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Autor: Project Builder

5 ferramentas de gestão simples que não podem faltar em um projeto

O gerenciamento de projetos corporativos é uma atividade estratégica que permite que a companhia execute as etapas dentro do padrão de qualidade esperado, evite riscos e atinja melhores resultados no médio e longo prazo.

Para tudo isso seja possível, a empresa deve ter o apoio de um conjunto de ferramentas de projeto bem estruturadas e alinhadas com as suas demandas. Será por meio desses recursos que os times serão orientados a serem mais eficientes e capazes de atingir os resultados esperados.

Na gestão de projetos, não poderia ser diferente! Essa necessidade deu origem a alguns modelos que tornaram a gestão mais eficiente, sendo capaz de atender às expectativas dos stakeholders e aumentar ao máximo os lucros que a companhia terá com o investimento.

Neste post, listamos 5 ferramentas de projetos simples, mas que podem ser decisivas para o sucesso de cada etapa. Continue a leitura e confira!

Por que escolher uma ferramenta de projeto?

Os projetos corporativos são um momento crítico para qualquer empresa. Em cada etapa, profissionais de diferentes setores se unem para entregar um resultado em comum e, assim, auxiliar o negócio a atingir os seus objetivos.

Mas isso só é possível se o gestor consegue estruturar um plano de ação com bases sólidas, ou seja, que consiga orientar todos a terem um fluxo operacional inteligente, eficaz e livre de gargalos. Além disso, riscos devem ser evitados e tudo deve ser pensado com foco na melhoria contínua.

Nesse cenário, as ferramentas de gestão de projetos entram em ação. Com elas, o negócio tem uma visão mais abrangente sobre como os seus objetivos podem ser atingidos e, com isso, evitar erros, ter uma ação mais efetiva na resolução de riscos e prevenir situações indesejáveis de modo mais abrangente.

Dessa forma, a empresa deve sempre considerar as ferramentas de projeto como um modo de ter mais mecanismos para atingir os seus objetivos com alto aproveitamento dos recursos disponíveis.

Quais são as 5 principais ferramentas de projeto do mercado?

1. 5W2H

A gestão de projetos tem vários pontos críticos. Um dos mais importantes é o modo como o gestor orienta a execução de demandas, priorizando as que forem mais críticas e evitando o desperdício de recursos. Em um cenário como esse, uma ferramenta de projeto como o 5W2H pode ser ideal.

5W2H surgiu no Japão para facilitar o planejamento de qualquer demanda. O 5W corresponde às iniciais em inglês de What (o quê), Why (por quê), Where (onde), When (quando) e Who (quem). Já o 2H se refere às iniciais de How (como) e de How much (quanto).

Ao responder a essas perguntas, os esforços podem ser concentrados naquilo que realmente importa. Quer dizer, os membros da equipe se tornam cientes de sua participação em todo o contexto, de sua influência diante das necessidades do projeto e do impacto de suas demandas.

Sendo assim, o 5W2H proporciona maior controle sobre as tarefas e sobre os prazos determinados. Há uma melhoria no cronograma do projeto, o que ajuda na compreensão de dados e na aferição dos resultados. As rotinas críticas são priorizadas, permitindo que a empresa tenha uma melhor distribuição de seus recursos.

No início, o 5W2H era usado em sistemas de gestão da qualidade, visando o aprimoramento de melhorias. Mais tarde, tendo em vista o potencial da aplicação, passou a ser usado em contextos bastante diferentes. Em outras palavras, hoje em dia essa estratégia pode ser utilizada em práticas como o gerenciamento de projetos, o planejamento estratégico e a análise e criação de planos de negócios.

2. PDCA

A otimização das atividades corporativas é um cuidado que deve fazer parte do dia a dia de todo gestor. Quando o negócio está atento a esse fator, ele consegue rastrear melhor os pontos críticos, criar uma melhoria contínua nos fluxos de trabalho e manter a empresa alinhada às demandas do mercado. Além disso, será possível manter o nível de competitividade elevado.

Nesse contexto, o ciclo PDCA, sigla para Plan, Do, Check e Act, pode ser visto como uma ferramenta de gestão voltada para a promoção da melhoria contínua dos processos por meio de 4 ações: planejar, fazer, checar e agir.

Mais do que se ater à solução do problema, a ideia é compreender quais são as causas geradoras do desvio e atacar os fatores geradores da falha. Com a identificação do problema, a intervenção pode ser posta em prática, ter sua eficácia validada e, caso necessário, ser ajustada.

Em outras palavras, o ciclo PDCA é uma filosofia de melhoria contínua. Logo que um ciclo é concluído, outro começa e assim sucessivamente até que se alcance um nível mínimo de qualidade que atenda às expectativas do cliente.

Isso torna a organização dos processos mais eficiente ao longo dos anos. A empresa sempre realizará ações que facilitem a melhoria dos seus fluxos de trabalho e que possam manter o nível de eficiência alto.

3. PMBOK

Ao contrário do que é dito por algumas pessoas, o PMBOK não é uma metodologia, mas sim um guia de melhores práticas de gerenciamento de projetos. Nesse livro, são citadas inúmeras ferramentas, técnicas e habilidades essenciais para a área de gestão.

O uso desse material oferece uma visão bem ampla do universo de projetos, abrange todas as áreas de conhecimento (Integração, Escopo, Tempo, Custos, Qualidade, Recursos Humanos, Comunicações, Riscos, Aquisições e Partes Interessadas) previstas pelo PMI (Project Management Institute), uma das instituições mais representativas no gerenciamento de projetos em todo o mundo.

O PMBOK estabelece 47 processos de gerenciamento contidos em 5 grupos de processos (Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e controle e Encerramento) correspondentes às 10 áreas de conhecimento citadas acima.

Sendo uma referência, não oferece uma lista exaustiva de passos a serem seguidos, mas apresenta sugestões de boas práticas que devem ser seguidas, quando aplicáveis. Neste artigo, damos 4 dicas para você combinar Scrum e PMBOK.

4. KPI

Os indicadores de performance, ou Key Performance Indicators (KPIs), são métricas que visam aferir o desempenho da empresa em algum critério relevante. Só é possível gerenciar aquilo que se mede e é exatamente isso que justifica a determinação de indicadores de desempenho.

Ao medir o status de suas demandas, a organização pode avaliar se o resultado é ou não satisfatório. Caso não seja, você tem subsídios para intervir e ajustar a performance ao resultado esperado.

Os KPIs estratégicos são aqueles que se referem ao alinhamento dos projetos aos objetivos da empresa, permitindo o contraste entre cenários, isto é, projetando panoramas e comparações entre o planejado e o realizado.

Como exemplos de indicadores estratégicos, destacamos o Tempo de Retorno Sobre o Investimento ou Payback, o Deficit, a Receita por Tipo de Produto ou Por Unidade de Negócio, entre outros.

Já os KPIs de produtividade servem para medir o desempenho dos integrantes dos projetos em andamento, colaborando para verificar a viabilidade de admissões ou desligamentos, atribuição de recursos, aquisição de equipamentos e assim por diante. São métricas que fornecem valores de custo por hora, produção mensal etc.

5. PM Canvas

A proposta da metodologia PM Canvas é proporcionar planejamento, execução e gestão de projetos a partir de um modelo colaborativo, isto é, um sistema que promove e incentiva a participação das partes envolvidas.

O Project Model Canvas vem conquistando a aceitação de empresas de todos os portes. Elaborada pelo professor José Finocchio, o PM Canvas é baseado na metodologia proposta por Alexander Osterwalder, a Business Model Generation (BMG).

É uma ferramenta visual que possibilita o planejamento do projeto inteiro em um só documento, de uma única página. A simplicidade do modelo parte do princípio de que a elaboração de um novo projeto deve estar norteada pelas perguntas: por quê? O quê? Quem? Como? Quando? E quanto? As respostas para essas questões embasam o ponto de partida para a criação do diagrama de Canvas.

Os benefícios mais evidentes são:

  • manutenção do foco da equipe em objetivos mensuráveis que levam a metas maiores;
  • melhores representações visuais de todo o projeto, otimizando a compreensão de cada uma das etapas.

Esse caráter intuitivo da metodologia beneficia as organizações que têm dificuldade de elaborar um plano de projeto.

Como escolher uma boa ferramenta de projeto?

Agora que você conheceu algumas ferramentas de gestão, cabe analisar qual delas melhor se aplica ao contexto da sua empresa. Enquanto algumas se destacam pelo apoio aos processos de qualidade, outras fazem mais sentido se aplicadas ao gerenciamento do projeto como um todo.

Há ainda aquelas que podem ser aplicadas em conjunto ou apenas como uma forma de evitar riscos. Portanto, confira abaixo alguns passos para escolher a ferramenta de projeto ideal para as suas necessidades!

Conheça os objetivos e requisitos do projeto

De todos os pontos, esse é um dos mais importantes. Conhecendo os requisitos mínimos do projeto e os seus objetivos, o gestor conseguirá escolher uma ferramenta que seja realmente capaz de orientar um trabalho de ponta em todos os momentos do dia a dia da companhia.

Portanto, uma vez que esses pontos estejam definidos, faça uma análise de todas as ferramentas que podem ser adotadas pela empresa. Assim, você conseguirá encontrar alguma que possa ser utilizada como ferramenta estratégica para chegar a esses objetivos.

Saiba mais sobre o perfil dos times e das ferramentas utilizadas

Esse é um ponto crítico. O conhecimento do perfil do time e das ferramentas que estarão disponíveis para a execução do projeto auxilia o negócio a não buscar uma solução que demanda muitos investimentos indiretos em treinamentos e readequação do ambiente de trabalho.

Ou seja, fazendo uma avaliação sobre esses fatores, a empresa pode identificar se a ferramenta de gestão será facilmente integrada ao dia a dia dos gestores. Com isso, a companhia poderá atingir melhores resultados com mais agilidade.

Tenha em mente quais são os limites de escopo de cada etapa

Saber os limites de cada etapa permite que a empresa distribua recursos corretamente e consiga definir a ferramenta de projeto adequada.

A gestão do escopo, em outras palavras, entra como uma forma de implementar uma política de gestão que seja capaz de abranger todos os pontos do projeto e não ir muito além do que for necessário. Consequentemente, os gestores terão um maior foco naquilo que for crítico para os resultados de cada etapa.

Levante dados sobre os riscos existentes

Saber os riscos existentes também é importante. Quando a empresa tem uma noção completa sobre as suas vulnerabilidades e pontos que demandam atenção no seu dia a dia, não só é possível otimizar corretamente a cadeia operacional, mas também realizar escolhas capazes de chegar a um melhor resultado.

Portanto, sempre levante dados sobre os riscos que o negócio terá em relação ao projeto. Saiba exatamente cada fator que pode impedir que os objetivos sejam alcançados.

Isso permitirá que as ferramentas de projeto escolhidas possam ser utilizadas como uma forma de prevenir erros e situações indesejadas. Ou seja, a empresa poderá fazer de sua decisão um mecanismo de criação de confiabilidade para o projeto.

Qual é a importância da gestão de projetos de alta performance?

A execução de projetos corporativos é uma atividade comum a vários negócios. Um projeto pode ser estruturado para criar novos produtos, otimizar (ou modificar) rotinas internas, atender a demandas de clientes ou mesmo integrar novas soluções ao dia a dia da empresa.

Diante do nível de complexidade, muitas empresas falham em atingir os seus objetivos. Hoje, apenas dois terços dos projetos são capazes de atingir os resultados esperados.

Por isso, a empresa deve sempre focar na busca por uma gestão de alta performance, que trabalha para criar um fluxo de qualidade contínuo no ambiente de trabalho. Times precisam ser unificados e a companhia deve ter uma boa comunicação para evitar erros e conflitos.

Nesse sentido, as ferramentas adotadas pela empresa serão fundamentais para que o gestor tenha uma orientação precisa sobre o melhor modo de executar os processos planejados e garantir que cada requisito seja cumprido.

Portanto, sempre busque ferramentas de projeto que estejam alinhadas com as demandas e o perfil de cada etapa. Ela precisa ser escolhida com cuidado, garantindo que os recursos sejam mais bem aproveitados e, assim, mitigando as chances de um objetivo não ser completamente atingido.

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Tipos de indicadores para controlar melhor seus projetos

Processos, gestão, indicador para projetos… Essas e outras nomenclaturas são relativamente recentes no mundo dos negócios. Afinal, durante gerações, não se falava nesses instrumentos de administração e controle. Por que eles se tornaram necessários? Se trata de algum modismo ou realmente representam um diferencial para as empresas?

No passado, a administração de negócios podia ser considerada bastante intuitiva. Sem teorias, sem métodos, ou seja, apenas o feeling ou know-how do gestor, que, muitas vezes, era o fundador e proprietário da companhia.

Com a concorrência acirrada, normas a serem seguidas, a complexidade crescente das organizações e, principalmente, a necessidade de satisfazer o cliente, a experiência sem a complementação do conhecimento de métodos para atingir a produtividade tornou-se insuficiente.

Com isso, aquele fluxo natural das tarefas, por vezes, cheio de falhas, atrasos, gargalos e desperdícios, deu lugar a uma abordagem mais pragmática: a realização de projetos.

Essa visão enxerga as tarefas a serem executadas de outra forma. Projetos são direcionados para que acabem em um determinado prazo, utilizando uma quantidade de recursos determinada, têm um ou vários entregáveis e exigem uma gestão financeira dos investimentos realizados.

Essa racionalização do processo gera benefícios tanto para o fornecedor quanto para o cliente, que sabe exatamente o que esperar, para quando esperar e a qualidade do serviço que será executado.

Quando bem planejados, os projetos não prendem o fornecedor a planos infindáveis. Um produto ou serviço é gerado em um tempo estabelecido e com um orçamento definido, evitando prejuízos para ambas as partes e possibilitando que a empresa tome decisões mais acertadas no futuro. Porém, não basta trabalhar com o conceito dos projetos. É preciso acompanhá-los para garantir sua realização eficiente.

Quais instrumentos podem auxiliar o gestor nessa responsabilidade? Como descobrir quando é necessário intervir para garantir cumprimento do prazo e o resultado desejado? Essa é a função de um indicador de projetos!

A importância dos indicadores para projetos

Que o maior desafio dos gerentes de projetos é manter o planejamento dentro do trilho, não é nenhuma novidade. Agora, o que fazer com o crescente número de projetos, cada vez maiores, mais urgentes e complexos?

Assim como um termômetro nos ajuda a medir a temperatura para identificar febres e problemas de saúde, temos indicadores que podem revelar a situação momentânea e em longo prazo de um projeto. Há 4 tipos de indicadores para projetos e, aqui, na Project Builder, encontramos com frequência clientes com o desafio de medir e monitorar esses indicadores.

Como o indicador é uma medida, ele estabelece um padrão. Variações a partir dos valores esperados indicam que, em algum aspecto, estão ocorrendo situações fora da normalidade e que podem comprometer o resultado, o prazo de entrega do projeto ou o orçamento determinado. A partir desses dados, o gestor de projetos pode identificar os fatores que causam esse desvio da rota para corrigi-la.

Se você também passa por isso em seu dia a dia, não deixe de acompanhar este post. A seguir, falaremos sobre cada um desses tipos de indicadores e sobre como eles poderão ajudá-lo no acompanhamento e gerenciamento dos seus projetos.

As vantagens dos indicadores de projetos

Um indicador de projetos pode oferecer diversas vantagens à empresa, que podemos resumir como:

  • a medição de determinadas variáveis e dos resultados das informações;
  • a obtenção de informações úteis e valiosas;
  • a análise de informações e dos efeitos de estratégias definidas, bem como as atividades feitas para efetivá-las;
  • a comparação de informações e o traçado de estratégias eficientes;
  • a tomada de decisões acertadas;
  • a gestão de projetos de forma ágil e sem afetar a produtividade, garantindo resultados de boa qualidade;
  • a adaptabilidade a qualquer metodologia;
  • a prevenção, redução e correção de erros diversos.

Os erros mais comuns cometidos na gestão de projetos são:

  • falhas ao definir o escopo;
  • falhas ao gerir e estimar o programa;
  • problemas na gestão do pessoal;
  • estouros orçamentários;
  • falta de uma gestão de qualidade;
  • falta da análise de riscos;
  • problemas com compras e outras aquisições;
  • ausência de comunicação eficaz entre os membros da equipe no ambiente de trabalho em que se desenvolve o projeto.

O método SMART

Trata-se de um método que ajuda na hora de determinar os objetivos em todas as etapas do plano de negócios. SMART é uma palavra composta pelas iniciais das seguintes palavras em inglês.

Specific (específico):

Toda meta precisa ser específica e clara, caso contrário, não será possível concentrar esforços para alcançá-la nem motivar sua equipe para isso.

No momento de definir seu projeto, considere pontos como:

  • o que deve ser realizado?
  • Por que é importante alcançar esse objetivo?
  • Que pessoas estão envolvidas?
  • Onde está localizado o projeto?
  • Que limites ou recursos estão envolvidos?

Measurable (mensurável)

Metas que podem ser medidas ajudam a monitorar o progresso do projeto. É necessário fazer uma avaliação periódica do projeto a fim de dar cumprimento aos prazos e aprimorar esforços conforme as metas sejam alcançadas e o objetivo principal fique cada vez mais próximo.

Para ser medido, o objetivo deve contemplar aspectos como:

  • quantos são?
  • Quantos a empresa necessita?
  • Como saberei que foi atingido?

Achievable (realizável)

O objetivo deve ser realizável para que seja possível aplicar algum indicador de projetos sobre ele. Metas razoáveis permitem identificar recursos e oportunidades que, antes, não foram considerados. Dessa forma, é possível recomeçar com êxito.

Um objetivo realizável deve fornecer respostas para questões como:

  • como ele pode ser atingido?
  • Quão realista ele é, levando em conta aspectos restritivos (como as finanças)?

Relevant (relevante)

Determinar a relevância da meta é fundamental para negócios bem-sucedidos. Ela deve se harmonizar a outras metas já definidas. Todos precisam de ajuda para alcançar objetivos e é necessário monitorá-los continuamente.

A relevância de determinado objetivo está associada a questões como:

  • ele realmente vale a pena?
  • O momento ideal para investir nesse objetivo é agora?
  • Ele está em sintonia com os outros objetivos e necessidades do negócio?
  • As metas definidas para alcançá-lo estão certas?
  • Ele se aplica ao atual contexto social e econômico do país e/ou do mundo?

Time-bound (temporizador)

As metas precisam de um prazo para entrega individualmente. Desse modo, é necessário planejar-se para cumpri-la.  O Time-bound contribui para evitar que atividades de rotina acabem se tornando prioridades em metas de longo prazo.

Um objetivo que tenha limites de tempo deve responder a questões como:

  • quando?
  • O que será possível efetivar de hoje a X meses?
  • O que será possível efetivar de hoje a X semanas?
  • O que é possível realizar hoje?

Os indicadores de gestão para projetos

Também conhecidos como KPIs (indicadores-chave de desempenho), os indicadores de gestão para projetos são essenciais para uma gestão de qualidade em qualquer projeto, além, é claro, de denotarem seriedade no momento de apresentação de uma proposta.

Como já dissemos, podemos sintetizar os principais indicadores (ou KPIs) em 4 grupos: os de impacto, de efetividade, de desempenho e operacionais. Esses últimos podem ainda ser subdivididos em outros diversos, tais como indicadores de eficiência, eficácia, capacidade, produtividade, qualidade, lucratividade, valor, entre outros.

Na verdade, todo KPI é um indicativo resultante de uma comparação entre objetivos e resultados atingidos. Analisando-os, é possível detectar erros, deficiências e oportunidades, de modo a estabelecer outras metas e planejamento mais eficazes e rentáveis para um negócio no futuro.

Devido à sua natureza e o que eles realmente pretendem medir, é importante compreender o período exato em que cada indicador será aplicado. Durante o ciclo de vida do projeto, recomenda-se a análise diária de indicadores operacionais. No entanto, os índices de desempenho, efetividade e impacto são medidos algum tempo após a conclusão do projeto.

Indicadores de impacto

Medem o objetivo geral do projeto, com resultados em longo prazo e sua contribuição para a organização ou sociedade. O alvo dos indicadores de impacto é o objetivo geral do projeto, ou seja, eles medem se, de fato, o projeto conquistou seu propósito central.

Portanto, sua medição só poderá ser realizada em um certo período após a conclusão do projeto. Um exemplo desse tipo de indicador é a contribuição do projeto em longo prazo. Imagine, por exemplo, um projeto de redução de custos.

Assim que as ações de redução de custo são implantadas, ainda não é possível saber se a redução foi atingida — é necessário definir um período após a conclusão para avaliar se a meta de redução foi realmente atingida.

Indicadores de efetividade

Estes indicadores medem os resultados dos objetivos propostos em um determinando período de tempo, após a produção dos resultados dos projetos. Assim como o indicador de impacto, só é possível medi-lo após a conclusão.

Ao final do processo, o que buscamos observar com os indicadores de efetividade é quais foram as contribuições dos resultados do projeto. Vamos nos perguntar se esse projeto ajudou a empresa:

  • a aumentar o faturamento;
  • a fidelizar o cliente;
  • a minimizar desperdícios;
  • a reduzir o absenteísmo.

É indispensável que essas, entre outras perguntas, sejam respondidas para que a eficiência operacional da empresa cresça a cada dia. Além disso, os indicadores de efetividade são muito importantes para comparar projetos e a contribuição de cada um deles em um determinado período para o sucesso do negócio.

Portanto, esse índice permite analisar, por exemplo, o desempenho do produto 1 e do produto 2, para identificar qual deles aumentou a lucratividade da empresa em um período de crise.

Essa relação pode ser representada visualmente por meio de gráficos que mostram a contribuição individual em um total efetivado, ajudando a decidir que tipo de projeto merece uma intensificação de esforços para potencializar oportunidades de expansão e crescimento.

Indicadores operacionais

São aqueles medidos durante o ciclo de vida de um projeto, tendo como alvo as atividades e os recursos. Dessa forma, eles sinalizam qual é a tendência do projeto, caso não exista nenhuma ação efetiva de alteração do curso atual.

O monitoramento dos indicadores de projetos é realizado diariamente, ao longo de todo o projeto. Certas ferramentas de gerenciamento de projetos, como o Project Builder, ajudam nesse acompanhamento e geram essas informações automaticamente.

Dois exemplos comuns de monitoramento de desempenho são o CPI (Cost Performance Index) e o SPI (Schedule Performance Index).

Valor agregado (VA)

Para o gerenciamento de projetos, o valor agregado é um referencial importantíssimo. Ele mede quanto do objetivo foi realmente realizado até o momento. Imagine que uma empreiteira fez um contrato para entregar 100 quilômetros de estrada e, até o momento, entregou 15 quilômetros. O cálculo do VA é bastante simples: a entrega corresponde a 15% do total contratado.

Esse índice de cálculo simples e objetivo não é favorável ou desfavorável em si mesmo. Essa avaliação depende da interação dele com outros fatores, como prazo e custos, para identificar não apenas se é possível realizar a entrega no período programado, como também a possibilidade de se adequar ao orçamento.

Índice de Desempenho de Prazo (IDP)

Trata-se de uma amostra sobre o andamento de um planejamento em relação aos prazos preestabelecidos. Dessa forma, o IDP assegura o cumprimento dos estreitos e atribulados prazos envolvidos em um projeto. Seu cálculo é dado pela divisão do valor agregado (VA) das entregas (em cifras) sobre o valor que fora planejado, ou seja: VA/VP.

Um projeto de eficácia de planejamento pleno terá resultado igual a 1. Resultados maiores do que 1 são sinais de adiantamento e os resultados menores representam atrasos operacionais.

Imagine, portanto, que a empresa se propôs a construir os 100 quilômetros em um ano, mas, em 6 meses, atingiu um VA de 15%. Não é necessário ter grandes conhecimentos matemáticos para perceber que a relação está extremamente desfavorável e que, a menos que haja uma correção extrema da rota, será impossível entregá-la no período programado.

Ciente desse número, o gestor precisa tomar as medidas necessárias para acelerar o projeto em um caso assim. O mesmo vale para a comparação entre o VA e o custo do projeto.

Índice de Desempenho do Custo (IDC)

O IDC permite avaliar o gasto de recursos e o progresso de um projeto, comparando o curso dele ao orçamento previsto e disponível. Desse modo, ele evita gastos que não representem reais avanços nos projetos, além de mensurar o retorno sobre cada valor que for investido. O cálculo se dá da seguinte maneira:

VA (das entregas) / custo planejado

Se o resultado do cálculo for igual a 1, será um indício de que o projeto está cumprindo o planejado. Se for maior, é sinal de que houve economia. Já se for menor do que 1, será um sinal de comprometimento e estouro do orçamento.

Taxa de Tarefas Realizadas

Basicamente, esta taxa avalia o progresso do cronograma estipulado, o que influencia diretamente o cumprimento de metas e prazos. A taxa de tarefas realizadas é resultado do cálculo entre o número total de tarefas realizadas dividido pelo número estipulado no cronograma.

A utilização desse indicador permite ao gestor a identificação de gargalos na execução de atividades, o que possibilita a intervenção para a solução do problema. Portanto, se o processo está “travando” em um determinado ponto, cabe a ele analisar as causas dessa demora.

Entre as providências, podem figurar a necessidade de contratar mais mão de obra para execução das tarefas, medidas para aperfeiçoar o processo ou a provisão de recursos materiais que impedem os colaboradores de executá-las.

Quando calculada corretamente e analisada considerando o quadro geral, a taxa de tarefas realizadas promove a solução desses gargalos e viabiliza a entrega do projeto dentro do prazo.

Desvios de Esforços

Esse é outro indicador operacional de suma importância. Os desvios de esforços são uma métrica que revela a diferença entre os esforços presumidamente dedicados a um projeto e os esforços reais.

A partir desse cálculo, poderá ser avaliado se a equipe trabalhou menos ou mais do que planejado e quais problemas acarretaram a perda de produtividade ou de sobrecarga humana.

Se, por exemplo, você orça cerca de mil horas de dedicação do seu time para um projeto e essa carga horária já foi consumida na metade das metas a serem cumpridas, é sinal de que é preciso reavaliar a condução do projeto para haver uma otimização de tempo e de recursos.

Quando os desvios são muito grandes, esse é um indicativo de que as estimativas iniciais utilizadas para definir o prazo e o orçamento do projeto estavam equivocadas. Esse excedente no consumo de recursos humanos ou financeiros reduz a margem de lucro da empresa ou acarreta custos adicionais ao cliente, dependendo do regime previsto em contrato.

Além de proporcionar uma base para a tomada de decisões referentes ao projeto em andamento, esse índice pode fornecer aos gestores um escopo para cálculos relativos a contratos futuros.

Dessa forma, observa-se que imprevistos ou problemas geraram a necessidade de adaptações para preveni-los ou prever um orçamento maior para os próximos compromissos.

Desvio de custo

desvio de custo é um índice que permite manter os gastos sob controle, evitando que saiam mais altos que os orçados. A fórmula para seu cálculo é:

custo real – custo orçado / custo orçado

Desvio de prazo

Os projetos geram uma nova fonte de receita, mas atrasos na entrega reduzem ou retardam o faturamento. Quando o objetivo é diminuir gastos, levar mais tempo trabalhando representa mais despesas.

Se existe o objetivo de diminuir o impacto ambiental, um trabalho mais demorado do que o planejado acaba provocando mais danos ao meio ambiente. A fórmula para calcular o desvio de prazo é:

término real – término planejado / duração planejada do projeto

Indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho organizacional são aqueles que asseguram que todos os processos e subprocessos trabalhem em consonância para que as metas estipuladas sejam cumpridas. Assim, eles ajudam a evidenciar se os resultados planejados foram alcançados. Pode-se citar o ROI (Return of Investment), o CPI (Cost Performance Index), e um indicador de prazo obtido ao final do projeto.

Antes de tratarmos de sua importância, vamos entendê-los um pouco melhor.

ROI

O ROI avalia o retorno obtido por meio de um determinado investimento feito em um projeto, determinando se aquele esforço realmente resultou no aumento da rentabilidade.

Porém, vale lembrar que o benefício trazido para a empresa e determinado pelo ROI nem sempre significa lucro. Ele pode estar relacionado ao reconhecimento da marca ou à satisfação do cliente.

Para calcular o ROI a fórmula é:

(ganhos obtidos – valor investido) / valor investido

O resultado igual ou maior a 1 representa uma relação favorável, enquanto a relação inferior a 1 representa que o esforço não foi eficiente.

CPI

O CPI é equivalente ao IDC e expressa a relação entre o valor agregado (VA) e o custo real (CR). Esse tipo de indicador pode ser encarado como uma espécie de sensor e instrumento que monitora diversos dados para fornecer, então, resultados em uma unidade de medida. Seu alvo será o resultado do projeto e quanto foi possível entregar os produtos dentro do planejamento.

Indicador de prazo

Geralmente, encontra-se no final do projeto em que você analisará, por exemplo, se foi possível fazer as entregas dentro do prazo ou do custo. Aqui, é importante ressaltar que indicadores isolados não representam nenhum dado consistente o suficiente: quanto mais detalhada for a análise de um projeto, mais chances de sucesso ele terá.

Afinal, toda medição pressupõe um conjunto de indicadores que averiguarão o alcance — ou não alcance — de determinado objetivo previamente estabelecido. Nas palavras de Hornec (1994):

As medidas de desempenho são sinais vitais da organização e elas qualificam e quantificam o modo como as atividades ou outputs de um processo atingem suas metas. Assim, as medidas de desempenho respondem à pergunta: “como você sabe”?

Dessa forma, os indicadores de desempenho organizacional disponibilizam os dados e informações que todo gestor necessita para extrair o melhor de seus recursos em cada etapa de um processo, proporcionando maior exatidão nas tomadas de decisões gerenciais.

Tornam ainda os processos mais ágeis e eficazes, permitindo maior transparência administrativa e facilidade na busca pela excelência empresarial.

Indicadores de produtividade

Definir metas para controlar o período de entrega entre uma e outra etapa é importante para garantir o alinhamento das atividades executadas com o objetivo do projeto. O percentual representativo do tempo total para entrega do projeto efetivado deve ser definido no escopo.

Quando os prazos são concluídos de acordo com as etapas, é um sinal de que o projeto será entregue no período definido, diminuindo os riscos.

Os índices de produtividade ou eficiência revelam como cada funcionário da equipe está se saindo no trabalho. Eles mostram se as funções estão sendo efetivamente cumpridas, da forma adequada e respeitando as normas de qualidade.

Por isso, é importante dispor de alguém confiável e competente para monitorar a produtividade em diferentes contextos: por colaborador, por equipe, produtividade geral etc.

A definição do indicador de projetos mais viável

Para definir qual o indicador de projetos é mais adequado para seu caso, é possível seguir algumas dicas, como:

  • os indicadores de impacto são utilizados para determinar se o objetivo final do projeto foi conquistado;
  • os indicadores de efetividade tentam entender quais as contribuições dos resultados;
  • os indicadores de desempenho (também chamados de indicadores de performance) ajudam a revelar se as metas traçadas foram atingidas;
  • os indicadores operacionais servem para identificar tendências em relação às atividades.

O total de mensurações varia conforme o nível de complexidade do projeto. É necessário ter cuidado em relação ao período em que a mensuração será usada.

Os índices de performance, de efetividade e de impacto devem ser calculados depois de um tempo em que o projeto já foi encerrado. Por outro lado, os indicadores operacionais devem ser aplicados todos os dias, acompanhando o ciclo de vida do projeto.

Os indicadores de desempenho costumam confundir os gestores, porque podem ser aplicados em diversos casos, como no nível de produtividade dos colaboradores e no monitoramento das ações.

As soluções da Project Builder

O software Project Builder efetua um gerenciamento de projetos eficaz, otimizando o planejamento e aumentando as oportunidades de sucesso do negócio. As informações das atividades são passadas em tempo real e o software mede a alocação dos recursos e a produtividade com precisão.

O software permite uma gestão flexível, adaptável a qualquer método, seja ele tradicional (PMBOK), seja o método ágil.

A flexibilidade e a praticidade do Project Builder fazem dele uma das melhores soluções para gerenciamento de projetos e aplicação de indicadores.

Gerenciar projetos deixou de ser intuitivo há algum tempo, logo, é necessário que o gerente de projetos aplique metodologias e práticas que o ajudem a potencializar as chances e os resultados do projeto.

Os indicadores funcionam como fotografias de projetos e ajudam a entender como ele está em um determinado momento, assim como a reconhecer tendências. Como já dizia Deming:

Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia.

As medições realizadas pelos indicadores são imprescindíveis na administração de empresas, porque permitem que o gestor compreenda o que acontece na empresa, como cada setor pode ser aprimorado e quais são os possíveis impactos de cada mudança a ser implementada.

Para os gestores, eles podem ser considerados como um termômetro. Por meio deles, é possível identificar os gargalos, verificar o andamento e a evolução do projeto e diagnosticar erros. Assim, crises são percebidas com a antecedência necessária para serem minimizadas antes que gerem consequências mais graves.

Como vimos, negligenciar ou simplesmente não utilizar os indicadores em uma estratégia de gestão representa desperdícios tanto de recursos quanto de oportunidades. Os dados quantitativos e qualitativos fornecidos pelos KPIs potencializam o conhecimento interno de uma organização e permitem uma eficiência exponencialmente maior.

Agora que compreende a importância de um indicador de projetos, assista uma demonstração do Project Builder e descubra como sua empresa pode alavancar a gestão de projetos com apenas uma única ferramenta.

O que é o Termo de Abertura do Projeto?

Não tem como trabalhar com gestão de projetos sem conseguir entender o que é o Termo de Abertura do Projeto.

Se você ainda não tem muita segurança sobre o assunto e quer entender um pouco mais a respeito, continue lendo e descubra como este documento funciona, assim como todos os detalhes necessários para que consiga usá-lo em seu favor no desenvolvimento de projetos. Boa leitura!

O que é

Antes de tudo, o Termo de Abertura do Projeto é o documento que dá início a ele. Ou seja, é o primeiro passo que você precisa dar para criar uma metodologia de gestão de projetos para sua empresa.

Afinal, ele reconhece formalmente o início de um novo projeto e serve como base para o trabalho do gerente de projeto, que recebe a autoridade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades que envolvem seu desenvolvimento. Assim, possui diversas informações sobre o projeto, incluindo estimativas iniciais de qual o prazo destinado, recursos necessários e orçamento disponível.

Também chamado de Project Charter, ou pela simples sigla TAP, este documento é muito mais que uma mera burocracia. Ele é realmente a base do projeto e tem as principais informações para que qualquer pessoa que tenha contato com a empreitada consiga entender de uma vez suas principais particularidades.

Para que você entenda melhor, fizemos um resumo do que você vai encontrar em um Termo de Abertura do Projeto.

Nossa proposta para o Termo de Abertura do Projeto

Em nossa proposta para o Termo de Abertura do Projeto, constam os seguintes campos:

Objetivos do documento

Normalmente, o tipo de informações básicas que existe em cada TAP é muito parecido. Mesmo assim, é necessário iniciar o documento descrevendo rapidamente para que ele serve e o que será encontrado logo adiante.

Situação atual e justificativa do projeto

Todo projeto precisa ter um motivo para existir, e é neste espaço que vamos encontrar essa informação.

Objetivos SMART e critérios de sucesso do projeto

Neste campo deve se discriminar aonde se quer chegar e como será mensurado se realmente conseguimos chegar lá. Usando a metodologia de Objetivos SMART (Specific, MeasurableAttainableRelevant Time based), tudo fica mais prático e produtivo.

Produtos e principais requisitos

Produto é aquilo no que o projeto vai resultar quando chegar ao seu final. São os outputs. Quanto aos principais requisitos, estamos falando de tudo o que o projeto precisa para rodar (máquinas, softwares, pessoal capacitado, insumos em geral).

Marcos

Também conhecidos como milestones, ou marcos de etapa, são as identificações de entregas mais significativas do projeto. São eles que definem o encerramento de uma fase ou etapa.

Equipe do Projeto

Como você deve imaginar, aqui vem a descrição de todos os envolvidos diretamente no projeto. Isso é muito importante para saber quem é responsável por cada tarefa durante todo o tempo.

Premissas

Algumas suposições nas quais se acredita e se confia que sejam verdadeiras, embora ainda estejam para ser testadas como, por exemplo, pressupor que um fornecedor consiga entregar um produto em até determinado prazo. Ou que um software seja capaz de fazer determinado cálculo, assim como supor que não haverá uma mudança no comportamento do mercado significativa o suficiente para inviabilizar o projeto.

Restrições

Limites que já são conhecidos e que impactarão o projeto. Normalmente há restrições quanto a aportes financeiros, prazos e tamanho da equipe. Podem estar ligados também a aspectos técnicos.

Riscos

Mapear, conhecer e controlar os riscos é uma etapa fundamental em todo projeto. Nesse momento, alguns deles — os mais iminentes — já são listados para que se possa ter noção do que pode ocorrer (tanto de pior como de melhor) antes mesmo de se começar o projeto. Lembre-se, portanto, que existem riscos negativos e positivos.

Orçamento do Projeto

Aqui vão os números. É indicado o valor que se tem disponível para todo o projeto com detalhamento das suas informações, como prazos de entrada de verba e outros detalhes do tipo. Para muitos gerentes de projetos, esse é um dos pontos que mais tiram o sono.

O Project Builder possui todos esses campos e gera automaticamente seu termo de abertura.

Como funciona

Embora normalmente não seja o primeiro documento confeccionado para um projeto, ele é, sem dúvida, o primeiro exigido na formalização de um. Em outras palavras, é por meio de um Termo de Abertura do Projeto que se tem a autorização formal para começar.

Quando se percebe a necessidade de criar um projeto, normalmente algumas perguntas começam a circular. Pessoas vão querer saber se há dinheiro disponível, se a tecnologia está adequada, se faz sentido investir em algo do zero e se o tempo é o suficiente para se atingir os objetivos desejados.

Além dessas, outras questões também acabam sendo levantadas e para todas elas, algumas informações já são buscadas. Assim, estudos de viabilidade, consultas ao financeiro, identificação do pessoal que poderia ser alocado, de quem seria o patrocinador, espaço físico e outros recursos também destinados a um hipotético projeto até esse momento, começam a ser esboçados.

Quando essas informações tomam corpo o suficiente para se montar um projeto, tudo é consolidado por meio de uma TAP e o patrocinador assina o documento dando aval para que comece a corrida. É assim que ele nasce.

Por que é importante

Ter um Termo de Abertura do Projeto feito, e bem-feito, é fundamental para que ele consiga se desenvolver da maneira adequada.

Lembre-se: esse documento é a base para tudo o que virá pela frente e deve ser repassado aos envolvidos para que saibam do que se trata. Como ele concentra a síntese de tudo que é relevante, fica fácil de disseminar essas informações de maneira homogênea e completa o bastante para todos.

Imagine, por exemplo, que no meio do projeto seja necessário desalocar várias pessoas e trazer outra equipe que não tenha a menor ideia do que se trata o trabalho. Nesse caso, o novo grupo certamente vai precisar de algum tempo para se ajustar e entender o que está acontecendo.

Contudo, dando uma olhada em todos os pontos da TAP, fica bem mais fácil ter uma boa noção de todo o projeto. A partir daí, o que se precisa fazer é buscar o cronograma e saber até onde foi possível avançar.

Como criar

O nascimento de um projeto — que normalmente é muito bem marcado por uma TAP — pode ocorrer de diferentes maneiras. Isso porque dependendo da instituição, a cultura de projetos pode estar mais ou menos evoluída.

Se estivermos falando de uma empresa que tem um escritório de projetos formalmente constituído, com gerentes de portfólio, gerentes de projetos, analistas de projetos e assistentes, por exemplo, a tendência é que tudo seja feito de forma mais ordenada.

Nesse caso, já temos um modelo operacional que indica quem começará a desenvolver a TAP, quais são as pessoas mais indicadas para participarem do projeto, quem vai fazer a identificação dos objetivos, conversar com o patrocinador etc. Pode até ser que essa pessoa já seja o próprio gerente do projeto, o que é uma boa ideia, pois ele fica muito mais alinhado com tudo desde o início.

Por outro lado, pode acontecer também de um projeto ser iniciado de maneira menos ordenada, com pessoas já trabalhando enquanto o orçamento ainda está por ser liberado e a alocação de uma equipe segue sob dúvidas. Por isso, é importante que seja feito um Termo de Abertura do Projeto assim que se perceber que realmente a coisa está tomando forma.

Se for você o responsável por criar a TAP, busque as informações necessárias com todos os envolvidos e tente preencher cada item do documento com as informações mais corretas e atualizadas que conseguir.

Acima de tudo, lembre-se que ela não é mera formalidade, mas sim um instrumento precioso para que o projeto consiga ser desenvolvido de maneira profissional e com responsabilidade.

Agora que você já sabe o que é o Termo de Abertura do Projeto e como ele funciona, aproveite para ter acesso aos nossos conteúdos sobre gestão de trabalho, seguindo nossas redes sociais. Estamos no FacebookTwitterLinkedInGoogle+ e YouTube.

5 dicas para facilitar a criação de uma Estrutura Analítica de Projeto

Durante toda a minha experiência profissional, tenho me deparado com diversos líderes de projetos. Há tanto os novatos, em desenvolvimento, quanto aqueles com maior experiência e grandes dificuldades para elaborar a sua Estrutura Analítica de Projeto (EAP) — ou Work Breakdown Structure (WBS), em inglês.

O que percebo é que as dificuldades, em sua maioria, vêm do fato de essas pessoas não terem conhecimento básico sobre ferramentas e técnicas para o desenvolvimento da EAP. Assim, elas acabam cometendo desvios em sua construção sem, muitas vezes, se darem conta disso.

Todos nós sabemos que a EAP é a entrada para muitos processos. Isso ocorre principalmente com relação ao desenvolvimento de custos dos projetos, ocasionando sérios problemas acerca do desenrolar referente ao planejamento.

No artigo de hoje, vamos abordar algumas dicas para ajudar você e todos os que precisam desenvolver sua Estrutura Analítica de Projeto (EAP), mas estão com dificuldades. Acompanhe!

Conceitos iniciais

Conforme preconiza o PMI, 2013, a Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é uma representação gráfica de todo o trabalho essencial para a entrega do escopo do produto do projeto. A EAP deve representar todo e qualquer trabalho necessário até que seja feita a entrega do produto em si.

Pelo seu formato gráfico, ela representa uma excelente ferramenta para a comunicação com as diversas partes interessadas no projeto. Isso ocorre porque todo o trabalho está ali representado, o que torna bem mais fácil visualizar a amplitude do projeto.

Além disso, ela é estabelecida com a ajuda de algumas cores e símbolos, o que pode representar a situação de desenvolvimento de cada uma das partes do trabalho e agilizar a transmissão de informações.

Uma das principais técnicas adotadas para a construção da EAP é a decomposição do escopo (PMI, 2013). Essa metodologia consiste em dividir o escopo do trabalho do projeto, iniciando do mais alto nível, com as partes menores e mais facilmente gerenciáveis.

Após isso, chega-se até um patamar que seja suficiente para que o controle do projeto e das demais estimativas possa ser realizado, o que minimiza diversos problemas possíveis. Uma boa estratégia para a elaboração da EAP da maioria dos projetos poderia ser (SOTILLE, 2009):

  1. Coloque o nome do projeto na linha.
  2. Insira, logo abaixo, a fases do ciclo de vida do projeto, considerando inclusive a etapa de gerenciar sua implementação.
  3. Decomponha as fases em entregas que serão feitas aos clientes.
  4. Se for necessário, decomponha-o em níveis (pacotes de trabalho) novamente, para melhorar suas estimativas e seus planejamentos.

As figuras 1, 2 e 3 abaixo representam as dicas da estratégia abordada acima.

(INSERIR AS IMAGENS DO POST ORIGINAL)

Mas o que é fase? Trata-se de uma etapa ligada à construção do produto final do projeto. Ela representa uma base para o modelo do ciclo de vida (ou de desenvolvimento) de um produto.

Para o desenvolvimento de um software, por exemplo, poderíamos ter como fases: especificaçãohomologação e implantação. Já para a engenharia civil, seria possível haver: projeto básicoprojeto detalhadoconstrução e entrega ao cliente. E, se pensarmos pela metodologia FEL, haverá: FEL0, FEL1 etc.

E o que é entrega ou produto? Trata-se de um produto ou subproduto a ser devidamente entregue por uma fase. Ele poderá ser facilmente verificado e analisado pelo cliente que o estiver recebendo.

No desenvolvimento de um software, por exemplo, poderíamos ter o documento de requisitos funcionais e o planejamento dos testes na fase de especificação. Em Engenharia Civil, uma possibilidade seria incluir as plantas elétricas e hidráulicas, além do licenciamento etc.

E então, o que é o Pacote de Trabalho? É o menor nível da EAP que representa uma parte de um produto ou subproduto a ser entregue ao cliente. Esse tipo de recurso nos ajuda a estimar e a controlar o projeto.

A contratação de um fornecedor para o desenvolvimento do projeto, por exemplo, poderia passar por: Especificação Técnica, Tomada de Preço e Contratação.

Dicas para o desenvolvimento de uma Estrutura Analítica de Projeto

Agora que já definimos o termo, vamos a algumas dicas úteis para apoiar o processo de desenvolvimento da sua EAP:

1. Reúna especialistas do produto do projeto

Nenhum gerente de projetos deve montar a sua EAP sem ter, junto a ele, os especialistas técnicos que podem responder pelos produtos. São eles que vão ajudar a identificar o que será entregue ou não ao cliente — validando, dessa forma, a declaração do escopo. Eles também são os que vão apresentar o melhor conhecimento, a fim de ajudar a definir a decomposição de uma entrega em menores pacotes de trabalho.

2. Busque EAP’s de projetos anteriores da sua organização ou de um produto similar

Se a sua empresa elabora projetos similares com frequência, uma boa tática é buscar a EAP de trabalhos anteriores para usar como referência. Mas, se a sua companhia não desenvolve projetos com alguma regularidade, você pode se basear em uma EAP de um produto similar ao seu.

Lembre-se, porém, de tomar o cuidado de avaliar se as fases e os produtos a serem entregues realmente são equivalentes ao seu processo de produção. Nunca se exima de pensar! É bem provável que você vá encontrar muitas lições aprendidas na construção dessas outras EAP’s.

Isso, de fato, vai ajudá-lo a não cometer novamente os mesmos erros, principalmente no que diz respeito à falta de escopo. É provável que equipes mais experientes já tenham passado por muitas das dúvidas e dificuldades que você terá de enfrentar e, por isso, precisaram descobrir saídas, planos de contingência e soluções para a maior parte desses desafios.

3. Avalie a estrutura da sua EAP

Ao concluir o processo, verifique, em seguida, se a sua EAP está realmente dividida em Fases, Produtos e Pacotes de Trabalho. A indicação de proceder dessa forma se dá por conta de, no processo de construção, ser comum que o conceito se perca, principalmente se o projeto for muito grande ou precisar se basear em muitas áreas de conhecimento.

Confira também se, por acaso, você colocou verbos na EAP, pois eles designam atividades que não são demonstradas em uma estrutura do tipo. Não se esqueça de que o processo é de decomposição.

Sendo assim, se for preciso dividir um pacote de trabalho, distribua-o em pelo menos 2 outros pacotes. Se houver apenas 1 pacote resultante da “decomposição”, pode-se dizer que ele é o “produto” em si — ao menos em termos de trabalho.

4. Saiba que gerenciar também é trabalho

Como ocorre com todos os projetos, o seu também precisa ser gerenciado. Portanto, é necessária uma fase específica que contemple o trabalho da equipe de gerenciamento do projeto, as suas entregas e os pacotes de trabalho.

Negligenciar esse importante estágio em prol apenas de fases operacionais pode resultar em perda de foco para o projeto, dificuldade de integração e subprodutos que não agregam valor entre si.

Lembre-se: ambas as frentes de atuação — gerencial e operacional — são úteis, necessárias e muito importantes. Você precisa encontrar uma forma de equilibrar os dois lados para que o produto final seja condizente com a expectativa do cliente e com o escopo original.

5. Simplifique

Muitos líderes de projetos acham que, quanto mais complicado, melhor parece o trabalho que foi realizado. O que ocorre, na realidade, é que essa premissa não é verdadeira. Trabalhar com uma estrutura de EAP muito complexa serve apenas para dificultar a orientação dos colaboradores e atrasar a entrega de resultados concretos.

Dessa forma, opte por manter a sua EAP mais simples e compacta, e não por transformá-la em algo muito complexo. Projetos de pequeno porte — e até alguns de estrutura média — suportam de 3 a 5 níveis de EAP com grande maestria.

É claro que isso não significa que seja necessário retirar trabalho do projeto ou, muito menos, deixar de incluir as atividades necessárias. Não se esqueça de que é possível utilizar outros mecanismos de controle, tais como atividades, marco de datas e relatórios. Não vamos empregar apenas uma ferramenta para tudo.

6. Em caso de erro, reestruture

Nenhum projeto (ou gestor) está isento de erros, independentemente do estágio em que se encontra seu andamento ou do setor a que lhe diz respeito. A cada fase finalizada, quanto mais uma equipe nega suas próprias falhas com relação ao planejamento original, mais está comprometendo suas chances de entregar o produto final para o cliente com a qualidade esperada.

Por isso, a sua Estrutura Analítica de Projeto deve ser sinal de uma boa gestão — e não um atestado de falhas da equipe. Da mesma forma, um time eficiente e eficaz não superestima suas capacidades de previsão.

O ideal é que, após o planejamento e o estabelecimento de um prazo mínimo, ele seja estendido entre 30% e 70%. Isso porque essa é a média de desvio que qualquer projeto tem de sua estimativa original.

E, quanto mais longo for o prazo, maior é a chance de que algo aconteça durante o processo. Negar que possa ocorrer imprevistos é um erro grave em qualquer planejamento de projeto.

Os 10 Mandamentos

Compartilho com vocês o brinde que Xavier (2009) nos deu com os 10 mandamentos para a construção de uma EAP:

  1. Cobiçarás a EAP (Estrutura Analítica de Projeto) do próximo.
  2. Explicitarás todos os subprodutos, inclusive os necessários ao gerenciamento do projeto.
  3. Não usarás os nomes em vão.
  4. Guardarás a descrição dos pacotes de trabalho no Dicionário da EAP.
  5. Decomporás até o nível de detalhe (pacote de trabalho) que permita o planejamento e o controle do trabalho necessário para a entrega do subproduto.
  6. Não decomporás em demasia, de forma que o custo/tempo de planejamento e controle não traga o benefício correspondente.
  7. Honrarás o pai.
  8. Decomporás de forma que a soma dos subprodutos dos elementos componentes (filhos) corresponda ao subproduto do elemento pai (Mandamento dos 100%).
  9. Não decomporás em somente um subproduto.
  10. Não repetirás o mesmo elemento como componente de mais de um subproduto.

De posse dessas informações, mãos à obra na construção de sua boa Estrutura Analítica de Projeto!

Conclusões

Como a EAP é a base para o planejamento de todas as áreas de conhecimento, cometer falhas em sua construção — ou até mesmo ter uma estrutura mal construída — é o caminho para a implementação de um projeto frágil e sujeito a muitas intempéries ocasionadas pelo seu mau planejamento.

Neste post, portanto, conseguimos visualizar a importância de uma Estrutura Analítica de Projeto em toda a sua amplitude. Vimos, entre as diversas informações:

  • os conceitos necessários para conseguir elaborar uma EAP eficiente;
  • a necessidade de reunir os especialistas e engajá-los em prol da construção de uma EAP eficaz;
  • a importância de avaliar a estrutura em todas as fases para fazer uma Estrutura Analítica que possa minimizar falhas e, por consequência, diminuir o retrabalho;
  • a verificação do papel do gerenciamento em todo o processo, desde o planejamento, passando pela execução e chegando à entrega do produto final, incluindo a avaliação, também após a entrega, do que pode ser melhorado nos próximos projetos;
  • formas de simplificar a EAP, a fim de que o entendimento possa ser fácil e acessível, acelerando todo o processo e facilitando a comunicação dos líderes de projeto com os seus subordinados e, também, entre departamentos e membros das equipes entre si;
  • as vantagens de se flexibilizar sempre que necessário, para poder dar conta de qualquer reestruturação necessária quando ocorrem os erros;
  • os benefícios de se utilizar projetos anteriores ou, ainda, de poder se inspirar em Estruturas Analíticas de outros trabalhos, a fim de verificar tanto a forma de montar uma estrutura quanto de verificar, pela experiência com outras metodologias, o que foi erro e o que foi acerto, minimizando a chance de haver problemas.

No mais, houve diversos detalhamentos capazes de auxiliar o planejamento e a formulação da Estrutura Analítica de Projeto. Também é importante ressaltar o papel do gestor e da perfeita comunicação entre todos os envolvidos, o que inclui otimizar os processos por meio de ferramentas que possam facilitar o dia a dia de trabalho.

Após acompanhar este post, você conseguirá criar sua Estrutura Analítica de Projeto sem problemas, conseguindo aliar agilidade, facilidade de comunicação e todos os dados necessários para uma execução com o mínimo de retrabalho na entrega de um produto de qualidade.

Quer discutir mais algum ponto sobre a EAP? Ou, ainda, deseja esclarecer alguma dúvida? Deixe um comentário!

Gráfico de Gantt: como e por que utilizá-lo para gerenciar projetos?

Você por acaso tem ideia de por que o Gráfico de Gantt continua sendo uma das estruturas mais usadas no gerenciamento de projetos se há tantos softwares, sistemas e recursos inovadores disponíveis por aí? O que será que essa ferramenta, que foi pensada em 1800 e reformulada em 1910, tem a agregar para você e sua equipe? A verdade é que nem estamos brincando nem é coisa de gerente de projetos das antigas! O Gráfico de Gantt é mesmo extremamente atual e pode se tornar um grande aliado quando o assunto é gerir projetos com eficácia, mantendo a equipe focada naquilo que deve ser feito. Que tal conhecer melhor o potencial dessa ferramenta?

De onde vem

Em meados de 1800, o engenheiro polonês Karol Adamiecki elaborou um documento para acompanhar o fluxo de trabalho de maneira visual, o qual nomeou de harmonogram. Mais de um século depois, em 1910, Henry Gantt aproveitou esse modelo para se inspirar e, então, criar o chamado Gráfico de Gantt, uma ferramenta que tinha por objetivo acompanhar o trabalho dos supervisores das fábricas para evitar atrasos na produção.

Hoje em dia

Mais de um século se passou e o Gráfico de Gantt continua servindo a diversos propósitos dentro do gerenciamento de projetos, mas seu principal objetivo ainda é mostrar de maneira bastante visual e de fácil compreensão como se desenvolve o cronograma completo dos trabalhos. Por meio de barras que representam uma linha do tempo, esse recurso permite que se tenha uma visão clara do tempo investido em cada tarefa e do prazo total para a entrega do projeto finalizado. Lembrando que ele não se limita apenas à linha do tempo, auxiliando também a organizar o projeto e promover um gerenciamento de qualidade.

Por que usar

Segmentação de tarefas

Ao colocar o Gráfico de Gantt no papel, na planilha ou no software, você automaticamente desmembra as atividades do projeto em tarefas menores, o que permite visualizar com muito mais detalhes exatamente o que deve ser feito, quando e por quem.

Distribuição de responsabilidades

Incluindo uma coluna a mais no seu gráfico, você pode determinar, ao lado de cada atividade, os responsáveis por tais ações. Com essa simples inclusão você mantém todos devidamente informados sobre suas atribuições dentro do projeto.

Interdependência de atividades

No gerenciamento de projetos é mais que comum ter atividades interdependentes, ou seja, com uma tarefa precisando ser concluída para que outra seja iniciada. No Gráfico de Gantt você ordena as atividades de modo a identificar essas interdependências e conscientizar a equipe sobre a necessidade do cumprimento de prazos para que o cronograma não seja impactado.

Definição de prazos

Ao iniciar um Gráfico de Gantt, você pode testar diferentes arranjos entre atividades e prazos, o que permite ter uma visão mais abrangente de todo o esforço a ser despendido ao longo do projeto. Com isso você identifica o caminho crítico e define os prazos com uma maior assertividade, deixando de correr o risco de dimensionar mal a data de entrega do produto final.

Controle do desenvolvimento

Após finalizado o Gráfico de Gantt, compartilhe-o com sua equipe e monitore os avanços para ver se os prazos estão mesmo sendo cumpridos. Como essa é uma ferramenta bastante visual, o ideal é que você a disponibilize em um mural ou dashboard de controle para que todos tenham acesso à informação a qualquer hora.

Como montar

Atualmente é possível desenvolver um Gráfico de Gantt a partir de planilhas de Excel, softwares, aplicativos e outras ferramentas on-line. Aqui explicaremos quais são os itens que não podem faltar durante o desenvolvimento do seu gráfico, ok?

Liste as atividades do projeto

Antes de mais nada, faça uma lista das atividades essenciais ao projeto: essa será sua visão macro de tudo que deve ser feito. Nesse momento, estime também o tempo necessário para que cada atividade seja concluída.

Parta para o detalhamento

Cada atividade pode ser desmembrada em tarefas menores, que serão executadas por sua equipe. Identifique essas tarefas e, mais uma vez, estime o tempo para concluir cada uma delas.

Identifique as interdependências

Quais tarefas e atividades são interdependentes? Os prazos para conclusão estão alinhados ou é preciso realizar ajustes para que dê tempo do time se estruturar e dar prosseguimento? Atente-se para essas três situações:

  • Tarefas que precisam ser concluídas para que outras se iniciem;
  • Tarefas que não podem ser iniciadas antes de outras;
  • Tarefas que não podem ser concluídas antes de outras.

As tarefas que não são interdependentes podem correr paralelamente às demais, desde que você tenha recursos disponíveis para que tudo caminhe concomitantemente sem maiores atropelos.

Estruture seu Gráfico de Gantt

Com todas as informações reunidas e organizadas, você pode lançar os dados em um software de gerenciamento de projetos, criar um gráfico a partir de uma tabela feita no Excel ou utilizar outras ferramentas on-line. Se você não tiver nenhum recurso tecnológico à mão, pode até mesmo criar seu Gráfico de Gantt em um flipchart! Viu só como a ferramenta é versátil? Lembre-se de que você deve compartilhar o gráfico com sua equipe e, se possível, com o cliente, afinal, ele também deve ter acesso às informações sobre o andamento do projeto, não concorda?

Monitore o andamento

Conforme as tarefas forem concluídas, sinalize no gráfico para atualizar o status do projeto e, com isso, manter todos a par do que está acontecendo. Caso haja algum tipo de atraso, identifique a causa, corrija o percurso e volte a trabalhar focado no que havia sido planejado.

Já que gerenciar uma grande quantidade de atividades é mesmo um trabalho minucioso, contar com ferramentas que facilitem o entendimento do cronograma, permitam uma visão global do desenvolvimento do projeto e ajudem a compartilhar a informação é de vital importância para o sucesso. Por essas e outras, caso ainda não tenha utilizado o Gráfico de Gantt em seus projetos, faça um teste e comprove a eficácia dessa ferramenta! Pense bem: não deve ser à toa que ela é utilizada há mais de 100 anos!

Ah, e se tiver dúvidas na hora de elaborar seu Gráfico de Gantt, não hesite em comentar aqui e compartilhar seus questionamentos conosco!

As 9 habilidades essenciais do Gerente de Projetos

Por fazer parte de uma área relativamente nova na cultura empresarial brasileira, e também no campo educacional, o gerente de projetos é um papel assumido por profissionais com formações diversas.

Especialistas da Engenharia, Administração, Marketing, Arquitetura, Tecnologia da Informação e outras formações podem ocupar essa posição, que é estratégica nas organizações.

Mas, qual será a verdadeira formação essencial ao Gerente de Projetos? Acompanhe o texto para saber mais.

Qual o papel de um gerente de projetos?

Ele é o profissional responsável pelo planejamento, execução e acompanhamento de um projeto. O gerente de projetos precisa possuir habilidades e competências específicas para motivar sua equipe, promover a comunicação entre ela e ainda deve ter paixão por novos desafios.

Acima de tudo, ele precisa ser responsável e ser comprometido com prazos — correr contra o tempo é algo que está no dia a dia de qualquer gerente de projeto.

Qual a formação necessária ao cargo?

Agora, respondendo à pergunta da sua formação essencial, há mais de uma resposta correta. Isso porque, quem escolhe gerenciar projetos precisa ser multidisciplinar e, acima de tudo, ter jogo de cintura. É necessário, por exemplo, saber negociar, pois isso fará parte da rotina. Além disso, é preciso garantir que as entregas serão feitas com qualidade.

O cargo de gestor de projetos pode ser assumido por profissionais de formações diversas, conforme dito no início deste post. No entanto, conforme for evoluindo na carreira — e dependendo da maturidade da empresa em gestão de projetos —, o gerente de projetos pode assumir uma posição de gerente de portfólio ou até de gerente do escritório de projetos (PMO).

Quais as habilidades essenciais a um gestor de projetos?

Agora que você já sabe que, independentemente da sua formação, pode ser um gerente de projetos, confira a seguir cada habilidade, em detalhe, que você precisa desenvolver, caso tenha o interesse de se tornar um.

Então, vamos lá:

1. Organização

Gerenciar um projeto implica ter que controlar uma série de variáveis ao mesmo tempo. Demandam a sua atenção:

  • o controle de evolução de escopo;
  • a gestão de custos;
  • a adequação da alocação de recursos;
  • o atingimento de entregáveis parciais (os famosos milestones);
  • a preparação para as próximas tarefas;
  • a pós-produção.

Tudo isso sem esquecer, é claro, dos imprevistos.

Esses são exemplos de preocupações constantes de um gerente de projetos. Por isso, é necessário ter uma boa organização de tempo e uma excelente gestão de suas atividades para que desenvolver um trabalho com chances reais de sucesso na área.

Essa talvez seja a habilidade mais básica e a mais essencial. Muitas vezes, você terá que gerenciar mais de um projeto ao mesmo tempo e, se organização não for a sua maior qualidade, pode enfrentar alguns problemas.

Mas não se preocupe: se esse for o seu caso, não é difícil desenvolver esse tipo de habilidade. Precisando, busque ferramentas que o auxiliem nisso.

2. Liderança

Nunca, jamais, confunda líder com chefe. É bem verdade que existem mais chefes do que líderes por aí, mas um gerente de projeto não pode se encaixar no perfil da maioria. Ele precisa ser um agente da mudança, para engajar e inspirar o seu time a ir junto com ele. Nem todos nascem sabendo liderar, porém todos podem desenvolver a liderança.

Uma grande diferença entre um líder e um chefe é que o último precisa usar o seu cargo e outras formas de organização hierárquica para conseguir que os outros colaboradores o ajudem em alguma tarefa.

Já o líder tem poder de persuasão e consegue apoio das pessoas ao seu redor pelo carisma e respeito com que trata a todos. Não podemos nos esquecer que ele, além de mobilizar pessoas, trabalha em prol da causa. Tendo o mesmo objetivo, ele é o sujeito que mostra o caminho e que puxa os demais.

Ser um bom líder significa também conhecer os membros da sua equipe e saber encaixá-los nos projetos certos, de acordo com as suas competências. Lembre-se sempre: uma boa liderança garante um ambiente de trabalho mais saudável e, por consequência, o alto astral da equipe, que trabalha muito mais motivada.

3. Comunicação

A comunicação é o ponto fraco de muitos projetos. É preciso ter um processo aberto e transparente de comunicação, com incentivo à troca de ideias e opiniões. Como o berço da gestão de projetos está muito voltado para atividades um pouco mais afastadas da formação de humanas, talvez seja fácil entender o porquê dessa comum fragilidade.

De toda forma, os estudos e boas práticas do ramo são bastante enfáticos sobre a necessidade de se empenhar bastante para atingir um nível saudável de comunicação.

São metas constantes e habilidades que devem ser buscadas por todo e qualquer gerente de projetos:

  • estabelecer formalmente quais os canais a serem utilizados;
  • manter tanto o foco no trabalho;
  • ter disponibilidade para garantir a troca de informações relevantes dentro do prazo correto.

Sendo a comunicação falha uma das principais causas de problemas na área de gestão de projetos, é bom que você se dedique um pouco a avaliar como anda a sua.

Outro ponto fundamental é ter a consciência do que deve e o que não precisa ser comunicado para equipe e stakeholders. Se o gerente de projeto quiser melhorar a produtividade dos seus projetos, então ele precisa trabalhar para ampliar a comunicação na sua equipe.

4. Negociação

A palavra “negociação” é praticamente sinônimo de gerência de projetos. Você, o tempo todo, tem de:

  • lidar com diferentes interesses;
  • buscar um acordo que seja satisfatório para ambas as partes;
  • convencer pessoas a fazer o que não querem;
  • pedir mais prazo ou recursos para determinada tarefa, e por aí vai.

Como os recursos são escassos e não necessariamente todos os envolvidos têm a mesma dose de empenho, buscar atender interesses individuais e extrair o maior resultado possível dentro das condições apresentadas pode exigir um bocado da sua capacidade de negociar.

Em cada situação, veja o que pode ser feito e como gerenciar os recursos da forma mais produtiva possível. Converse com as pessoas, para atender aos interesses dos outros, de maneira a também proporcionar resultados para o seu projeto.

Abuse da flexibilidade e tente sempre manter uma relação amistosa com todos ao seu redor, de forma que o vejam como um facilitador e saibam que podem sempre contar com você. Dessa maneira, quando precisar negociar termos e condições mais delicadas, a conversão não vai ficar tão complicada para o seu lado.

5. Gestão de crises

O gerente de projetos deve sempre se antecipar à crise. Mapear os possíveis riscos nos quesitos mais importantes para o cliente é uma tarefa primordial.

Mesmo depois de identificar todos os riscos e prever possíveis momentos de gargalos ou de condições adversas para o prosseguimento do projeto, ainda assim, eles acontecerão. Nessa hora, vai ser exigido que o gerente de projetos consiga ter sobriedade o suficiente para contornar esses momentos difíceis e colocar tudo novamente nos trilhos.

No meio de uma crise, uma equipe bem treinada ajuda bastante. De toda forma, lembre-se que o responsável pelo projeto é você, e, por isso, lhe cabe assumir papel de gestor e tomar as atitudes mais corretas para resolver os problemas do caminho.

A habilidade do item 3 será uma importante ferramenta para lidar com a crise. Uma dica importante é evitar o “fogo amigo” entre sua equipe. Para isso, mantenha um nível de estresse saudável — nem demais, nem de menos.

6. Objetividade

Tenha atitude diante do risco. Tenha confiança suficiente para tomar decisões, mesmo sem dispor de todas as informações. O bom gerente de projetos:

  • identifica os problemas;
  • propõe soluções;
  • age quando é necessário;
  • lidera a equipe rumo ao sucesso.

Afinal, é ele o responsável por fazer tudo acontecer. E também é o mais cumprimentado no término dos trabalhos — mas é também quem recebe a maior carga de cobranças.

Por isso, para se tornar um gerente de projetos maduro, é preciso ter personalidade e energia suficientes para entender os problemas e agir na hora e da maneira necessária. Na maioria das vezes, será preciso fazer alguns sacrifícios e tomar decisões em condições não muito favoráveis, mas é para isso que serve um gerente de projetos.

Ter paciência e insistir quando for necessário nunca é demais.

7. Persistência

Todos os dias, surgem novos desafios, problemas não previstos e situações que exigem trabalho duro e uma boa dose de engenho: essa é a rotina de um gerente de projetos. Pode parecer algo difícil e desgastante — e será, realmente, algumas vezes —, mas chegar ao final e conseguir colher os resultados buscados é muito recompensador. Para isso, é preciso persistência.

Você vai perceber que cada desafio exige uma estratégia diferente e, para conseguir encontrar a melhor solução, muitas vezes, é preciso reiniciar o seu raciocínio e pensar em opções diferentes. Esse exercício é algo constante e que demanda força de vontade e energia.

Você não pode desistir frente às dificuldades. Não é fácil, e se fosse, a profissão não seria tão valorizada como é atualmente. A persistência é o que diferencia o ótimo do bom e garante que o futuro do projeto esteja mais seguro em suas mãos.

8. Empatia

Entre os muitos recursos que um gerente de projetos administra, estão as pessoas. Seu projeto pode ter todas as ferramentas e sistemas de última geração à sua disposição, mas se você não tiver um time de confiança e bem alinhado, de nada adianta.

Imagine um técnico cobrando seus jogadores. Se ele não conseguir entender exatamente o que cada um está passando naquele momento e qual a sua capacidade real de produzir resultados, nunca vai ter como cobrar, de cada pessoa de sua equipe, o que pode ser feito de verdade.

Sendo assim, busque sempre praticar a empatia. Isso significa colocar-se no lugar do outro. Não vá confundir com simpatia. Estamos falando mesmo de se colocar no lugar do outro e tentar entender o que se passa na cabeça dele.

A mesma coisa acontece com você e seus colaboradores. Todos são diferentes e é necessário entender bem isso para poder extrair o máximo possível, mantendo a qualidade, mas também o respeito, em relação a cada um deles.

Somente dessa maneira você terá condições reais de ajudar todos os seus stakeholders.

9. Disciplina

Começamos esta lista falando sobre organização e vamos terminar com uma habilidade que tem uma relação muito próxima: a disciplina. Não tem como um gerente de projetos conseguir se organizar e nem tocar de maneira apropriada um projeto, se não for uma pessoa disciplinada.

Com muita coisa para fazer, muita gente para tratar e diversas tarefas para acompanhar, é preciso ser disciplinado. Cuidar da sua gestão de tempo e ter ferramentas de controle é algo que exige uma boa dose de disciplina.

Assim como todo o projeto, é bom que você saiba se manter ajustado para dar conta do recado.

Se você deseja investir nessa profissão, então agora você já sabe as habilidades que precisa ter ou desenvolver. E que tal agregar ainda mais conhecimento, trocando ideias a respeito com seus colegas de profissão? Compartilhe este post em suas redes sociais e continue o diálogo!

Conheça as 5 fases de um modelo de projeto

Por maiores que sejam os esforços empregados no gerenciamento de projetos, se não houver um modelo de projeto a ser seguido, a empresa acaba tendo que lidar com vários problemas. Os imprevistos incluem inconsistências, retrabalhos e, o pior, atrasos.

É por isso que adotar um modelo de projetos é algo fundamental. Esse investimento proporciona maior agilidade e organização ao planejamento de todas as etapas.

Em outras palavras, os modelos de projeto são ativos essenciais para que a empresa passe a contar com uma cultura de gerenciamento. Mesmo que exista um grande esforço na fase inicial de concepção, os formulários, registros e templates produzidos acabam se transformando em uma biblioteca valiosa para o uso da empresa por toda a sua existência.

Em oportunidades anteriores, já explicamos como montar um modelo e os passos que devem ser seguidos. Veja os tópicos seguintes e saiba mais sobre as cinco fases de um modelo de projeto!

O planejamento prévio é realmente importante?

Ter um projeto bem planejado é algo fundamental. Conhecendo profundamente os aspectos de cada etapa, o gerente evita que erros sejam cometidos, melhora a distribuição de seus recursos e pode mitigar riscos com maior precisão.

Além disso, os times poderão se preparar melhor para atingir os seus objetivos. Será mais fácil para a equipe avaliar quais são os resultados esperados e, assim, definir um plano de ação que esteja alinhado com as demandas externas. Isso criará um ambiente de trabalho integrado, de alta performance e com baixa tolerância a erros.

Qual é a importância de seguir todas as etapas?

O modelo de projeto traz uma base comum para todos os projetos do negócio. Ele é feito a partir de um conjunto de etapas básicas, que permeiam as iniciativas em várias companhias, independentemente dos objetivos finais.

Em função disso, é crucial que o modelo de projeto seja seguido à risca. As etapas funcionam de modo complementar, ou seja, o resultado de cada momento contribui para a qualidade dos processos futuros. Em função disso, executar as rotinas da forma correta é essencial para garantir uma qualidade contínua nas atividades internas.

Quais são as cinco etapas do projeto?

Como apontamos acima, conhecer e executar as etapas do projeto corretamente é algo fundamental. Além disso, o planejamento auxilia profissionais a terem mais agilidade e a conseguirem distribuir melhor os seus recursos.

Veja, a seguir, as cinco etapas que devem fazer parte dos seus modelos de projeto!

1. Iniciação

Esta é a primeira etapa de qualquer projeto. Nela, o gerente de projetos deve buscar compreender quais são as primeiras informações que devem ser conhecidas, os dados importantes e as restrições de escopo, de tempo e de custo.

Também é nesse momento que são registradas as premissas e o propósito do projeto. Esse é um momento crítico, pois os dados levantados e registrados aqui serão cruciais para definir todas as etapas posteriores do projeto, assim como a distribuição de recursos, as metas, as responsabilidades e o tamanho dos times.

Como consequência, durante a elaboração dos modelos de projeto correspondentes à fase de iniciação, a preocupação deve recair no entendimento macro do projeto. Ou seja, o gestor deve estar preocupado em conhecer as influências que interferem no sucesso de cada etapa, como os riscos existentes e os requisitos iniciais.

Os modelos de projeto dessa fase envolvem, por exemplo, o termo de abertura, a lista de partes interessadas, entre outros. Portanto, esteja atento ao modo como tais documentos são estruturados. Sempre busque uma linguagem clara, objetiva e alinhada com o perfil do projeto.

É durante a fase inicial de um projeto que se busca ter uma visão geral das tarefas e dos trabalhos que nela estão envolvidos. Tendo o conhecimento do propósito do projeto e de seus objetivos, o gerente de projetos deve submeter essas informações à aprovação, seja de um patrocinador, de um acionista, de outras partes interessadas ou, até mesmo, dos órgãos competentes.

Afinal, antes que o projeto comece, informações como as estimativas preliminares sobre o orçamento, o cronograma e a necessidade de recursos devem ser conhecidas e discutidas previamente. Isso evitará conflitos no futuro, além de alinhar expectativas e garantir que todos possam se preparar antecipadamente.

2. Planejamento

Já na fase de planejamento, as informações requerem um nível de detalhe maior. Chegar a esta etapa significa que o projeto foi aprovado e que a empresa acredita que os esforços vão gerar resultados.

Portanto, os modelos de planejamento devem ser consistentes para estruturar um bom plano que leve o projeto ao sucesso. Além disso, é crucial investir no melhor detalhamento possível de cada documento, evitando erros futuros, imprevistos e riscos desnecessários.

Os modelos de projeto devem prever a mensuração dos objetivos e do que será necessário para atender a esses pontos. Ou seja, é necessário listar todos os pontos, que vão desde valores monetários até a quantidade de força de trabalho envolvida. As ferramentas que serão utilizadas e o modo como as tarefas serão distribuídas também podem ser inseridos aqui.

Entre os documentos que são utilizados nesta fase podemos destacar a Estrutura Analítica de Projeto. Ela é utilizada para dividir entregas em partes menores e melhor gerenciáveis. Além disso, há o cronograma do projeto, que orienta os profissionais sobre as datas de suas entregas.

A fase de planejamento requer modelos de projeto que prevejam a profundidade na apresentação de informações. Ou seja, é fundamental ter bons dados (e em grande quantidade) sobre fatores como o volume de material utilizado, o número de equipamentos e o perfil da mão de obra que será envolvida.

A estruturação desses ativos organizacionais, sempre que possível, deve ocorrer em conjunto com a equipe. Em muitos casos, o projeto terá algumas particularidades, demandas ou novas ideias para uma determinada etapa. Sem uma boa comunicação, esses detalhes podem passar despercebidos pelo gestor.

Também é fundamental eliminar atividades irrelevantes. Ou seja, direcione o planejamento para que o escopo seja bem limitado e os times façam apenas aquilo que for necessário. Dessa forma, os recursos serão mais bem aproveitados e o orçamento não contará com custos de baixa relevância.

3. Execução

Durante a fase de execução, o foco é o exercício do que foi planejado. Ou seja, é nesse momento que todos os processos definidos no planejamento são executados.

Portanto, o gestor deve ter um conjunto de documentos que assegure o acompanhamento das atividades e o registro das entregas. Assim, ficará mais fácil mensurar a evolução do projeto e das atividades dos times.

Nesse sentido, é essencial que haja registro dos avanços de cada time e que sejam documentadas as conclusões parciais do escopo, tendo a prova do aceite de cada uma delas. Isso será útil, no futuro, para avaliar os resultados do projeto e o seu impacto.

Na execução, muitas vezes ocorrem mudanças no escopo e também nos requisitos de qualidade. Os modelos de projeto devem contemplar meios de realizar essas interações.

Em outras palavras, o projeto pode ser visto como um organismo vivo. Por mais eficiente que seja o planejamento, sempre existirão imprevistos e mudanças de rumo. Portanto, é fundamental que o time esteja pronto para lidar com alterações, incorporando as novas metas com fluidez e evitando que isso cause um grande impacto nos prazos e resultados finais.

Deve estar claro que, na execução, o gerente de projetos exerce o acompanhamento das atividades em comparação com os trabalhos realizados durante o planejamento. O GP é responsável pela supervisão da força de trabalho, por fornecer aos funcionários os recursos necessários e por manter a equipe informada sobre o andamento do projeto.

Enquanto o projeto está acontecendo, caso seja necessária uma intervenção com base no contraste entre o plano e a realização, o gerente realiza os ajustes no planejamento inicial para que problemas referentes ao orçamento, aos recursos insuficientes ou riscos não interfiram no resultado final do projeto.

Se esse tipo de mudança ocorrer no seu projeto, não deixe de comunicá-lo a todos os times. A comunicação é algo crucial durante todas as etapas do projeto, mas principalmente na sua execução.

Ela garante que os times se mantenham alinhados e prontos para enfrentar os novos desafios de forma integrada. Além disso, uma estrutura que mantém os times unidos permite que soluções inovadoras surjam, dando mais qualidade ao projeto como um todo.

4. Monitoramento e controle

Durante todo o projeto, é importante que o gestor acompanhe os resultados. Avaliar continuamente a evolução de cada etapa permite que erros sejam rapidamente mitigados e que o time possa definir uma rotina de qualidade, com foco em resultados.

Portanto, não deixe de inserir em seu modelo de projeto os mecanismos de controle alinhados com as demandas e o perfil da companhia. Assim, será mais fácil garantir uma boa qualidade em todas as etapas.

O monitoramento e o controle ocorrem paralelamente à execução, pois essa é a forma de assegurar que ela está em consonância com o planejamento. Por isso, os documentos concebidos para essa fase devem primar por medir o desempenho, pois são essenciais para a tomada de decisão do gerente de projetos.

Esses documentos envolvem gráficos de controle, acompanhamentos de indicadores de desempenho, ações corretivas e preventivas, entre outras métricas do seu negócio. Durante sua maior parte, esta fase lida com a aferição do desempenho do projeto e o progresso em relação ao plano de gerenciamento de projetos. Ou seja, ela corresponde à verificação do escopo e ao controle para verificar e monitorar os avanços.

O cálculo de indicadores-chave de desempenho, também chamados de KPIs (sigla para Key Performance Indicators), pode revelar a necessidade de ações corretivas ou preventivas. Portanto, os KPIs são aplicados para mensurar problemas referentes a fatores como o custo de uma etapa, o tempo gasto com os processos, os gargalos operacionais e o número de erros existentes nas rotinas corporativas.

As medidas preventivas são criadas a partir de uma análise dos riscos do projeto. O gestor deve avaliar quais são os problemas que podem afetar cada etapa, assim como os erros que já existiram em projetos anteriores. Dessa forma, é possível criar uma série de ações que evitam a recorrência de tais falhas.

Já os processos de mitigação de problemas são traçados, também, com a análise dos riscos do projeto. Eles devem ser conhecidos por todo o time. Dessa forma, sempre que algum problema ocorrer, será mais fácil aplicar medidas corretivas.

5. Finalização

Não é porque o projeto é concluído que as preocupações ou esforços terminam. Os modelos de projeto devem se concentrar em duas vertentes: no termo de aceite por parte do cliente e no registro das lições aprendidas.

Deve existir um documento que valide o encerramento do projeto e a entrega de todas as partes do escopo. Isso isenta a organização de responsabilidades futuras, salvo garantias, ou responsabilidades congêneres, por garantir que tudo o que estava acordado no começo do projeto foi cumprido.

Ao mesmo tempo, é a época em que devem ser documentadas as lições proporcionadas pelo projeto. Caberá ao gestor levantar quais foram as experiências relevantes que tendem a contribuir futuramente na elaboração de outros modelos de projeto.

O gerente de projetos pode convocar uma reunião final para a apresentação de um relatório e a exposição de informações gerais sobre a conclusão do projeto. Nesse momento, os profissionais poderão indicar quais foram os fatores que mais influenciaram nos seus resultados, quais riscos podem ser considerados para o futuro e a visão geral da equipe sobre o projeto.

Não se esqueça de que o feedback, nessa hora, é um processo de duas vias. Ele pode ser aplicado por todos e ser considerado, inclusive, para elogiar boas práticas. Assim, os acertos serão reconhecidos e todos terão a chance de otimizar as suas estratégias.

A elaboração de projetos é algo complexo. Com muitas etapas, definir cada passo inclui comunicação com todos os envolvidos, uma definição longa de objetivos e métricas de avaliação de qualidade.

Em função disso, utilizar modelos de projetos pode ser uma ótima escolha para a companhia. A partir de uma base comum, será possível definir as características de todas as etapas facilmente, evitando riscos, agilizando o planejamento e garantindo um bom nível de qualidade para cada rotina. Assim, os times poderão ter a confiança de que as suas atividades foram definidas com um bom processo de gestão.

Gostou deste post e quer o apoio de um time de técnicos especializados em planejamento de projetos? Então, fale conosco!

Gestão de projetos: o que é e para que serve?

Uma boa gestão de projetos é vital para o sucesso de qualquer empreendimento. Afinal, mesmo as melhores ideias — mesmo quando orquestradas pelos mais capacitados profissionais — podem fracassar caso não haja um gerenciamento de projeto realizado de maneira minuciosa e articulada.

Para que isso não ocorra, é necessário que se implemente uma metodologia de gestão que abarque todos os setores da empresa, possibilitando uma manutenção e fluidez em todos os níveis operacionais da organização.

Já falamos bastante aqui no blog sobre a importância de um gestor de projetos e as melhores práticas nesse tipo de administração. Além disso, oferecemos dicas e orientamos sobre as mais diversas maneiras de extrair o melhor desempenho de sua equipe. O objetivo de todo esse esforço é fazer que, a partir desse conhecimento, você consiga levar os melhores resultados a seus clientes.

No entanto, é comum ainda nos depararmos com dúvidas sobre o que é gestão de projetos e para que ela serve. No artigo de hoje responderemos, com detalhes, a essas dúvidas. Você certamente já ouviu falar sobre controle, gerenciamento e administração de projetos e outros termos afins, mas será que sabe ao que efetivamente se referem essas nomenclaturas? Vamos entender.

Afinal, o que é e para que serve um projeto?

O bom e velho dicionário nos traz as seguintes definições para esse termo:

  1. Plano, intento, desígnio;
  2. Empresa, empreendimento;
  3. Redação provisória de lei;
  4. Plano geral de edificação na Arquitetura.

Esclarecido? Não muito, não é mesmo? De fato, esse é um termo bastante amplo e pode ser aplicado em várias situações. Mas, no nosso caso, existe uma definição bem mais específica e útil em ambientes corporativos.

Para responder melhor a essa pergunta, consultamos a “Bíblia” do gerenciamento de projetos, o Project Management Body of Knowledge (PMBOK), que é um guia elaborado pela instituição mais renomada do mundo na área, o Project Management Institute (PMI).

Neste manual, essa palavra está definida da seguinte forma: “Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único e exclusivo”. Pronto, agora encontramos o fio da meada!

Um projeto difere de uma operação por ser temporário, ou seja, possui começo, meio e fim — diferentemente da operação, que é contínua. Assim, ele pode ser a concepção da construção de uma casa, o desenvolvimento de um software, a criação de um móvel sob medida, a implantação de uma nova linha de produção na fábrica, a escrita de um livro, a realização de uma viagem e por aí vai.

Resumidamente, as características de um projeto são:

  • Tem prazo definido de começo e fim, ou seja, é temporário;
  • Deve ser planejado, executado e controlado;
  • Entrega produtos, serviços ou resultados exclusivos;
  • É desenvolvido por etapas e tem evolução progressiva;
  • Envolve uma equipe de profissionais;
  • Possui recursos limitados.

E como é o ciclo de vida de um projeto?

Conforme mencionado acima, o projeto é planejado, executado e controlado. Até aí tudo bem, mas não é só isso! Existem também outras fases que compreendem o ciclo de vida de um projeto. Veja quais são:

Iniciação

Nessa primeira fase, deve-se tomar ciência de todas as informações essenciais, ou seja, equipe e gestor devem conhecer as restrições de qualidade, de tempo e de custo que afetam a realização do projeto. Lembrando que, durante a iniciação, é importante não só saber como também registrar essas premissas e limitações, combinado?

A preocupação deve recair, sobretudo, no entendimento macro, com o gestor buscando conhecer as influências que interferem de um modo geral — e de modo aplicado — no sucesso do projeto. Um bom exemplo de documento que se usa nessa fase é o termo de abertura.

Planejamento

Antes de se partir para o planejamento, deve haver consentimento da organização sobre os esforços que serão empregados para a realização do projeto, concordando que gerarão bons resultados. Dada a autorização, inicia-se o planejamento. Por isso, nessa fase há um nível de detalhamento muito maior, ao contrário da visão geral que satisfaz a iniciação.

O objetivo aqui é estruturar um plano consistente que leve o programa ao sucesso. Os documentos que contemplam essa fase são a Estrutura Analítica de Projeto (EAP), o cronograma da proposta, o plano de gerenciamento de riscos, outro de comunicações, mais um de qualidade e assim por diante.

Execução

Durante a fase de execução, a atenção passa a estar voltada para o exercício do que foi planejado. O intuito é, portanto, realizar as atividades da melhor forma possível, de acordo com o que foi estimado no plano.

É comum que nessa fase ocorram mudanças, como solicitações de alteração no escopo (tanto do ponto de vista do cliente como da organização que realiza o projeto), mas se foi feito um bom planejamento não há com o que se preocupar.

Guarde o seguinte: a palavra-chave da execução é qualidade! Por isso, o gerente de projetos precisar se atentar não só para seguir os processos, mas para melhorar continuamente, atendendo aos padrões acordados.

Monitoramento e controle

O monitoramento e o controle ocorrem paralelamente à execução, constituindo-se na forma de garantir que o que está sendo feito é compatível com o planejado. Nesse momento, ocorre a validação dos avanços. Assim, dependendo do progresso de determinada atividade, um desvio qualquer pode requerer uma intervenção, por exemplo.

No entanto, apesar de ocorrerem concomitantemente com a execução, o monitoramento e o controle partem da premissa de que indicadores já foram determinados e que metas foram devidamente estabelecidas na fase de planejamento. Ou seja, essa etapa lida apenas com a aferição do desempenho e do progresso em contraste com o plano.

Encerramento

Engana-se quem pensa que o fato de o projeto estar concluído resulta na eliminação de esforços de gerenciamento. Muito pelo contrário, na finalização surgem etapas que devem ser realizadas com o objetivo de oficializar a conclusão da pauta e agregar informações relevantes para empreendimentos futuros.

Entre as atividades que encerram um projeto, podemos destacar:

  • a assinatura do termo de aceite (documento que permite o encerramento da proposta, isentando a empresa de responsabilidade futuras);
  • o registro das lições aprendidas (que nada mais é que a documentação das experiências relevantes que contribuirão para futuros planejamentos similares).

Então, o que é gestão de projetos?

Agora que vimos o conceito e suas respectivas fases, fica mais fácil compreender o que é gestão de projeto. Simplesmente, “é a aplicação de técnicas, conhecimento e habilidades para garantir que um projeto tenha sucesso”.

Gerenciá-lo, administrá-lo, coordená-lo ou geri-lo envolve todas as etapas apresentadas, do início ao fim, com planejamento, execução e controle das atividades.

Não é à toa que cada vez mais empresas estão investindo nesse tipo de gerenciamento:

  • ministrando treinamentos aos colaboradores;
  • incentivando sua participação em eventos sobre o tema;
  • patrocinando especializações na área;
  • ou até contratando consultorias especializadas no assunto.

A gestão de projetos é uma realidade em economias desenvolvidas desde a década de 1990, entretanto, somente nos últimos anos é que as empresas brasileiras despertaram para a necessidade de planejamento e organização de suas pautas. Se não fosse assim, muitas delas provavelmente não teriam sobrevivido à crescente competitividade do mercado.

Com efeito, realizar uma gestão eficiente dos projetos, mais que um importante diferencial competitivo, significa tornar a empresa mais ágil, mais dinâmica e pronta para entregar muito mais valor a seus clientes.

Nesse sentido, sabemos que três conjuntos importantes de habilidades desse gerenciamento são necessários para projetos bem-sucedidos, sendo elas:

  • habilidades técnicas de gerenciamento;
  • habilidades de liderança;
  • habilidades de gerenciamento estratégico e do negócio.

De fato, são eles que viabilizam o alcance dos objetivos das empresas. E como o ambiente de negócios é altamente competitivo, as organizações que pretendem se destacar em meio à concorrência devem criar, inovar, inventar e desenvolver. Esses esforços nada mais são que projetos! Devem, portanto, contar com uma gestão adequada.

Qual é a principal diferença entre projeto e gestão de projetos?

Também é muito comum que as pessoas confundam o projeto, pura e simplesmente, com a sua gestão. Isso se deve ao fato de haver várias etapas para chegar até ao resultado desejado por meio desse esforço temporário.

Porém, é importante saber que a gestão vai muito além do planejamento, execução e finalização. Afinal, ela tem a ver com a capacidade de controle sobre toda essa questão, além de se relacionar com a gestão de mudanças.

Durante a execução de um projeto, é muito comum, por exemplo, que ocorram transformações no escopo ou que surjam imprevistos. Tudo isso pode impactar os custos, os prazos e os esforços necessários. É função da gestão, portanto, administrar e equilibrar para que o projeto seja o mais rentável e eficiente, dentro das mais diversas condições.

Naturalmente, não existe gestão sem um projeto e ele pode acontecer sem essa etapa de controle. Porém, é o gerenciamento desses esforços que garante que o negócio tenha melhores possibilidades e os efeitos mais satisfatórios desde o começo.

Quais são os indicadores de desempenho que devem ser acompanhados?

Parte da gestão significa reconhecer os resultados para saber qual é o momento de agir e buscar melhores efeitos. Para tanto, é necessário utilizar os indicadores de desempenho, que dão uma boa ideia do que está acontecendo quanto à execução, principalmente.

Acompanhar os indicadores corretos e estratégicos faz toda a diferença para que seja possível atuar no melhor momento. Assim sendo, veja quais são os principais para acompanhar:

Valor agregado

Esse é um dos elementos mais importantes e diz respeito à taxa de entrega realizada até o momento. Ou seja, corresponde à seguinte taxa:

Valor agregado = (Tarefas concluídas / Total a ser realizado) x 100%

Imagine que um projeto seja voltado para o desenvolvimento de um novo produto e conta com 20 etapas. Se 5 delas estão concluídas, o valor agregado é de 25%.

Quanto maior o VA, mais próximo da finalização o processo está. Porém, ele não deve ser avaliado sozinho, já que, do contrário, não trará perspectivas sobre a situação real do projeto.

Taxa de entrega em relação ao prazo

Para entender se o projeto está se desenvolvendo dentro ou fora do ritmo esperado, utiliza-se a taxa de entrega em relação ao cronograma. Para tanto, é necessário dividir:

Taxa de entrega = Valor agregado entregue / Previsão de entrega

Imagine, por exemplo, que nos três primeiros meses, a expectativa de conclusão é de 20% do processo. Se 25% já foram concluídos, o indicador é de 1,25.

Valores acima de 1 indicam adiantamento, enquanto os iguais ou muito próximos a 1 apontam que tudo corre como o planejado. Já aqueles abaixo de 1 indicam que há atrasos que devem ser corrigidos.

Taxa de custos em relação ao orçamento

O projeto também precisa se manter compatível com o orçamento, de modo a não estourar o valor que foi destinado a ele. Para isso, vale acompanhar a taxa dos custos em relação ao orçamento.

A fórmula é a seguinte:

Taxa de custos = Valor monetário das entregas / Custos previstos

Imagine que os processos iniciais são mais complexos, então 50% do orçamento são destinados a 25% do projeto. Se, ao entregar os 25%, o valor associado a essa parte é de 40%, então o índice é de 0,8.

Valores menores do que 1 indicam, portanto, o estouro do orçamento, enquanto os próximos ou iguais a 1, indicam o alinhamento com as expectativas. Aqueles acima de 1, por sua vez, denotam economia na execução.

Taxa de retrabalho

O retrabalho é um grande vilão de projetos, já que consome tempo e dinheiro. Além disso, se as tarefas precisam ser continuamente refeitas, há um sinal de que algo está errado e precisa ser repensado.

O cálculo é dado por:

Taxa de retrabalho = (Número de tarefas que precisaram ser refeitas / Número de tarefas realizadas) x 100%

Quanto maior for a taxa, maior é a atenção que deve ser dada à execução do projeto.

Desvio do prazo

Ao final, é importante entender se a execução excedeu ou não o prazo que foi inicialmente estabelecido, até mesmo para consolidar o aprendizado. Com isso, o desvio de prazo é calculado por:

Desvio do prazo = [(Data de entrega – Data prevista) / Duração prevista] x 100%

Um projeto que atrasa cinco dias e que teve duração prevista de 100 dias, por exemplo, tem um desvio de atraso de 5%.

Quanto mais alto ele for, maior é o atraso. Taxa nula significa que tudo foi entregue no prazo e valores negativos apontam para adiantamento na entrega.

Desvio do orçamento

Outro elemento que precisa ser conhecido é a fuga em relação ao orçamento. Assim, projetos que estouram o valor definido inicialmente precisam ser otimizados, pois impactam diretamente a matriz de custos.

Nesse caso, a taxa de desvio é dada por:

Desvio do orçamento = [(Custos totais – Custos previstos) / Custos previstos] x 100%

Se o projeto custou R$ 12 mil e os custos previstos eram de R$ 10 mil, então o desvio do orçamento é de 20%. Novamente, valores elevados indicam estouros maiores, enquanto taxa nula denota que tudo aconteceu como o previsto. Já se ela for negativa, houve economia no projeto.

Como implementar uma metodologia de gestão de projetos?

Uma gestão de projetos de qualidade é um pilar básico para o sucesso global de um plano de ação e, até mesmo para o negócio como um todo. Consequentemente, a metodologia influenciará de maneira benéfica todos os níveis da organização, proporcionando resultados promissores. Porém, antes da implementação da metodologia, é preciso preparar as equipes envolvidas no programa. Descubra como:

Conscientize e familiarize todos com mecanismos de gerenciamento

Antes da implementação da metodologia de gestão de projetos, um aspecto que faz toda a diferença é a familiaridade dos funcionários com atividades que exigem método. Por exemplo: a utilização de cronogramas, softwares que monitoram o andamento — como prazos, verba, pessoas envolvidas, atrasos, entre outros — de um projeto faz com que o uso de novos mecanismos de gerenciamento se torne muito mais simples para todos.

Estabeleça padrões de conduta e de protocolos na condução de todas as atividades desenvolvidas na empresa. Dessa maneira, além do ganho de produtividade, minimização de perdas, de retrabalhos e de atrasos, você ainda poderá contar com colaboradores mais bem preparados.

Capacite seu time

Mesmo após a fase de adaptação a um dia a dia mais “técnico” e com atividades que exigem padrões, seu time ainda precisará se adaptar às particularidades da nova realidade para que não se sintam desorientados em relação à metodologia de gestão e ao funcionamento dos métodos adotados.

Com esse treinamento, seu time passará a compreender a importância do método no cotidiano da empresa e, por isso, conseguirá se engajar muito mais, ganhando ainda mais qualidade do desenvolvimento de tarefas.

Adote somente uma metodologia

Uma vez que a metodologia seja escolhida, ela deve ser mantida durante todo o projeto, sendo necessário evitar ficar mudando de método a todo instante.

Essa recomendação é importante porque, do contrário, é mais difícil acompanhar os efeitos de cada ação e saber o que funciona de fato. Adicionalmente, isso prejudica a escalabilidade de ações e evita que pontos positivos sejam repetidos no futuro — tanto nesse projeto quanto em outros.

Além disso, há prejuízos quanto à capacitação do time, que precisará ter muito mais conhecimentos para adotar várias metodologias ao mesmo tempo. Por isso, o melhor é selecionar a mais adequada para cada projeto e ficar junto dela durante toda a execução.

Tenha objetivos claros e precisos

Para que uma metodologia de gestão de projetos atinja todo seu potencial, é necessário que seus objetivos e metas sejam claros desde o começo da sua implementação. Tais metas nortearão todas as atividades e funcionarão como uma espécie de referência para os funcionários, o que previne atrasos, falto de foco, desperdícios de recursos (humanos e financeiros), perda de produtividade, entre outros.

Além disso, essa “transparência” no estabelecimento de metas afeta diretamente na continuidade da motivação da equipe e torna o trabalho como um todo muito mais organizado e convidativo para os envolvidos.

Mantenha os pés no chão

Por mais que a economia de tempo e de dinheiro sejam desejadas, é fundamental manter os pés no chão na hora de definir os parâmetros de um projeto. Estabelecer custos e prazos muito pequenos só gerará distorções na hora de avaliar, pois os desvios serão praticamente inevitáveis.

Ao mesmo tempo, oferecer muita elasticidade quanto a esses elementos também é prejudicial, já que fará com que o projeto pareça ter sido mais eficiente do que foi.

O melhor, portanto, é ter uma visão realista sobre o projeto e seus efeitos, definindo parâmetros e objetivos que sejam efetivamente alcançáveis.

Descentralize o trabalho

Gestores que tentam desenvolver todas as atividades sozinhos ou, pelo menos, impedir que outros membros de equipe tenham autonomia na tomada de decisões acabam atrasando o andamento dos processos e diminuindo a produtividade.

Apenas para deixar claro, é importante sim que o gestor avalie e monitore todos os processos, porém, não é indicado que tente concentrar todos os poderes e decisões em suas próprias mãos.

Delegar tarefas permite um rendimento muito maior e ainda alimenta o espírito de equipe, pois funciona como um reconhecimento da capacidade do time em tocar o projeto e decidir temas importantes.

Acredite, seu time se sentirá muito mais motivado e inspirado se perceber que é valorizado e possui credibilidade o bastante para que decisões importantes os envolvam diretamente.

Escolha softwares de gestão de projetos de qualidade

Por fim, e provavelmente um dos aspectos mais importantes: lembre-se de estudar bastante suas necessidades, metas e as opções oferecidas no mercado antes de fazer sua opção de software de gestão de projetos.

Sobretudo, é indispensável que as plataformas e aplicativos que farão parte do dia a dia de trabalho na sua empresa sejam ferramentas que realmente facilitem o desenvolvimento de atividades e o ajudem a conquistar mais agilidade e eficiência operacional e organizacional — aprimorando os resultados globais de toda a empresa.

Inclusive, alguns recursos devem ser priorizados no momento da sua escolha de software — e geralmente só são encontrados nas versões de maior destaque no mercado. Alguns deles são:

  • indicadores de qualidade e de produtividade;
  • gerenciamento de riscos;
  • gestão de custos e despesas;
  • monitoração e apontamento de horas;
  • alocação de equipes;
  • cronogramas operacionais;
  • agendas globais e específicas;
  • antecipação de problemas e crises;
  • avaliação de resultados, como é o caso do ROI.

Além de todos esses recursos, o software deve possuir uma interface inteligente e de simples manuseio, permitindo maior e melhor estruturação dos seus projetos.

Muitos gestores ficam com tecnologias que não cumprem o esperado e não as trocam por receio de perda de produtividade no período de adaptação a uma nova — o que, obviamente, é um erro.

Saiba que existem opções altamente promissoras e referenciadas quando o assunto é Business Intelligence. Você não vai querer ficar para trás, não é verdade?

Documente tudo

Por fim, durante a execução, documente todas as mudanças realizadas e os efeitos ocorridos. Essa é uma forma de saber, com maior precisão, quais são os impactos de uma determinada atitude. Além disso, cria uma base de conhecimento para projetos futuros, oferecendo soluções práticas e que já foram testadas.

Ao final, documente a avaliação e o aprendizado quanto ao projeto, já que isso ajuda a ampliar a inteligência da gestão, especialmente para processos futuros.

Como você viu até aqui, uma boa gestão de projetos vai muito além de equipes preparadas ou objetivos bem estabelecidos. É preciso inteligência na escolha das ferramentas que serão utilizadas para o desenvolvimento das atividades e, principalmente, uma avaliação junto a essas tecnologias de todos os resultados apresentados em cada fase da execução para, assim, haver uma integração e potencialização de esforços.

Desse modo, sua equipe conquistará muito mais competência estratégica para a projeção da empresa no competitivo mercado.

Entendeu agora o que é gestão de projetos e para que serve? Ainda tem alguma dúvida sobre o assunto ou gostaria de compartilhar sua opinião sobre o tema? Deixe seu comentário no espaço abaixo e participe do debate!

Cálculo de ROI: saiba como aumentar o retorno de investimento da sua empresa

No mundo dos negócios, a métrica de retorno de investimento (ROI) mensura, em um determinado período, as taxas de ganho sobre um capital aplicado na empresa. Portanto, esse indicador pode ser utilizado em diversas áreas, como nos treinamentos de funcionários, na especulação com papéis capital aberto e em infraestrutura.

Com isso, ele é o melhor índice para decidir se sua empresa deve ou não realizar um investimento. Além disso, ele também é usado como métrica para comparar diferentes investimentos de projeto dentro de uma carteira de projetos. Desse modo, os projetos com melhores ROIs são sempre priorizados.

A noção de ROI é tão inteligente, que, mesmo entes governamentais estão começando a empregá-la. O conceito também foi aplicado a órgãos de financiamento científico americanos para decidir em quais projetos de pesquisa o governo deveria investir.

Quer saber mais sobre retorno de investimento? Confira o nosso post de hoje!


Como calcular o ROI?

A fórmula do ROI é bem simples e pode ser obtida por meio dos dados do orçamento mensal ou anual da empresa. O primeiro passo é verificar quanto o investimento aumentou a lucratividade do negócio — para isso, você deve estimar o quanto de lucro sua empresa teria com o investimento e, então, calcular o quanto ele agregou.

O custo do investimento é todo aquele capital que foi aplicado — direta ou indiretamente — no projeto. Para saber disso, você deve manter um registro detalhado do que você gastou em cada etapa do investimento. Não se esqueça de incluir as horas de trabalho do pessoal destacado, o gasto com os insumos já presentes na empresa e outros investimentos.

Caso essas estimativas não sejam feitas com muito cuidado, você corre o risco de subestimar ou de superestimar o investimento. Se deixar de considerar um custo importante, você pode ser levado a acreditar que um investimento teve um impacto positivo quando, na verdade, ele levou a um prejuízo.

A fórmula para calcular o ROI é simples:

ROI = (lucro do investimento – custo do investimento) / custo do investimento.

Como melhorar o ROI da sua empresa?

De acordo com a fórmula citada acima, há duas formas principais de aumentar o ROI: diminuir os custos da empresa ou aumentar os ganhos. Na verdade, a medida ideal deve atacar em ambas as frentes.

O primeiro passo para melhorar seu retorno sobre um investimento é definir claramente o seu retorno potencial máximo. Afinal, você precisa desenhar em sua mente como determinado investimento vai impactar sua empresa — tanto em termos operacionais quanto financeiros.

Assim, você deve pensar em resultados, como:

  • vendas mais elevadas;
  • receitas aumentadas;
  • lucros maiores;
  • despesas gerais ou custos de produção reduzidos;
  • retenção mais elevada de empregados;
  • melhor satisfação do cliente;
  • preferência aumentada da marca.

Se possível, defina vários benchmarks com seus objetivos de retorno em vez de ações excessivamente específicas, como lançar canais de vendas para um público muito específico em um território muito específico.

Conheça, nos tópicos a seguir, outras estratégias para melhorar o seu ROI:

Calcule seu retorno atual

Para melhorar o retorno de seus investimentos você deve saber o retorno que obtém atualmente com a venda um produto ou de um serviço dadas as suas condições atuais de maquinário, infraestrutura e pessoal.

Só assim você terá uma boa base de comparação para saber se um investimento será lucrativo. Você pode, por exemplo, produzir 1.000 unidades de seu produto por dia usando sua força de trabalho atual, com um custo de mão de obra de R$ 2 por unidade.

Se você está pensando em um programa de treinamento ou na contratação de mais trabalhadores, agora você tem um ponto de referência a partir do qual você poderá perceber a viabilidade do investimento.

Aumente sua receita

Uma maneira de aumentar seu retorno sobre os investimentos é gerar mais vendas e receitas por meio do aumento dos seus preços. Assim, se você aumentar as receitas sem aumentar seus custos na mesma proporção, você melhora seu retorno.

No entanto, atenção: você só pode aumentar seus preços até certo ponto ou isso pode corroer o seu volume de vendas. Por isso, usando o cálculo do seu retorno atual, procure maneiras de melhorar suas vendas e receitas de maneira que isso lhe proporcione um lucro maior do que suas práticas atuais.

Analise os custos e trabalhe para reduzi-los

Criar um mapa financeiro detalhando em que sua empresa gasta o seu dinheiro é essencial para o desenvolvimento de uma estratégia de aumentar o ROI. Afinal, realizar essa tarefa requer os números financeiros para o orçamento operacional anual da sua empresa, bem como a receita total para o mesmo período de tempo.

Outra maneira de melhorar seu retorno é reduzir suas despesas. Dessa forma, você não terá de trabalhar para aumentar suas vendas ou aumentar os seus preços para melhorar o retorno de seu investimento.

Para isso, divida suas despesas em despesas indiretas e em despesas de produção para encontrar melhores oportunidades de redução de gastos. Os custos indiretos são despesas não relacionadas à produção, como aluguel, seguro e telefonia.

Já os custos de produção são as despesas que você ter para fazer uma unidade de seu produto, tais como materiais e mão de obra. O ideal é cortar ao máximo as despesas indiretas e só cortar o que for extremamente necessário nos custos de produção. Afinal, você não pode sacrificar a qualidade de seu produto, certo?

Portanto, o retorno sobre o investimento é uma excelente forma de mensurar a qualidade dos seus investimentos. Afinal, essa é uma métrica simples, obtida com dados disponíveis na sua empresa. Além disso, o ROI fornece um panorama do impacto financeiro que o investimento teve dentro do seu negócio.

Os outros modos de obter essas informações podem ser muito dispendiosos e drenar muito tempo. Muitas vezes, sua empresa precisa de atitudes que deem resultado rápido, o que faz com que a taxa de retorno de investimento seja o dado ideal. Por isso, não deixe a simplicidade da métrica subestimar a sua importância.

Percebeu como o cálculo do ROI pode ser uma ferramenta essencial da sua empresa? Quer ter acesso a mais dicas interessantes para que seu negócio seja elevado a outro patamar? Siga nossas páginas nas redes sociais — FacebookTwitterLinkedInGoogle+ Youtube — e fique sempre por dentro!

Passo a passo: como construir do zero um modelo de projeto eficiente

Construir modelo de projeto é uma prática que ajuda — e muito! — a economizar tempo nos processos de planejamento e padronização dos projetos dentro de qualquer companhia, garantindo que a qualidade no gerenciamento seja devidamente cumprida.

Mas a adoção de modelos de projetos é mais comum em negócios que têm propostas com características semelhantes. Como uma empresa de consultoria, que, a cada novo projeto, precisa realizar um diagnóstico, ou empresas que desenvolvem softwares e precisam, antes de tudo, definir requisitos.

Assim, para quem já implantou ou pensa em implantar uma metodologia de gestão de projetos, esse método de elaboração de modelos é um excelente ativo, pois permite que a empresa ganhe tempo e qualidade em sua gestão.

Já explicamos anteriormente como criar e implantar uma metodologia — passos fundamentais para quem pensa em profissionalizar, de uma vez por todas, a sua gestão de projetos. Agora, para ajudá-lo a dar o próximo passo, veremos neste post como construir modelo de projeto eficiente!

Então, interessado? Acompanhe as nossas dicas e replique-as na sua empresa!

Passo a passo para construir um modelo de projeto do zero

Sabemos que toda implantação de um novo processo é trabalhosa — mas funciona, e se paga em muito pouco tempo. Por isso, vejamos quais são os passos a seguir para construir modelo de projeto com eficiência:

1. Identificando as informações mais relevantes

O primeiro passo para criar um modelo de projetos é definir quais são as informações importantes que precisam ser cadastradas a cada novo trabalho. E boa parte dessas informações é utilizada no termo de abertura ou no caso de negócio.

Agora, vale ressaltar que o detalhamento e a quantidade de informações variam de organização para organização. Na Project Builder, sempre utilizamos:

  • nome do projeto;
  • tipo de projeto;
  • justificativa;
  • objetivo;
  • organização/cliente;
  • programa;
  • área executora;
  • descrição;
  • escopo;
  • premissas;
  • restrições.

Essas informações vão permitir localizar mais facilmente o projeto dentro da empresa, entendendo quem é o demandante e o que, exatamente, precisa ser feito para sua conclusão. Além disso, com esses dados é possível gerar um PM Canvas ou um termo de abertura do projeto.

E ainda se pode evitar que projetos semelhantes sejam confundidos, como os que têm objetivos semelhantes, mas que são voltados para áreas distintas da empresa. Assim, dá para definir as entregas com maior confiabilidade.

2. Definindo a estrutura analítica de projetos (EAP)

Nessa etapa, são definidas as fases macro do projeto e as atividades que precisam ser executadas. Já até demos importantes dicas aqui no blog sobre como criar uma estrutura analítica de projeto, mas, nessa metodologia de modelos, o foco é pensar de uma maneira mais genérica.

Em todo projeto de desenvolvimento de software, por exemplo, há etapas de levantamento de requisitos, desenvolvimento do software, homologação, teste e implantação. E, como estamos criando um modelo, precisamos elaborá-lo de forma que sirva para pelo menos 80% dos casos, a fim de que o trabalho de edição seja menor que de criar uma EAP completamente do zero.

Outro ponto importante no modelo de EAP é criar um pacote de gerenciamento, por meio do qual serão produzidos os artefatos exigidos por sua metodologia. Em todo projeto deve ser realizado o levantamento dos riscos, a análise de partes interessadas e o plano de comunicação, por exemplo.

Essa relação vai variar de empresa para empresa, mas deixar os processos de gerenciamento que todo gerente deve seguir em um novo projeto já em sua estrutura analítica é uma excelente prática para a otimização dos trabalhos, de modo geral.

Trata-se de uma forma de economizar tempo e garantir que, independentemente da rotatividade da equipe, as etapas certas sempre serão utilizadas. Desse jeito, impede-se a perda de informações com possíveis trocas de profissionais.

3. Verificando a duração e a predecessão

Com sua estrutura analítica devidamente construída, seu próximo passo é criar o caminho lógico em que o projeto deverá ser executado. Afinal, não podemos pintar a parede antes de tê-la construída, assim como não vamos programar um software sem o cliente ter validado os requisitos, certo?

Nesse ponto, um software especialista ajuda muito. Seja o MS Project ou o Project Builder, é fundamental poder criar dependência entre as atividades e definir seu tipo — fim-início, início-início, fim-fim e início-fim.

Por mais que se invista tempo na construção do modelo, somente na prática será possível saber se ele funcionará, de fato. Por isso, pense em construir o caminho lógico do projeto do início ao fim, assim como a duração e os lags — ou as esperas — existentes entre as dependências.

Tenha em mente que certo refinamento do modelo criado deve ser necessário. E, nesse sentido, uma forma de saber se tudo está correto é definir a data de início do projeto, para verificar se todas as demais datas estão coerentes com o que normalmente ocorre.

4. Delimitando papéis e responsabilidades

Para seu projeto ser concluído como o planejado, é preciso dispor de habilidades e conhecimentos diferentes trabalhando em cada uma das etapas, correto? Pois, nesse momento, é exatamente isso o que você fará!

Essa etapa é fundamental para ajudar na delegação de tarefas e na oferta de autonomia com segurança. Até porque, sem agentes e suas respectivas responsabilidades, é provável que as etapas não sejam concluídas adequadamente.

Agora, quem utiliza o Project Builder ou outro software especialista de mercado sabe que, antes de iniciar essa atividade, é importante construir os recursos genéricos do seu projeto — como analista de sistema, programador, testador, analista de negócio, e assim por diante.

Então, em cada atividade, envolva os recursos definidos e delimite as horas necessárias para trabalhar em cada tarefa, a fim de concluir sua entrega adequadamente.

A quantidade total de horas e a duração de cada atividade deixarão bem claro se serão precisos mais recursos com o mesmo conhecimento. E, se esse for o seu caso, crie recursos genéricos diferentes — como programador 1, programador 2, e por aí vai.

Por fim, antes de concluir essa etapa, outra atenção que vale um destaque para clientes Project Builder diz respeito ao tipo de envolvimento que será utilizado em cada atividade, assim como à autonomia dada a cada membro da equipe.

5. Criando, efetivamente, o modelo

Concluída a criação da estrutura analítica e delimitadas a duração e a dependência envolvidas no processo, nosso próximo passo é salvar essa estrutura como modelo.

Vale lembrar que esse padrão será utilizado a cada novo projeto, só alterando as características específicas do trabalho, mas mantendo fiel a lógica utilizada em sua concepção. Por isso, é importante garantir que ele seja o mais amplo e completo possível, de modo que se encaixe em uma grande gama de possibilidades e necessidades do empreendimento.

Quem é cliente Project Builder irá, a partir da página de detalhe de projetos, acessar Serviço > Gerar Modelo. Já nessa seção, basta utilizar um nome que seja condizente com o modelo de projeto criado e salvar. Super simples, não é mesmo?

Assim, a cada novo projeto, você poderá acessar a Biblioteca > Modelo de Projetos > Selecionar o modelo e clicar em gerar projeto. Na próxima tela, é só cadastrar as informações relativas ao trabalho específico, definir a Data Base inicial e, em envolvidos, selecionar a opção Substituir e confirme.

Então, na próxima tela, substitua cada um dos recursos genéricos por pessoas que serão, efetivamente, as responsáveis pelas etapas do seu projeto.

6. Simulando e validando

Nessa etapa, o objetivo é testar se a lógica utilizada na construção do projeto faz sentido, de fato. Como “na prática, a teoria acaba sendo outra”, nada melhor do que simular com um projeto real se todas as atividades e os envolvidos estão funcionando corretamente, não concorda?

Durante nossas implantações, gostamos de simular com diferentes usuários e perfis de acesso se toda a estrutura funciona, seguindo a sequência lógica do projeto e concluindo cada uma das atividades. Assim, se funcionar perfeitamente, seu modelo está praticamente pronto.

Agora, caso algo não faça sentido, é hora de editar e salvar sua nova estrutura como modelo, repetindo o processo de simulação até alinhar propostas conceituais com respectivos resultados concretos.

De toda forma, essa etapa é indispensável para evitar erros que, durante a execução real, podem custar caro. Sem dúvida, vale mais a pena usar um pouco mais de tempo para afinar o modelo do que ter que lidar com as consequências da aplicação da lógica incorreta.

7. Criando pacotes opcionais

Essa última etapa pode até não ser necessária, dependendo do tipo de projeto que você gerencia. O objetivo da construção de pacotes extras é poder incluir uma fase que não está presente em todos os projetos, mas que aparece com certa frequência na organização.

Pode ser, por exemplo, uma etapa de treinamento dos usuários ou um desenvolvimento extra, que precisará seguir todo um processo. Para quem utiliza o Project Builder, é possível até construir modelo de projeto de um pacote de trabalho e, se necessário, adicioná-lo ao seu modelo.

Seja como for, utilizar pacotes opcionais pode ser um importante ganho de tempo, principalmente se você precisa adicionar mais de um pacote — como várias turmas de treinamento, por exemplo. Para isso, basta utilizar o modelo quantas vezes forem necessárias.

Então, se for o caso de criar um pacote extra, utilize os mesmos passos utilizados na criação de um projeto inteiro. E não deixe de testar para ver se o pacote realmente funciona, ok?

Agora, conforme sua empresa evolui na gestão de projetos, pode ser preciso criar outros modelos, que atendam a necessidades cada vez mais específicas. Para isso, repetir esses passos já deve ser o suficiente.

Como ter sucesso ao construir um modelo de projeto?

Os passos que vimos até aqui são uma condição totalmente necessária para chegar ao sucesso de determinação de um modelo funcional para o empreendimento. Porém, é preciso também executar algumas outras dicas que trarão mais segurança e efetividade para essa atuação.

Em outras palavras, ao colocar em prática essas recomendações, a construção ficará muito mais fácil, e com maiores chances de sucesso. Vejamos, então, quais são elas:

Adote uma visão estratégica

Além de precisar construir a parede antes de pintá-la, é preciso reconhecê-la para saber qual é a necessidade de tinta e como proceder. Essa analogia serve para demonstrar que é exigido ter um conhecimento completo do projeto antes de pensar em criar um modelo para ele.

Tudo deve começar com uma definição robusta dos objetivos principais com a realização dessa etapa. Sendo assim, adote uma visão altamente estratégica, reconhecendo quais são as reais exigências a respeito do projeto.

Também é exigido elaborar um escopo muito bem definido. Todas as informações relevantes devem ser estabelecidas previamente, de modo que haja o máximo de conhecimento sobre o que é, de fato, necessário para um cumprimento de projeto que seja altamente satisfatório.

Ainda, outra questão que vale a pena considerar diz respeito à definição de canais de comunicação e à alocação de recursos humanos. Isso forma a estrutura principal do projeto a ser executado, criando uma espécie de esqueleto de sustentação.

Em geral, essa parte é a que exige os maiores esforços e a dedicação mais intensa — mas é também uma das mais importantes.

Ela servirá de base para que as demais decisões sejam tomadas, então é fundamental dar atenção a ela. Para isso, deve ser executada para todos os projetos, antes de colocar em prática o modelo definido. Isso ajuda a fazer as adaptações necessárias para que ele se encaixe nas necessidades específicas.

Realize um acompanhamento do projeto

Construir um modelo de projeto que seja eficiente tem um objetivo principal: gerar os melhores resultados de eficiência, produtividade, atendimento ao cronograma e ao orçamento estabelecido. Porém, esse efeito só poderá ser alcançado se for feito um bom acompanhamento do projeto.

É preciso observá-lo bem de perto, e, para ele é exigido que os indicadores sejam corretamente definidos.

Nesse sentido, questões ligadas ao cumprimento de prazos, horas trabalhadas, uso de recursos financeiros e andamento do projeto normalmente são os mais importantes e que impactam nos resultados obtidos.

Uma vez, então, que eles sejam definidos e que estejam estabelecidos os métodos de acompanhamento, mantenha-se por perto para entender qual é a aderência e a efetividade do modelo executado.

Se os resultados não forem completamente adequados às necessidades e expectativas do projeto, é provável que haja alguma dificuldade quanto ao modelo criado. Por isso, inclusive, é tão acompanhar os indicadores, já que permite que mudanças sejam feitas no modelo conforme as exigências demonstradas pela prática.

Além disso, também é fundamental ficar de olho na periodicidade de acompanhamento.

Não é necessário, ou mesmo estratégico, ter uma visão micro sobre os resultados. Na verdade, um intervalo muito pequeno entre execução e medição, ou entre as próprias medições, distorce a realidade e pode fazer com que o modelo se pareça menos eficiente do que é.

Ao mesmo tempo, intervalos muito grandes evitam que tendências e pontos de mudança sejam reconhecidos. Com isso, é preciso manter-se por perto dentro de certos parâmetros, de modo a otimizar a execução desse modelo.

Faça o registro de todos os passos

Uma vez que o modelo é criado, ele deve poder ser aplicado em outros projetos, até onde fizer sentido. Do contrário, o negócio desperdiça tempo e dinheiro, diminuindo a própria rentabilidade.

Assim, para que esse modelo possa ser transmitido e executado corretamente, é fundamental que seja registrado adequadamente. Todos os seus passos de elaboração precisam ser devidamente registrados, de modo que, no futuro, se saiba exatamente quais são os pontos de construção do modelo.

Tal registro é relevante também porque ajudará na adaptação para cada escopo. Afinal, reconhecendo os passos, dá para fazer adaptações, como incluir certas etapas ou eliminar outras, em busca da melhor eficiência.

E é necessário esse registro ainda por uma questão de documentação para a transmissão de conhecimento. Assim, o modelo e a sua execução não ficam restritos a apenas uma equipe, permitindo que possam ser repetidos mesmo com a troca de profissionais dentro da empresa.

Tenha planos alternativos

Bom, de fato, nem sempre o modelo de projeto funcionará para todas as possibilidades. Muitas vezes, ele pode parecer eficiente para uma determinada opção e, a partir daí, não ser adequado para as outras do negócio. Nesse caso, é indispensável contar com planos alternativos para a contingência.

Grosso modo, a gestão precisa estar preparada para lidar com as diversas dificuldades que surgem, inclusive na execução do projeto. Isso evita o gasto de uma grande quantidade de dinheiro ou de tempo, o que poderia atrasar e comprometer as entregas.

Quando a gestão se prepara para essas possibilidades, reduz os riscos existentes na criação do modelo do zero. Além disso, trata-se de algo que traz maior segurança para toda a equipe, favorecendo a consolidação de efeitos.

Enfim, como vimos até aqui, é possível construir modelo de projeto eficiente e do zero, desde que você siga as etapas de elaboração e de implantação.

Para quem precisa se aprofundar um pouco mais na implantação de uma metodologia de gestão de projetos, um bom material complementar é nosso e-book sobre os 7 segredos para uma gestão de projetos de alta performance.

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