melhor controlados. O gestor terá acesso a todos os dados de cada etapa, a evolução das atividades e os pontos que necessitam de atenção. Assim, ficará muito mais fácil eliminar problemas e garantir a alta performance das operações.

Nesse sentido, a contratação de uma consultoria pode ser o ideal para a empresa conseguir atingir os seus objetivos. O serviço permite que o negócio tenha os seus processos otimizados, consiga melhorar investimentos e eliminar problemas internos.

A consultoria em gestão de projetos também pode ser adotada pelo negócio. Se a companhia possui dificuldades para atingir as suas metas ao término de cada etapa, os consultores avaliarão a origem dos problemas e farão modificações capazes de maximizar a performance dos times. Como consequência, o retorno obtido com os investimentos será sempre o maior possível.

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Quais são os principais padrões de gerenciamento de projetos?

A cada novo projeto de implantação, encontramos clientes que buscam uma forma de melhorar sua gestão por intermédio de boas práticas, metodologias e padrões de gerenciamento de projetos.

Já falamos aqui no blog sobre como preparar a sua empresa para a implantação de uma metodologia de gestão de projetos e listamos os 7 passos para você fazer isso com sucesso.

Nesse processo, muitas dúvidas surgem, tendo em vista a grande variedade de opções sobre padrões de gerenciamento de projetos e bibliografias existentes.

Para facilitar a vida de nossos clientes e leitores, que buscam implantar um padrão de gerenciamento de projetos, criamos um resumo das principais práticas.

Veja quais são as mais utilizadas e entenda o funcionamento delas a seguir. Boa leitura!

Project Management Body of Knowledge (PMBOK)

É um conjunto de conhecimentos gerenciado pela organização Project Management Institute (PMI), e tornou-se um padrão, de fato, em diversas indústrias. De maneira resumida, o PMBOK é visto como a mais importante bibliografia de gestão de projetos da atualidade.

Mais conhecido como “PMBOK Guide”, é de autoria do Standards Committee (Comitê de Padronização) do Project Management Institute – PMI e procura contemplar os principais aspectos que podem ser abordados no gerenciamento de um projeto genérico.

Não se trata de uma metodologia de gerenciamento de projetos e, sim, de uma padronização que identifica e nomeia processos, áreas de conhecimento, técnicas, regras e métodos. O guia foi reconhecido, em 1999, como um padrão de gerenciamento de projetos pelo ANSI – American National Standards Institute.

O PMBOK é um manual que descreve o universo de conhecimentos para o gerenciamento de projetos. Todavia, por sua imensa importância internacional, se transformou num padrão que é fonte de inspiração para quase todas as metodologias existentes.

Ele é um dos caminhos mais rápidos para quem deseja uma gestão altamente profissional e com ótimos resultados. Porém, é importante tomar cuidado com a flexibilidade deste elemento, que não é tão elevada. Se é necessário atender a questões muito específicas, o melhor é associar o PMBOK a alguma outra metodologia, de modo a balancear o gerenciamento.

Áreas de Conhecimento

Conforme padronização do PMI, os processos citados anteriormente abordam 10 áreas de conhecimento, que são:

1. Gerenciamento de Integração

2. Gerenciamento do Escopo

3. Gerenciamento do Tempo

4. Gerenciamento de Custos

5. Gerenciamento da Qualidade

6. Gerenciamento de Recursos Humanos

7. Gerenciamento de Comunicações

8. Gerenciamento de Riscos

9. Gerenciamento das Aquisições

10. Stakeholders (Nova área de conhecimento lançada na 5ª edição, com o objetivo de gerenciar melhor os stakeholders, identificando e endereçando suas necessidades para mantê-los engajados.

ISO 10006: 1997, Quality management – Guidelines to quality in project management

ISO 10006:2003, Quality management; Guidelines to quality in project management é um padrão internacional, desenvolvido pela ISO, específico para o gerenciamento de projetos.

A orientação na qualidade de processos, entre outros objetivos, busca assegurar que:

• as necessidades dos clientes sejam entendidas e entregues;

• as necessidades dos stakeholders sejam compreendidas e avaliadas;

• a política de qualidade seja incorporada à gerência da organização, tendo como norte os objetivos estratégicos e a busca de resultados, e que possa ser aplicada em projetos de complexidade variada.

A norma ISO 10006 aborda o gerenciamento de projetos, mas como a própria diz, não é um guia. Reúne diretrizes que devem ser usadas para manter a qualidade em projetos. Essas diretrizes, no entanto, podem ser adaptadas para um projeto particular.

Isso traz uma importante versatilidade, fazendo com que a possibilidade se encaixe em diferentes necessidades. Ao mesmo tempo, é preciso ter cuidado porque, como não funciona como um guia, exige uma estruturação complementar.

Para a ISO, um projeto deve ser realizado em um determinado espaço de tempo, enquanto o PMBOK enfoca a criação de um produto, serviço ou algo cujo resultado possa ser mensurável. A ISO 10006 aborda o processo que leva a este resultado.

A ISO fornece nove etapas para o processo estratégico:

• Foco no Cliente

• Liderança

• Envolvimento das Pessoas

• Aproximação dos Processos

• Sistema de Aproximação com a Gerência

• Melhoria Contínua

• Aproximação Casual para Tomada de Decisão

• Relacionamento Mutuamente Benéfico com Fornecedor

PRINCE2™: Projects IN a Controlled Environment

O PRINCE2™ é um método não proprietário para gerenciamento de projetos. É adaptável a qualquer tipo ou tamanho de projeto e cobre seu gerenciamento, controle e organização. Um projeto PRINCE2™ tem as seguintes características:

• Controle e organização do início ao fim;

• Revisão de progressos baseado nos planos e no business case;

• Pontos de decisão flexíveis;

• Gerenciamento efetivo de qualquer desvio do plano;

• Envolvimento da gerência e das partes interessadas em momentos-chave durante toda a execução do projeto;

• Bom canal de comunicação entre o time do projeto e o restante da organização.

O PRINCE2™ foi lançado como um método para gerenciamento de projetos pelo governo britânico em 1996. Foi criado em 1989 a partir do PROMPTII, o qual, por sua vez, surgiu em 1975 e foi adotado em 1979 como padrão para gerenciamento dos projetos de sistemas de informações governamentais.

Hoje, o PRINCE2™ é adotado como padrão para todos os projetos do governo britânico e amplamente utilizado pela iniciativa privada, não só no país, mas também em outros lugares como Europa, África, Oceania e Estados Unidos.

Considerado o método de gerenciamento de projetos mais utilizado no mundo, conta com mais de 250 mil profissionais certificados, sendo que, aproximadamente, 1.500 pessoas prestam, mensalmente, os exames de certificação Foundation e Practitioner.

Existem mais de 120 centros de treinamento credenciados PRINCE2™ pelo mundo, os quais proveem treinamento em 17 idiomas sobre as 59 ferramentas de gerenciamento de projetos desenvolvidas com base no método. No Brasil, a metodologia PRINCE2™ já vem sendo utilizada em algumas organizações, e é crescente a procura por informações a respeito do assunto.

IPMA: International Project Management Association

A International Project Management Association (IPMA®) é uma organização sem fins lucrativos, reconhecida por seu trabalho no desenvolvimento internacional da gestão por projetos, programas e portfólios, e na disseminação das melhores práticas aplicadas em organizações públicas e privadas.

A IPMA foi criada em 1965 com o nome de International Network INTERNET, a partir de um grupo de gestores de projetos que tinham como objetivo, nos primórdios da gestão de projetos, discutir os benefícios do Método do Caminho Crítico na gestão de projetos internacionais, com influências e dependências complexas de diferentes disciplinas técnicas.

A associação cresceu e desenvolveu-se como um fórum internacional de troca de experiências entre gestores de projetos. O primeiro congresso mundial foi realizado em Viena, Áustria, em 1967. O 26º em outubro de 2012 na Grécia e, em 2014, o Brasil receberá o 28º Congresso Mundial.

A IPMA é formada por associações nacionais de gestão de projetos. São mais de 50 associações de todo o mundo com o propósito específico de desenvolver a gestão de projetos, respeitando a cultura e as características de cada país, mas unidas através de uma rede que estabelece as diretrizes de gestão e técnicas para seu desenvolvimento e aperfeiçoamento.

Essa é uma maneira bastante adequada de conseguir gerenciar projetos que trabalham com uma pluralidade de culturas. Multinacionais que desejam implantar um mesmo projeto em diferentes áreas pode utilizar as boas práticas definidas pela organização para conseguir os melhores resultados específicos.

Scrum

Scrum é um método ágil de desenvolvimento e gerenciamento de projetos, considerado o mais importante de sua categoria. Ele é muito bem aceito pelo mercado e pode ser aplicado em processos de diferentes tamanhos e setores.

Atualmente, é um modelo que faz todo o sentido devido à necessidade crescente de os processos serem melhores e mais eficientes, sem perda de tempo ou de recursos. Essa metodologia foi fundada em 1986 por uma dupla de profissionais japoneses. Não demorou muito até que ela se expandisse e evoluísse na forma como hoje é aplicada.

Para que a metodologia seja executada, o processo é dividido em ciclos temporais conhecidos como Sprints. Eles correspondem a um momento em que determinadas atividades devem ser executadas e, com base nisso, serem observadas para dar continuidade ao processo.

A partir da criação de um Sprint, há uma reunião com o principal interessado no projeto, definindo as prioridades de execução. A partir daí, devem ser feitas reuniões diárias — mas rápidas — de acompanhamento. A intenção é garantir que todos na equipe conheçam o andamento das tarefas para aquele Sprint, permitindo organização e atendimento às expectativas.

Uma vez que o Sprint seja finalizado, ele passa para a avaliação do product owner, que oferece feedback sobre o que deve ser modificado ou o que precisa ser feito no futuro. Isso ajuda a diminuir retrabalhos e favorece a identificação de erros.

Ao finalizar um Sprint, esse framework determina o recomeço das iterações, até que o projeto esteja inteiramente finalizado. No geral, é uma forma bastante eficaz de diminuir o tempo gasto na execução de tarefas, permitindo o aumento de capacidade da equipe.

Design Thinking

Design Thinking é um conceito que surgiu em 2003, cunhado e divulgado pela empresa IDEO. O interesse principal dessa abordagem é buscar soluções para problemas antigos de maneira inovadora, alinhada e altamente integrada. Originalmente, ele servia para o design, propriamente dito, mas tornou-se uma forma consagrada de resolver problemas.

Como a gestão de projetos envolve imprevistos e um equilíbrio muito delicado entre diversos elementos, o Design Thinking surge como uma metodologia bastante útil para realizar todas as etapas conforme o esperado.

Para esse tipo de gestão, o Design Thinking surge como uma possibilidade ao permitir a entrada da criatividade, inovação e intuitividade nas etapas. Isso gera mais aproximação, integração e engajamento com essa questão, levando os projetos a um desenvolvimento mais adequado.

Ele é especialmente útil para projetos ligados à experiência humana, de modo a criar um resultado que seja condizente com as expectativas e necessidades do usuário. Porém, é importante compreender que não se trata de uma metodologia de gerenciamento de projetos e nem possui práticas definidas nesse sentido.

Com isso, ele não deve ser utilizado sozinho se a intenção é obter os melhores efeitos. Em vez disso, vale aplicar as técnicas de Design Thinking de maneira flexível e associada a uma metodologia considerada tradicional. O resultado é a diferenciação e o possível aumento do valor agregado.

Kanban

Para um projeto que visa à repetição de tarefas e ao incremento de resultados, o Kanban é uma boa metodologia a ser aplicada. Ele tem origem japonesa, na década de 60. A Toyota, que também foi a criadora dos processos Lean, começou a utilizar esse recurso altamente visual para aumentar a produtividade.

Basicamente, o Kanban ajuda na criação e na visualização dos fluxos de trabalho, favorecendo e ampliando a comunicação entre equipes.

Para que isso seja possível, o projeto é dividido em várias fases sequenciais e cada passo recebe um cartão. Conforme as tarefas forem sendo executadas, o cartão é movido para as etapas seguintes, até que tudo esteja na área de “concluído”.

Imagine, por exemplo, que um processo passa pela execução de quatro etapas diferentes. Nesse caso, o cartão deverá ser movido entre as quatro colunas, até que tudo esteja finalizado. Trata-se de uma forma de reconhecer, imediatamente, o que já foi feito e o que ainda precisa ser realizado.

Como a metodologia aprimora a comunicação, até mesmo por uma questão visual, a produtividade tende a ser elevada. Ao mesmo tempo, o melhor é que esse método esteja associado a práticas formais, como o PMBOK, de modo a garantir que cada etapa seja concluída conforme o desejado.

Independentemente da sua escolha, estar apoiado em uma metodologia de gerenciamento de projetos será decisivo para o sucesso dos seus projetos, sejam eles projetos pontuais ou até um grande plano, como um projeto de implantação de um PMO, por exemplo.

Para conseguir os melhores resultados, é importante ficar sempre atualizado. Por isso, nos acompanhe no FacebookTwitterLinkedInGoogle+ e Youtube para ter acesso a conteúdo de qualidade relacionado à temática de soluções de gerenciamento!

Gestão de projetos: Ágil ou tradicional? Entenda as diferenças

O mundo empresarial tem passado, nos últimos anos, por várias transformações decorrentes de movimentos naturais dos ciclos econômicos, como novos segmentos de mercado, novos modelos de negócio (basta ver o exemplo das startups) e avanço tecnológico ao alcance de todos.

Alguns fatores são, portanto, o caminho para que um negócio prospere nesse cenário: capacidade de se adaptar, agilidade, planejamento voltado para tendências e estratégias de gestão de projetos para viabilizar as metas estipuladas.

Diante dessa realidade, aumenta a cada dia a importância da eficácia dos projetos e, na mesma proporção, a disseminação de conhecimentos que envolvem o gerenciamento de projetos em resposta às exigências do mercado.

Com isso, as empresas já perceberam que é preciso desenvolver um conjunto de habilidades e ferramentas para lidar de forma positiva com as mudanças e a melhor solução para essa necessidade tem sido gerir projetos de forma assertiva.

Uma das ferramentas mais adotadas em todo o mundo quando o assunto é gestão de projetos é o guia PMBoK (Project Management Body of Knowledge), que define que o gerenciamento de projetos nada mais é do que a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para projetar atividades que visem atingir as expectativas das partes envolvidas em um projeto.

Conheça mais sobre o assunto no artigo de hoje!

O guia PMBoK prega organização dos processos que envolvem a gestão de projetos

O PMBoK não deve ser considerado exatamente um framework, mas ele traz as principais linhas mestras para que uma empresa implemente, de forma produtiva, fluxos para condução de projetos.

A forma de organização proposta pelo guia propõe a integração de dez processos que controlam, de forma sistêmica, todo o ciclo de vida de um projeto, definindo que deve haver papéis e responsabilidades bem claros, limites de atuação de cada interveniente e transparência nas comunicações de toda a evolução do projeto aos interessados, os chamados stakeholders.

Em linhas gerais, os dez processos que são a base da gestão proposta pelo PMBoK são:

Integração

Prevê a articulação de elementos do gerenciamento de projetos, que serão identificados e coordenados durante o ciclo de vida do projeto.

Escopo

É o levantamento de todo o trabalho que será necessário para que o projeto seja concluído com sucesso. Deixar claro o limite entre o que será feito e o que não será feito também é fundamental para a concentração adequada de esforços.

Tempo

Organiza datas de início e de fim entre as atividades necessárias à conclusão do projeto, sendo que muitas delas terão interdependência. Ou seja, só serão iniciadas quando outras forem encerradas.

Custo

Refere-se ao controle e à orçamentação dos valores que envolverão a realização do projeto.

Qualidade

Contempla processos que conduzirão o projeto por um caminho que obedeça a padrões e normas de qualidade desejados.

Recursos humanos

Disciplina que organiza e gerencia a equipe do projeto, definindo os perfis dos profissionais, a hierarquia entre eles e o responsável por cada parte do projeto. Também contempla o treinamento da equipe e a geração e disseminação de conhecimento.

Comunicações

Refere-se à geração, coleta, armazenamento, destinação e disseminação das informações do projeto. Um ponto importante é que elas ocorram tempestivamente, de forma oportuna e direcionada a cada público do projeto

Riscos

Todo projeto possui riscos inerentes e essa disciplina os identifica e determina quais representam impactos negativos ao projeto, definindo a forma de tratá-los.

Aquisições

É o mapeamento do que será necessário para o bom andamento do projeto e como será feito o gerenciamento de contratos de aquisição.

Partes interessadas

Gerencia as pessoas envolvidas com o projeto, promovendo o envolvimento desses atores nas atividades e tomadas de decisão do projeto.

Embora bem difundido e aplicado em escala mundial, o guia vem sofrendo um pouco com a evolução do cenário empresarial. Esse avanço forçou uma visão mais crítica sobre os métodos que o mercado vinha adotando, especialmente acerca do tradicional PMBoK, com foco na adequação de iniciativas a tendências irreversíveis na economia, como o avanço da era digital.

Com isso, outras metodologias vêm ganhando força visando a agilização e a flexibilização de projetos, de forma que se tornem mais aderentes à nova realidade. Foi então que o termo “metodologias ágeis” ganhou força e, hoje, o framework mais expressivo e adotado é o Scrum.

O “agile” é mais que uma metodologia, é uma filosofia de trabalho

O chamado “Manifesto Ágil” é uma compilação da essência que se deseja de métodos ágeis, especialmente voltados para o desenvolvimento de softwares, mas totalmente adaptáveis e aplicáveis a projetos de qualquer natureza.

Na atualidade, a concretização dessa visão de métodos ágeis está muito presente nas empresas, na forma do framework Scrum. Conheça um pouco mais sobre esse modelo agora.

O que é o Scrum

A mais simples definição de Scrum resume bem a contribuição que ele pode trazer a uma empresa: trata-se de uma metodologia ágil para que equipes trabalhem juntas para atingir um objetivo comum. A forma de materializar essa proposta é considerando que pequenas entregas de valor individual agregam valor ao objetivo coletivo. Mas como isso se dá na prática?

Para que o objetivo comum seja alcançado, o framework propõe que as equipes evoluam para uma autogestão, de forma que cada colaborador tenha responsabilidade pelas ações sob sua condução e empenhe os recursos necessários para viabilizá-las proativa e autonomamente.

Para favorecer esse tipo de atitude, o método prevê que seja dada visibilidade a todas as atividades em andamento ou já mapeadas no planejamento para estimular o engajamento dos envolvidos e o acompanhamento por parte de toda equipe, não só do gerente.

Isso se dá com o uso de quadros, no qual está explícito o andamento das atividades, o que já está pronto e o que ainda falta ser feito. É o famoso Kanban, que anda colorindo os espaços onde são realizadas reuniões rápidas, realizadas diariamente, para não perder de vista cada detalhe que poderá ser fator de risco no projeto.

Uma outra premissa relevante do Scrum é o estabelecimento de prazos curtos e plausíveis, de forma que semanalmente (se possível) entregas sejam concluídas e comunicadas para a equipe, como se todos trabalhassem na mentalidade de “um passo de cada vez”.

A flexibilidade é outra característica de destaque, com a teoria de que é fundamental se adaptar permanentemente às mudanças. Assim, no Scrum os planejamentos são menos engessados e mais aderentes à realidade em constante mutação dos projetos empresariais.

Existem diferenças entre ágil e tradicional, mas o foco de otimizar projetos as une

Em métodos tradicionais de gestão, entende-se que o produto só faz sentido quando é entregue em sua totalidade, ou seja, apenas com 100% do projeto cumprido é que o cliente perceberá algum valor.

Por outro lado, métodos ágeis podem ser usados em projetos que permitem que um conjunto mínimo de funcionalidades já servirá para solucionar parte da necessidade do cliente e, ao ser entregue em parte, já representa uma diferença valorosa para ele.

Outro ponto importante entre os dois métodos é que, no ágil, quando combinado que o projeto irá entregar as funcionalidades mínimas, o cliente nem sempre tem noção do custo total do produto. Já nos métodos tradicionais, o valor é fechado junto com o escopo, o que sugere que não estão previstas alterações significativas nesse quesito durante o andamento das ações.

Em termos de fluxo de processos há uma distinção importante entre os dois modelos. Os ágeis descartam a estrutura em silos prevista nos tradicionais, da mesma forma em que reduz as passagens de mão e o foco no gerenciamento de orçamento e tempo em detrimento do acompanhamento de perto da entrega em si.

Essa questão da esteira de trabalho se reflete nas estruturas que suportam cada tipo de método de gestão de projetos nas empresas. No tradicional, conforme previsto nas premissas do PMBoK, são implementadas estruturas formais para guardar os padrões de gerenciamento de projetos na empresa, atuando como agente de governança, e também orquestrando as ações para que as fases do projeto sejam cumpridas dentro do planejado — são os chamados Project Management Office (PMO).

Já nos modelos ágeis, as equipes são enxutas, multidisciplinares e atuam de forma autogerida. Assim, cada colaborador se sente um gerente responsável pelas ações a ele delegadas, mesmo havendo definição de papéis específicos na metodologia.

Cada membro da equipe torna-se capaz de aumentar o valor do produto, assume decisões de como fazer o trabalho e não pensa mais que “aquela parte não faz parte do meu trabalho” — afinal, todas as partes são igualmente importantes para o resultado.

Uma forma de resumir alguns pontos de diferenciação entre a gestão de projetos tradicional e a voltada para métodos ágeis é:

  • Mais do que ferramentas e processos, a interação entre os colaboradores é o que faz a roda de projetos girar.
  • Documentação é importante, mas o primordial é o pleno funcionamento do software ou de qualquer tipo de entrega prevista no projeto.
  • Contratos formalizam os acordos, mas o que garante bom andamento do previsto e o ajuste de caminhos quando necessário é a colaboração com o cliente.
  • Planejamentos organizam as ações, mas responder rapidamente às mudanças é prioritário.

A escolha entre modo tradicional e ágil não precisa ser um conflito

Não existe uma máxima que defina que uma empresa precisa adotar um ou outro modelo de gestão de projetos. É preciso entender a diferença entre eles e analisar o projeto que será iniciado para enquadrar a metodologia que melhor atenderá aos seus objetivos.

Vejamos o exemplo: para o atendimento de um edital de licitação, no qual há um escopo muito bem definido em entregas da primeira versão de um software, pode não ser adequado adotar um método que não enxerga a entrega em sua totalidade. Com isso, escopo e cronograma correm mais riscos, além de que aumentam as chances de surgirem custos imprevistos.

Outro ponto a ser considerado quando está se decidindo por métodos tradicionais ou ágeis é a cultura da empresa. Muitas vezes, mesmo quando cabe no projeto um gerenciamento ágil, não será possível porque os agentes envolvidos não estão acostumados com essa forma de trabalho de entregas rápidas e percepção de valor antes do produto final. E realmente não há problema nisso.

Quando o Scrum não se aplica por se tratar de projetos que não se adequam em sua totalidade à metodologia de entregas contínuas, incrementais e frequentes, e a expectativa do cliente seja de uma entrega completa de uma só vez ao final do cronograma, aí cabe focar nos processos sugeridos pelo PMBoK.

Da mesma forma, quando o cliente declara que tem menos tempo para a entrega do que seu próprio planejamento exigiria, não seria o caso de seguir à risca o fluxo complexo de gestão de projetos tradicional e o ideal seria partir para as possibilidades oferecidas por métodos ágeis.

Assim, o importante é estabelecer uma forma na qual as duas características sejam aliadas, valorizando as especificidades de cada uma. Seria um raciocínio no qual se teria à disposição da empresa toda a organização do PMBoK, em termos de processos, técnicas e ferramentas, atuando em conjunto com a simplificação do método ágil (o Scrum, por exemplo).

A expressão “o que abunda não prejudica” cabe bem quando a dúvida é sobre a necessidade de optar por uma ou outra metodologia. O que precisa ser considerado é a adoção complementar delas, já que cada método agrega valor à sua maneira.

O cuidado que se deve tomar é apenas o de não tentar transformar uma metodologia na outra, trazendo burocratização ao Scrum ou simplismo ao PMBoK. O respeito às premissas de cada modelo é importante, assim como saber escolher a dedo o que cada uma pode agregar aos objetivos de cada projeto.

Como sugere o e-book “Gerenciamento Ágil de Projetos com Scrum + PMBOK“, as duas metodologias podem andar lado a lado, de forma que uma apoie a outra. Por exemplo, o Guia PMBoK sugere tudo que pode ser realizado para gerenciar um projeto do início ao fim, mas não diz como isso pode ser feito. Para apoiar esse ponto fraco do Guia PMBoK é sugerido o Scrum.

Ambas abordagens são excelentes, mas não perfeitas, e possuem fraquezas em áreas específicas ou em determinados tipos de aplicações em projetos distintos. No entanto, quando aplicadas em conjunto, podem fortalecer uma a outra.

Analise os pontos positivos e negativos desses métodos de gestão de projetos e reconheça em quais projetos ele se aplica e quais projetos deverão ser conduzidos em um método ou em outro. O que importa é que a qualidade do projeto nunca seja deixada de lado!

Sua empresa tem conseguido aliar os dois métodos? Comente aqui e ajude-nos a ampliar a discussão sobre essa que pode ser a nova tendência no gerenciamento de projetos!