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Categoria: Projetos

Como priorizar propostas de projetos?

Com a dinamicidade dos ambientes organizacionais modernos, um dos maiores desafios das empresas atualmente consiste em identificar quais oportunidades de negócio são mais vantajosas dentro de determinado contexto. E essa avaliação exige cuidado quando se trata de priorizar propostas de projetos. Nesse momento, ao conseguir tomar as decisões mais acertadas, a organização pode não só economizar recursos como também maximizar seus resultados, selecionando as propostas que ofereçam maior valor agregado.

Sua empresa também está enfrentando esse desafio? Quer saber como superá-lo de uma vez por todas? Então confira nosso artigo de hoje e aprenda a priorizar propostas de projetos!

Afinal, o que são propostas de projetos?

Antes de pensarmos na priorização propriamente dita, vamos definir o que são essas tais propostas de projetos. De uma maneira bastante simples, podemos dizer que são documentos que trazem os pontos-chave para o desenvolvimento de um projeto, incluindo aí escopo, prazo, custos e recursos necessários. Elas servem para captar apoiadores (como investidores e patrocinadores, por exemplo) ou ainda obter aprovação interna para que uma iniciativa seja aceita. Por esses motivos, devem trazer informações claras e objetivas sobre o empreendimento, da implementação aos tipos de resultados esperados.

Por que priorizar propostas de projetos?

Digamos que você tenha dez propostas de projetos para serem avaliadas, mas nem todas podem ser colocadas em ação em um primeiro momento. O que resta fazer, então, é determinar uma forma de classificar essas propostas de acordo com suas relações entre custo e benefício (vale ressaltar que custo-benefício não se trata apenas de dinheiro, mas de geração de valor). Assim, deve-se priorizar aquelas propostas que tenham maior potencial para trazer retorno sobre o investimento, isto é, que gerarão mais valor para a empresa no menor espaço de tempo possível.

E como exatamente fazer essa priorização?

Na prática, o processo de priorização pode ser definido de várias formas, tudo dependendo da metodologia que a empresa decide colocar em ação. Aqui vamos dar algumas dicas de como fazer essa escolha mais facilmente. Acompanhe:

Verifique o alinhamento da proposta aos objetivos da empresa

O primeiro passo é analisar se as propostas de projetos estão alinhadas aos objetivos estratégicos da empresa. Digamos que o objetivo da organização para este ano seja aumentar a receita em 15%. Nesse caso, as propostas que tenham potencial para contribuir para que esse objetivo seja alcançado devem, obviamente, ser priorizadas sobre as demais.

Defina critérios objetivos de priorização

Se sete de dez propostas de projetos estão alinhadas com o objetivo estratégico do negócio, passa a ser preciso determinar seu grau de alinhamento, isto é, quanto cada uma pode efetivamente contribuir para atingir o resultado esperado. Para tanto, deve-se definir critérios objetivos que permitam fazer essa avaliação (aí podem entrar o retorno sobre o investimento, o custo total envolvido, a análise de viabilidade e o valor presente líquido, por exemplo).

Atribua uma pontuação relativa a cada critério

Fato é que cada critério estabelecido terá maior ou menor importância no contexto da empresa. Assim, o custo do projeto pode ter um impacto altíssimo, enquanto o prazo para sua conclusão pode não ter tanta influência assim. Para enxergar melhor essas diferenças, atribua uma pontuação para cada critério segundo uma ordem de importância, dando o devido peso a cada variável.

Parta para as comparações finais

Para avaliar o impacto de cada proposta no todo, será preciso fazer comparações entre os critérios selecionados e as respectivas pontuações atribuídas, detectando, no fim das contas, quais são mais vantajosos para a empresa. Digamos que exista uma proposta de projeto que necessite de poucos recursos, mas que, a longo prazo, tenha um ótimo retorno sobre o investimento. Já uma outra exige um maior investimento inicial, mas vai aumentar a competitividade do negócio em 10%. Aí basta concluir: qual delas contribuirá mais para seu objetivo estratégico, por exemplo, de expandir a receita em 15% até o final do ano?

É possível facilitar esse processo?

Ficou aí pensando em qual dos dois projetos seria mais vantajoso para sua empresa? Pois é exatamente essa a dúvida que faz com que muitas organizações acabem apostando na solução errada, consequentemente perdendo tempo e dinheiro com projetos de pouco valor agregado. Mas para não cair nessa, você pode usar uma técnica de priorização de projetos chamada Analytic Hierarchy Process (AHP), que leva em conta diversos atributos para fazer uma análise comparando dois a dois.

Digamos que você tenha os projetos A, B, C e D para avaliar. Então você compara A com B, A com C e A com D, determinando qual deles é mais importante. Seguindo a mesma lógica, você também fará comparações de B com C e B com D e ainda C com D. Ao final, poderá classificar todos os projetos por ordem de relevância. Assim, além de você não ficar preso somente a dados numéricos, a avaliação de cada critério sendo feita por pessoas possibilita que você use o know-how da equipe para destacar aquelas propostas de projetos que tenham um maior valor para o negócio.

Onde entram a gestão de portfólio e o PMO?

É papel do PMO fazer a priorização das propostas de projetos segundo os objetivos estratégicos da empresa, construindo um portfólio que realmente gere valor para o negócio. Os critérios de priorização devem ser determinados em conjunto com a direção da empresa, visando sempre alinhar as iniciativas e os investimentos a quaisquer que sejam os resultados esperados. Uma vez que já estão alinhadas ao planejamento estratégico e devidamente classificadas de acordo com os critérios de priorização, as propostas podem ser colocadas em prática imediatamente, facilitando o trabalho do PMO e do gerente de projetos.

Priorizar propostas de projetos é a melhor maneira de garantir resultados para sua empresa. E o melhor é que, à medida que um projeto prioritário é concluído, você pode dar início ao próximo, sempre com a certeza de que a empresa estará gerando o máximo retorno possível sobre cada investimento.

E o seu PMO, por acaso já trabalha com a priorização de propostas de projetos? Quais são os critérios normalmente empregados por sua equipe? Deixe seu comentário aqui e compartilhe suas experiências conosco!

Agile Team: quais as funções do Architecture Owner em métodos ágeis?

Falamos recentemente sobre as funções dentro de um Scrum Team, apresentando o Scrum Master, o Product Owner, o DevOps, o User Experience e o Growth Hacker. Mas sabia que, quando se trata de metodologia ágil, existem outros papéis de suma importância? Pois é o caso do Architecture Owner. Esse profissional tem como missão facilitar a modelagem da solução, atuando como um mentor do Agile Team no que se refere à arquitetura do software. Neste post vamos entender direitinho qual é o papel do Architecture Owner dentro do Agile Team e como ele contribui para o sucesso do gerenciamento de projetos ágeis em geral. Pronto? Então confira:

A atuação do Architecture Owner

O Architecture Owner é o responsável por definir a estrutura, a organização e a forma de manutenção do software, atuando junto ao Agile Team em uma abordagem colaborativa e incremental. Isso significa que ele não toma as decisões sozinho, planejando os passos e compartilhando com o time a fim de receber feedbacks e alinhar os requisitos às necessidades do cliente.

Ele pode ser membro do Agile Team, dedicando-se em tempo integral à solução, pode atuar como um consultor para um portfólio de projetos ou ainda assumir o papel de Product Owner. Lembrando que, quanto maior for a complexidade do projeto, maior também é a necessidade de ter esse profissional dedicado em tempo integral à solução, acompanhando a evolução do software dia após dia.

É por esse motivo que vemos o Architecture Owner em grandes times de projetos ágeis, em que há a necessidade de se construir subequipes de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, manter a mesma arquitetura em todo o processo de desenvolvimento.

Os princípios da arquitetura ágil

Assim como há um conjunto de melhores práticas para o desenvolvimento de softwares por meio de métodos ágeis, existe também um conjunto de objetivos e princípios que norteiam a atuação dos Architecture Owners. É importante conhecer esses objetivos e princípios para entender a complexidade da atuação desses profissionais e desenvolver essas habilidades para se tornar um Architecture Owner de sucesso. Então confira:

Objetivos do arquiteto ágil

• Foco na entrega de soluções;
• Maximização de valor para todos os stakeholders do projeto;
• Desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades dos stakeholders;
• Ativação do próximo esforço, isto é, do próximo passo;
• Gestão da mudança e da complexidade do projeto.

Princípios do arquiteto ágil

• Foco nas pessoas, mais do que nas ferramentas e tecnologias;
• Comunicação clara e assertiva com todos os stakeholders;
• Simplicidade no desenvolvimento da solução;
• Abertura e flexibilidade a mudanças;
• Priorização da solução certa para a empresa e não para determinado stakeholder;
• Entrega de um software de qualidade;
• Documentação ágil e simples.

As atribuições do arquiteto ágil

De maneira geral, podemos listar as funções do Architecture Owner da seguinte forma:
• Identificar os requisitos arquitetônicos da solução;
• Comunicar aos stakeholders sobre esses requisitos e como serão desenvolvidos;
• Descrever metáforas, princípios e padrões de arquitetura para o software;
• Definir as tecnologias e ferramentas a serem utilizadas durante o desenvolvimento;
• Determinar as especificações e interfaces dos componentes;
• Verificar a adequação da solução aos requisitos previamente identificados;
• Treinar o Agile Team para o desenvolvimento da arquitetura do software.

Além das atribuições técnicas, o Architecture Owner também tem uma função gerencial, no sentido de mediar conflitos e orientar o Agile Team no desempenho de suas atividades. Esse profissional também atua na integração da comunicação entre stakeholders, fazendo com que todos entendam o software da mesma forma e saibam como ele será desenvolvido a fim de atender aos mais diversos interesses.

As características de um Architecture Owner

Já vale ressaltar que não existe uma formação específica para se tornar um Architecture Owner, portanto, qualquer profissional com habilidades para planejar, organizar e controlar os requisitos de arquitetura de um software pode se aventurar por esses caminhos. Contudo, a verdade é que quanto maior for seu conhecimento sobre a área em que está inserido, melhor será seu desempenho.

Em vez de pensarmos em formação técnica, vamos então listar as características que melhor definem um arquiteto de soluções nos métodos ágeis:

Visão à frente

A capacidade de enxergar além dos requisitos técnicos permite ao Architecture Owner se antecipar a mudanças, prever tendências e estar preparado para oferecer sempre a melhor solução e no menor tempo possível. Sendo assim, procure se manter um passo à frente, olhando para o futuro em vez de ficar preso somente ao que está sendo solicitado no momento.

Ótica dos usuários

O Architecture Owner deve sempre ver a solução sob a ótica dos usuários, pensando em como o software contribuirá para melhorar o dia a dia das pessoas que o operarão. A ferramenta é funcional, intuitiva e fácil de manusear? O olhar cuidadoso sobre esses requisitos permite que o profissional desenvolva uma solução com maior valor agregado, que realmente atenda às necessidades do cliente.

Abertura a novidades

Mudar o processo, trazer inovações para o Agile Team e desenvolver novas formas de arquitetar um software também são habilidades inerentes ao Architecture Owner, que por isso deve estar sempre atualizado sobre as inovações tecnológicas, experimentar novas ideias e instigar o Agile Team a fazer o mesmo.

Mediação de conflitos

Por mais que as discordâncias façam parte do a dia a dia das equipes autogerenciáveis, elas nem sempre elas conseguem chegar a um consenso sozinhas. É aí que entra a figura do Architecture Owner, orientando sobre as melhores práticas e ajudando o Agile Team a prosseguir com o trabalho de forma harmônica.

Relacionamento interpessoal

A capacidade de lidar com pessoas com competências completamente distintas diariamente precisa ser exemplarmente desenvolvida por esse profissional. Compreender as motivações e limitações do Agile Team contribui para melhorar a integração entre os profissionais e aumentar a produtividade da equipe como um todo.

Experiência multidisciplinar

Uma experiência multidisciplinar é fundamental para que qualquer profissional desenvolva um bom trabalho como Architecture Owner. A multiplicidade de pontos de vista contribui para a atuação em diversos segmentos de mercado e traz novos olhares sobre os projetos desenvolvidos. Como cada situação exige uma postura diferente, a preparação se torna fundamental para assumir diversos papéis e funções durante o desenvolvimento ágil de projetos.

O gerenciamento de projetos por métodos ágeis vem se mostrando como a melhor forma de atender às necessidades mais recentes do cliente, gerando valor em todo o processo. Mas para obter êxito em cada iniciativa, é preciso pensar no Agile Team como uma integração de esforços para uma solução mais eficaz e rentável. Dentro dessa perspectiva, conforme aumenta a complexidade de cada projeto, é preciso agregar profissionais que entendam determinadas necessidades e requisitos da solução.  Esse é o Architecture Owner.

E você, já conhecia essa posição dentro do Agile Team? Sua empresa já conta com a experiência e o conhecimento desse profissional? Deixe seu comentário!

Como implementar um escritório de projetos ágeis em sua empresa

Os métodos ágeis surgiram da necessidade de se gerenciar projetos em ambientes de extrema incerteza, como no segmento de tecnologia, em que a inovação é constante. E a verdade é que o modelo deu tão certo que hoje cerca de 94% das empresas trabalham com projetos ágeis, de acordo com a State of Agile Development Survey de 2015.

Na prática, o uso dos métodos ágeis como forma de melhorar a performance do time, flexibilizar a gestão da mudança e satisfazer o cliente também acabou criando a necessidade de se ter um Project Management Office (PMO) especializado nas empresas. Mas como implementar um escritório de projetos ágeis? Qual é a estrutura desse setor e as vantagens de adotá-lo na sua organização? É o que você vai descobrir agora:

Em que consistem os métodos ágeis?

Os métodos ágeis consistem em uma forma de gestão de projetos baseada no planejamento e na execução iterativos e incrementais, isto é, segmentando os trabalhos em atividades menores, consequentemente mais fáceis de gerenciar e controlar. Durante o desenvolvimento, cada etapa concluída corresponde a uma solução útil e funcional, que pode ser imediatamente utilizada pelo cliente. Por essa razão, desde o momento da concepção do projeto, é preciso priorizar atividades, garantindo assim que as funcionalidades que geram maior valor para o negócio serão concluídas antes.

Por que investir nessa metodologia?

Os benefícios da adoção de métodos ágeis para qualquer empresa são inúmeros, estendendo-se do planejamento à entrega do produto final. Veja só:

• Escopo bem definido e objetivos claros para toda a equipe;
• Equipes autogerenciáveis, que dispensam supervisão constante;
• Comunicação alinhada e constante com todos os stakeholders;
• Melhoria contínua da solução por meio da execução iterativa e incremental;
• Flexibilidade para mudanças em qualquer fase do projeto;
• Entregas rápidas para o cliente, aumentando o grau de confiança no trabalho;
• Gestão de riscos facilitada pela segmentação das atividades;
• Adequação do orçamento;
• Maximização do ROI.

Por onde começar seu escritório de projetos ágeis?

Se a primeira providência que vem à sua mente ao falarmos na implementação de um escritório de projetos ágeis diz respeito ao espaço físico e à infraestrutura necessários, talvez seja preciso mudar um pouquinho seu ponto de vista. Na realidade, o primeiro passo para se ter um escritório de projetos ágeis na empresa é reunir uma boa equipe.
Esse time deve ser composto por profissionais especializados, devidamente familiarizados com métodos ágeis e comprometidos em gerar resultados para a organização. Então saiba desde já que, por mais que você tenha excelentes profissionais na equipe hoje em dia, se eles não estiverem engajados, de nada adiantarão. Quer saber quem exatamente forma o time do escritório de projetos ágeis?

Project Manager Officer (PMO)

É comum pensarmos no PMO como um gerente de projetos tradicional, que monitora, controla e ordena. Contudo, para que seu escritório de projetos trabalhe alinhado às melhores práticas Agile, seu PMO deve assumir uma postura consultiva. Pense bem: se você tem uma equipe autogerenciável, não precisa de ninguém dando ordens ou dizendo o que as pessoas devem fazer, certo? Precisa, na verdade, de alguém que facilite o trabalho dos colaboradores, que oriente e esteja sempre pronto a ajudar.

Product Owner
Product Owner (PO) é o responsável por definir o desmembramento do projeto em atividades menores, ordenando-as por prioridade. Esse senso de prioridade, por sua vez, é estabelecido de acordo com as necessidades da empresa em relação à geração de valor e de receita. Assim, um bom PO é aquele que conhece o negócio, está atento ao mercado e sabe exatamente como agregar valor para a organização, aumentando sua competitividade.

Scrum Master
Scrum Master atua como um orientador da equipe, garantindo que ela esteja alinhada e trabalhando segundo as melhores práticas de métodos ágeis. É esse profissional quem dá suporte técnico e emocional aos colaboradores, ensinando, mediando conflitos e os motivando ao longo do desenvolvimento do projeto.

Scrum Team
Scrum Team é como se chama a equipe do projeto, composta por diversos profissionais com habilidades complementares, capazes de coordenar sozinhos o trabalho. É o próprio Scrum Team que define a distribuição das tarefas, os prazos dentro de cada sprint e a melhor forma de desenvolver as funcionalidades. Tudo bem, a equipe está formada. Mas e agora?

Como organizar a estrutura do seu PMO?

Com o time reunido, é hora de pensar nos processos, na estrutura, nas normas e condutas que irão reger seu escritório de projetos ágeis. Confira:

Estruture seu portfólio

Toda empresa tem diversas iniciativas que podem ser transformadas em projetos, cabendo ao PMO selecionar aquelas que estão alinhadas aos objetivos estratégicos do negócio, inserindo-as no portfólio do escritório. Para tanto, estabeleça critérios de seleção, divulgando-os para todos, coletando os pré-projetos e realizando a priorização das iniciativas.

Padronize os processos

Processos, documentações e acordos de nível de serviço: todos esses pormenores devem ser tratados e padronizados para que você tenha fluxos fluidos, que agilizem o trabalho do seu PMO. É preciso garantir que sua equipe conhece plenamente o funcionamento do escritório de projetos para não surgirem entraves no percurso.

Distribua responsabilidades

Em times ágeis, não é sempre que um profissional fica na mesma posição. Afinal, como as equipes são formadas por pessoas com competências multidisciplinares, a possibilidade de se organizar várias formações estruturais é constante. Nesse sentido, é fundamental que cada membro do Scrum Team saiba o que é esperado dele, quais são suas responsabilidades e a que indicadores de desempenho individual deve ficar atento.

Mantenha o time enxuto

Deve-se tomar muito cuidado para não criar um setor de projetos ágeis inchado, com um número de profissionais além da necessidade. Para iniciativas complexas, considere convidar outros colaboradores para participar, mas sem integrá-los definitivamente ao PMO. Lembre-se de que quanto mais enxuto for seu escritório de projetos, mais ágil ele será, pois as decisões serão tomadas com mais rapidez.

Identifique indicadores de sucesso

Uma das maiores preocupações do escritório de projetos ágeis deve consistir em provar para a empresa os ganhos da adoção desse método de trabalho. Para isso, identifique quais indicadores de performance são estratégicos tanto para seu PMO como para a empresa, monitorando-os constantemente.

Implementar um escritório de projetos ágeis é uma grande decisão para qualquer negócio. Ao formar um time qualificado com uma estrutura flexível para gerir as diferentes demandas você garantirá a competitividade da sua empresa a longo prazo, gerando resultados cada vez mais proveitosos.

E aí, ficou ainda com alguma dúvida? Comente aqui e compartilhe seus questionamentos conosco! E se quiser aproveitar para conhecer quais são os principais métodos ágeis, consulte este artigo!

Glossário Scrum: 25 termos de métodos ágeis que você precisa conhecer

Especialmente se você é novo no universo Scrum, certamente já esbarrou em uma infinidade de termos desconhecidos no seu dia a dia, não é mesmo? Pois este post é exatamente para você! Resolvemos montar aqui um glossário para que você compreenda os termos mais comuns empregados na rotina dos métodos ágeis.

A ideia é tanto servir para consultas rápidas como também para dar uma visão geral sobre os conceitos que, a cada dia mais, vêm sendo discutidos e adotados no ambiente de gerenciamento de projetos ágeis. Confira os termos abaixo e veja se já está familiarizado com todos!

Autogestão

Corresponde ao princípio em que as equipes se organizam de forma autônoma. Por meio da autogestão, os times escolhem por si mesmos a melhor forma de realizar o trabalho em vez de serem dirigidos por pessoas de fora.

Burndown chart

O gráfico burndown apresenta a porção de trabalho finalizada em comparação com o planejamento. A visualização se dá pelo contraste entre a linha do trabalho planejado (caso fosse executado de maneira uniforme ao longo do sprint) e outra linha que apresenta o trabalho realmente realizado pela equipe de desenvolvimento. É normalmente usado ao longo do sprint para medir os pontos das histórias finalizadas.

Burnup chart

Apresenta a evolução do trabalho em relação ao produto final. Nesse gráfico são traçadas duas linhas, uma com a evolução do product backlog e a outra apresentando o progresso do que já foi realizado pela equipe durante os sprints concluídos. O gráfico burnup dá a visibilidade do andamento do projeto.

Equipe de desenvolvimento

Corresponde a uma das três principais funções no Scrum. A equipe de desenvolvimento é responsável pelo realização do sprint, atuando nas tarefas de cada história para a conclusão dos trabalhos.

Estimativa

A estimativa nada mais é que a pontuação prevista sobre o esforço requerido para a implementação de uma história. Ela pode ser em pontos de história, de acordo com o placar usado no planning poker.

Histórias

São itens do product backlog que representam parte do produto a ser implementado. As histórias devem conter uma descrição detalhada daquilo que deve ser efetivamente concluído.
• História preparada: é uma história que, por ter sido elaborada em comum acordo entre a equipe de desenvolvimento e o Product Owner, já está preparada para ser estimada pelo time de desenvolvimento, a fim de poder ser incluída em um sprint.
• História pronta: é uma história executada no sprint, pronta para ser apresentada ao Product Owner para sua avaliação.

Impedimentos

Os impedimentos são problemas que surgem durante o sprint e que prejudicam a equipe, seja no desenvolvimento ou na finalização de alguma história.

Incremento

Corresponde a uma parte das funcionalidades do software, uma característica adicional que vem a complementar o que já foi ou ainda está sendo desenvolvido.

Meta do sprint

A meta do sprint é definida pelo Product Owner e se trata daquilo que esse profissional espera conseguir ao final daquela leva de trabalhos.

Planning poker

Técnica para a estimativa das histórias do product backlog. É baseada no uso de cartas com valores similares às cartas de poker (o que justifica o nome do método).

Pontos de história

Representa, em forma de pontos, o esforço da equipe de desenvolvimento para concluir uma história.

Product backlog

Lista de itens ou histórias que precisam ser implementados para a criação do produto desejado ou para o desenvolvimento do projeto. Quer saber mais sobre o Product Backlog? Leia este artigo.

Product Owner

Basicamente, o Product Owner é a pessoa responsável pelo product backlog. Ele também define e prioriza as funcionalidades que o produto deve apresentar ou as atividades necessárias ao projeto, listando-as em forma de histórias no backlog. Neste artigo nos profundamos nas funções do Product Owner em métodos ágeis.

Quadro de tarefas

Recurso usado para apresentar o trabalho que deve ser implementado pela equipe de desenvolvimento. A divisão mais comum desse quadro se dá como uma matriz de 3 colunas, com tarefas a fazer, tarefas em andamento e tarefas concluídas. Um quadro de tarefas é um Kanban, abordamos esse quadro neste artigo e lançamos um Kanban interativo exclusivo para Google Drive.

Reuniões de planejamento

Por apresentarem focos diferentes, são divididas em 1 e 2, como você pode ver a seguir:
• Reunião de planejamento 1: reunião realizada no início dos trabalhos com o objetivo de definir o que deverá ser entregue no sprint.
• Reunião de planejamento 2: posterior à reunião de planejamento 1, a reunião de planejamento 2 tem o intuito de definir como a equipe realizará o trabalho para conseguir finalizar o que foi planejado.

Reunião de revisão

Realizada ao final de cada sprint, a reunião de revisão tem como objetivo apresentar ao Product Owner aquilo que foi realizado no sprint pela equipe de desenvolvimento.

Reunião diária

Como o nome já indica, é uma reunião realizada diariamente, de preferência no início da manhã ou ao final do dia, quando todos os participantes ficam de pé com o objetivo de comunicar o andamento dos trabalhos, deixando a evolução transparente para todos da equipe de desenvolvimento.

Reunião retrospectiva

Realizada após a reunião de revisão, a retrospectiva consiste em levantar tanto os pontos positivos como os negativos do sprint e, ao final da discussão, ter como resultado uma lista de ações para melhorar o processo como um todo.

Scrum Master

É um dos três principais papéis exercidos no Scrum. O Scrum Master atua ao mesmo tempo como um facilitador da equipe de desenvolvimento e um auxiliar do Product Owner, ajudando na manutenção do product backlog. Sua maior responsabilidade consiste em remover obstáculos que possam interferir nos trabalhos da equipe de desenvolvimento, resguardando-a de qualquer ofensor externo e garantindo a produtividade e a eficiência do trabalho do time. É também o Scrum Master quem procura assegurar o uso das práticas e dos valores do Scrum. Saiba mais sobre essa função neste artigo.

Scrum

Falamos bastante dele até agora, mas finalmente você vai entender o que o Scrum é: uma metodologia ágil para a gestão e o planejamento de projetos.
Aprofunde sua leitura nos links:

Sprint

O sprint representa um ciclo de trabalho no Scrum, que pode ser de 2, 3 ou 4 semanas (timebox dos sprints). E vale ressaltar que os sprints devem ter sempre a mesma duração.

Sprint backlog

Consiste na lista de histórias selecionadas para ser trabalhada em um sprint, de acordo com a velocidade da equipe de desenvolvimento.

Stakeholder

Com significado idêntico ao que tem no universo de gerenciamento de projetos tradicional, trata-se de qualquer pessoa (física ou jurídica) com interesse específico ou algum tipo de envolvimento no produto a ser gerado pelo projeto. Leia mais sobre o assunto no e-book: Guia prático para um Gerenciamento Efetivo de Stakeholders

Tarefas

As histórias de cada sprint devem ser divididas em tarefas, com esforço correspondente a, no máximo, um dia de trabalho de um membro da equipe de desenvolvimento. Isso quer dizer que as tarefas são divisões das histórias.

Timebox

Corresponde à escala de tempo definido para o sprint do projeto.

E então, já conseguiu esclarecer algumas dúvidas? Acha que deixamos algum termo importante de lado? Deixe seu comentário e contribua para enriquecer nosso post!

Como mantemos o Product Backlog a nível de negócio

Um elemento de suma importância no desenvolvimento de projetos ágeis é o Product Backlog, uma lista de funcionalidades desejadas de um produto, ou seja, os requisitos que o cliente espera receber ao final do projeto. É no Product Backlog que o projeto começa.

Neste artigo veremos como fazer um Product Backlog a nível de negócio para cliente nenhum por defeito. Ficou interessado? Então continue lendo: 

 Antes de começar, vale lembrar que o Product Backlog é estruturado em itens, as chamadas histórias, que contém a descrição detalhada dos requisitos de cada solicitação a ser implementada. O Product Owner é a pessoa que escolhe os itens que irão compor o Product Backlog e a importância de cada um deles nas reuniões de planejamento dos Sprints. É de responsabilidade dele também fazer a ponte entre executivos e a equipe de desenvolvimento, em resumo, ele é o representante dos interesses dos stakeholders conectando vários setores dentro e fora da empresa.

Visão de Negócios

É vital que o Product Owner tenha uma visão de negócios, e que as estórias não sejam pautadas apenas por requisitos técnicos. Claro que essas informações são importantes, mas o foco deve ser a geração de valor que esse produto irá trazer quando pronto.

O Product Owner também filtra as demandas e impede que novos requisitos sejam levados a equipe de desenvolvimento durante os Sprints. Por isso que sua visão não pode estar afastada dos objetivos de negócio do cliente, pois dele depende o planejamento do projeto.

Conhecimento do Cliente

Como representante dos stakeholders, o Product Owner precisa conhecer muito bem as características e capacidades da equipe de desenvolvimento quanto os interesses de negócios e necessidades do cliente. Para que não haja ruído, o ele deve ter facilidade de acesso aos envolvidos no projeto.

Foco em resultados

Outra coisa que deve estar sempre em mente do Product Owner é a busca por aumentar o valor do produto, com o maior retorno sobre investimento possível, pois ele responde sobre isso. Esse colaborador reúne em si as capacidades de três funções: Analista de Requisitos, Consultor de Negócios e Gerente do Projeto.

Imparcialidade

O Product Owner deve ter não só acesso a todos os stakeholders, mas também facilidade em falar com qualquer um independente do seu nível hierárquico. Isso significa, que seu único objetivo deve ser gerar valor para o produto, e não agradar diretores ou evitar se indispor com a equipe de desenvolvimento. Outro fator que ajuda nessa imparcialidade, é que o Product Owner não seja um chefe ou gerente da equipe.

O que é achou do artigo? Ainda acha difícil manter a visão de negócios como prioridade em um gerenciamento de projetos ágil? Conte para a gente!

O poder do Kanban

Uma das principais estrelas no mundo do gerenciamento de processos ágeis, além de ser uma metodologia que tem tudo para melhorar a produtividade da sua empresa através de uma maior organização, transparência no andamento e priorização de tarefas na execução de projetos. O poder do Kanban, que é uma metodologia Lean que prega a produção enxuta visando processos mais objetivos e eficientes.

Ao adotar esse método, a empresa passa a usufruir de processos mais ágeis e assertivos. Leia o post e aprenda sobre o poder do Kanban e mais detalhes de como ele pode beneficiar a sua gestão de projetos:

Como é o Kanban na prática?

Sua aplicação consiste no uso de cartões (ou post-its) para tornar visual o acompanhamento da execução das tarefas e andamento dos fluxos de produção. Por muitos anos, eram montados grandes quadros em que as tarefas eram divididas em “para fazer”, “em execução” e “finalizado” e conforme o andamento do projeto o post-it com uma determinada tarefa ou trabalho era colado na coluna correspondente ao seu estágio.

Com essa ferramenta, é possível compreender o fluxo de trabalho (workflow) e identificar gargalos e filas e atrasos no desenvolvimento. Além do tradicional quadro na parede, há diversos softwares que utilizam o modelo kanban para ajudar a organização da empresa, um deles é o Lean PB.

Impacto do Kanban na cultura da empresa

O uso do Kanban, seja como quadro ou em suas versões digitais, melhora a comunicação, a organização e a transparência na relação empresa e colaboradores. Por exemplo, quando se sabe as ações que estão sendo realizadas no momento e por quem, fica fácil identificar excesso de trabalho ou mesmo ócio de um colaborador. Quando vemos as tarefas que precisam ser executadas, assim que um colaborador se liberar de suas pendências ele pode já iniciar essa. E por fim, quando a equipe vê o número de tarefas já executadas isso traz uma sensação de completude, além da noção (para o time e para a empresa) do quanto o projeto já andou em direção à sua conclusão.

Isso impacta também os resultados obtidos pela empresa, com processos executados de forma mais ágil, a entrega do projeto para o cliente se dá com mais rapidez. Uma grande vantagem para ambas as partes.

Outro impacto que adotar o kanban traz é a redução do work in progress. Com menos itens em andamento, a equipe passa a ser mais objetiva e executa as tarefas com mais rapidez, uma vez que reduz o tempo gasto na troca entre atividades e na avaliação da prioridade das ações a serem realizadas.

Aprofundando seus conhecimentos em Kanban

No blog da Project Builder, já abordamos varias nuances do Kanban. Listamos esse material a seguir.
Aprenda mais sobre Kanban no novo template gratuito da Project Builder

É possível usar um Kanban para gerenciar projetos?

Kaizen, evolução contínua

Outro grande aliado na sua empresa na melhora da performance da sua empresa é Kaizen, uma estratégia que prega a melhora contínua de uma gestão. O poder do Kaizen busca principalmente localizar formas de melhorar o processo de produção e assim reduzir custos e o tempo gasto, o que representa um importante ganho de produtividade.

Uma das forças do Kaizen é dar poder à equipe para definir os programas de melhoria de performance. Isso cria um aumento de forma significativa o comprometimento dos colaboradores, na execução das atividades propostas e com a empresa.

O que achou do poder do Kanban e do Kaizen? Ficou com alguma dúvida ou quer acrescentar algo? Comente no nosso blog!

Gerenciamento de projetos: por que seus projetos falham?

Segundo o Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI, na sigla em inglês), todas as empresas executam dois tipos de trabalho: projetos e o trabalho operacional. O trabalho operacional permite uma sistematização dos processos, visto que possui uma natureza repetitiva de trabalho. Já os projetos possuem datas de início e término específicas, tornando-os de natureza única. Assim, misturar membros destas equipes pode dificultar o processo de sistematização e desenvolvimento de metodologias para a execução das tarefas. Mas por que seus projetos falham?

Uma grande parte das organizações têm sentido as consequências de planos que extrapolam o prazo, ficam acima do orçamento ou sofrem muitas alterações ao longo do tempo. Projetos podem cair em muitas armadilhas que podem afundá-los.

Separamos fatores críticos que causam falhas em projetos para você ficar alerta e evitar cada um deles. Veja a seguir!

 Falta de visibilidade

Um motivo comum que projetos falham está relacionado com a visibilidade. Todos os componentes do projeto, em todos os níveis, precisam ter acesso às informações no momento certo.

Diversas vezes, os executivos citam o fato de que não possuem visibilidade em todos os projetos. Por exemplo, eles acabam não tendo acesso ao cronograma do projeto em tempo real por conta de gerentes que apresentem planos no início do projeto e, logo após, começam a alegar aos executivos que o cronograma não está pronto pra compartilhamento ou não tem uma atualização recente.

Ainda há que, em ambientes com um ritmo mais acelerado, os gerentes são solicitados em vários projetos ao mesmo tempo. Muitos deles tentam manter o ritmo das atualizações das atividades em seus cronogramas. Os que o fazem, acabam, muitas vezes, gastando muito tempo pedindo informações sobre o andamento das tarefas.

Nem sempre os gerentes de projeto possuem total visibilidade sobre o andamento dos projetos e seus recursos. Frequentemente, as informações do andamento diário fica por conta dos membros da equipe, os quais nem sempre compartilham exatamente em quais atividades estão trabalhando naquele dia.

Uma reclamação ouvida com frequência pelos membros de equipe é sobre a falta de uma base com informações das tarefas em que eles supostamente estão trabalhando durante o dia. Por outro lado, quando os membros da equipe estão trabalhando em vários projetos ao mesmo tempo, eles podem ficar confusos no que tange à prioridade das tarefas.

Objetivos pouco claros

Grande parte das empresas aceitam mais oportunidades de projetos do que eles têm capacidade de cumprir. Isso pode gerar excesso de demanda e sobrecarga nos na equipe, ou seja, por esse motivo, muitos projetos falham. Nessa questão, os executivos desempenham um papel essencial. Há organizações que não definem de forma adequada quais as suas estratégias e metas. Se a gestão por parte dessa área da empresa não é clara a respeito das prioridades dos projetos, logo a seguir, o resto da organização também não saberá quais projetos são mais importantes. Uma boa parte das empresas se preocupa tanto em conseguir mais projetos que se esquecem da importância de se discutir metas e estratégias para que atinjam essas metas.

Para os gerentes de projeto, às vezes lhes são dados tantos projetos que eles não podem conseguir executar todos no tempo necessário. Alguns gerentes mais experientes podem logo recusar, alegando que não darão conta de tudo. Entretanto, há aqueles que aceitam por medo de perder o emprego ou algum outro motivo.

Falta de comunicação

A partir do momento em que o projeto está em execução, um problema típico é a comunicação entre as partes. A maioria das equipes de projeto usam e-mails para troca de informações a respeito dos projetos e tarefas. Nesse caso, a principal reclamação é que as informações ficam na caixa de e-mail de cada membro, de forma que, se um membro novo se junta à equipe, não terá uma visão centralizada do histórico do projeto.

Os membros da equipe costumam reclamar da quantidade de e-mails que recebem, dificultando encontrar aqueles que são realmente mais importantes para eles. Essa prática desperdiça um tempo precioso que poderia estar sendo aproveitado para executar as atividades. Neste artigo damos mais motivos pelo qual e-mail e gestão de projetos pode ser uma grande dor de cabeça para todos.

Estimativas não confiáveis

Muitas vezes, as estimativas a respeito do gasto de tempo nas tarefas são apenas suposições feitas pelos membros da equipe, com base no tempo gasto na última vez. Essa pode vir a se tornar uma suposição totalmente errada e, se der errado, causa uma falha no planejamento e um aumento de risco.

Não analisar riscos

Todo projeto é único e isso faz com que cada um possua riscos diferentes. É tarefa do gerente de projeto analisar antecipadamente o que pode dar errado. Uma vez identificados, a equipe precisa discutir sobre quais decisões tomar quando um erro acontecer e, principalmente, trabalhar de forma a evitar que tais erros aconteçam. Neste artigo damos dicas práticas de categorizar os riscos dos seus projetos.

Mudanças no projeto

Quando o projeto tem suas necessidades alteradas, então a atividade que estava sendo executada pode se tornar desatualizada ou até mesmo inútil antes que seja concluída. Pode ser necessário reavaliar as metas e objetivos e alterar partes do projeto ou, no pior dos casos o projeto inteiro.

Executar requisitos errados

O projeto ainda pode fracassar mesmo que entregue tudo dentro do prazo, qualidade e orçamento exigidos. Basta que esteja configurado para entregar algo errado. Por mais cruel que pareça, se o projeto não entregar o que é pedido, ele infelizmente falhará. Isso afetará q equipe e a forma como ela é vista. Por isso é importante fazer uma análise detalhada de tudo que é solicitado.

Metodologias ágeis, a solução dos seus problemas

As metodologias ágeis atacam cada um dos problemas citados com facilidade. A figura do Product Owner impede que requisitos errados sejam desenvolvidos e uma boa reunião de sprint evita que os objetivos não fiquem claros em cada etapa de trabalho, a própria divisão por sprints já combate que estimativas imprecisas, mudanças e riscos não analisados resultem em um produto final que não gere valor nem para o cliente, nem para o usuário.

Mesmo que o projeto que você está se preparando para desenvolver não seja apto para a aplicação de uma metodologia ágil, há alguns requisitos e práticas desse método que tem muito a impactar o seu desenvolvimento como planejamento por etapas e feedback constante do cliente. Neste artigo falamos mais sobre por que investir em metodologias ágeis. Dê uma chance para compreender as vantagens desses métodos!

Já passou por essas ou outras experiências? Como foi? Comente abaixo!

Como métodos ágeis afetam os resultados de uma empresa?

Tem-se falado muito sobre como os métodos ágeis podem gerar impactos pra lá de positivos nos resultados de uma empresa. E é a mais pura verdade. Eles realmente podem contribuir significativamente para as mais diferentes esferas, o que inclui aspectos como produtividade da equipe, qualidade dos serviços e produtos, satisfação e experiência dos clientes, entre outros igualmente impactantes.

Mas como será que isso acontece? O que diferencia os métodos ágeis das abordagens tradicionais? Pois é exatamente sobre isso que conversaremos no post de hoje. Pronto saber como a cultura ágil pode contribuir significativamente para os resultados da sua empresa? Então acompanhe:

Produtividade da equipe

Lembrando: Toda metodologia empregada no processo criativo que preveja a necessidade de flexibilidade e em que se aplique um certo nível de pragmatismo para a entrega do produto acabado é considerada ágil. Em desenvolvimento, empregar um método ágil significa manter o código simples, testar muitas vezes e entregar fatias funcionais antes de finalizar o projeto, de forma que, ao final, tudo saia conforme o planejado.

Quando a equipe trabalha na construção de um sistema, consegue testar e apresentar ao cliente pequenas peças, a fim de verificar sua assertividade. Isso torna tudo mais rápido e evita que se chegue a um produto final incapaz de atender às necessidades do usuário.

Aplicar métodos ágeis aos mais variados tipos de projetos oferece mais sensibilidade aos envolvidos para o atendimento das necessidades aferidas. E isso automaticamente ajuda a equipe se tornar mais produtiva, pois os colaboradores trabalham com prazos bem definidos e realistas para entregarem cada parte. Isso sem contar que esse esquema também proporciona tempo hábil para a correção de falhas ou incongruências que não ofereçam ao usuário uma boa experiência.

Qualidade dos serviços e produtos

Na perspectiva dos métodos ágeis, a qualidade dos serviços e produtos também é significativamente melhorada, pois há enormes avanços na comunicação, os testes são feitos com mais frequência e o envolvimento dos clientes ajuda na resolução de problemas e na assertividade acerca da geração de valor que tal funcionalidade vai trazer para o produto final.
Com os métodos ágeis põe-se fim à cultura de construir tudo antes de fazer testes, quando se ficava sem receber o feedback quando já poderia ser tarde demais. Com essa evolução, o que é construído tende a ter mais qualidade.

Satisfação dos clientes

Um dos grandes benefícios de se adotar os métodos ágeis é que os clientes não têm que esperar por um tempo muito longo quando para obter o produto desejado. Além disso, com esse sistema é quase certo que não haverá nenhuma discrepância do produto entregue em relação ao contratado. Quando o cliente recebe exatamente o que quer em menor tempo, é mais do que provável que sua experiência seja positiva, o que contribui para a reputação da marca e, consequentemente, para as vendas.

Nesse sentido, o próprio relacionamento com os clientes melhora, uma vez que eles são ouvidos durante todo o andamento do projeto, tendo a oportunidade de expor seus anseios e suas dúvidas assim que surgirem. Dessa forma eles se sentem efetivamente contribuindo para o desenvolvimento daquele produto ou serviço, o que faz toda a diferença tanto no resultado final como em sua percepção do trabalho.

Adaptabilidade do time

Métodos ágeis (veja aqui os principais do mercado) geram facilidade de adaptação a problemas e flexibilidade nas equipes, pois o tempo de resposta se torna mais curto, com os feedbacks devendo ser constantes. O gestor também consegue acompanhar tanto o desempenho da equipe como um todo como o trabalho de cada membro, tudo a partir das partes entregues do projeto. E isso também melhora seu relacionamento com os profissionais, ajudando-os a avançar cada vez mais. E o melhor de tudo é que, como você bem sabe, uma equipe bem afinada produz mais e gera menos custos à empresa. Neste e-book você encontra mais dicas para melhorar sua gestão de pessoal a fim de melhorar os resultados da empresa.

Comunicação interna e externa

Ao incentivar mais interatividade e troca de informações entre as equipes, a comunicação interna se torna mais apurada. E quando os clientes são consultados para fazer testes ou dar sua opinião sobre o andamento do projeto a comunicação externa também ganha. Com funções bem distribuídas e claras, bem como com uma boa visão de como está o andamento do projeto, possíveis mal-entendidos e desencontros de informações são evitados.

Metodologias ágeis são fundamentais principalmente quando se trata de equipes distintas, inclusive em locais diferentes, trabalhando juntas. Como o foco está em atender às necessidades do cliente final, os esforços para que todos trabalhem em uma única linha de pensamento colaboram — e muito! — para o sucesso do projeto, gerando assim uma cultura de comunicação que acaba por beneficiar a empresa como um todo.

Assertividade das decisões gerenciais

Do ponto de vista gerencial, uma cultura ágil permite que as tomadas de decisões sejam mais rápidas e eficientes, pois o gerente passa a ter um maior controle sobre todos os aspectos do projeto. Dessa forma, tudo é acompanhado em tempo real, com problemas e dificuldades encontrados sendo resolvidos durante o andamento do trabalho. Estamos falando de um processo contínuo de aprendizado e melhoria, que evita que somente ao final sejam detectados riscos e falhas, atrasando o andamento do projeto.

A cultura ágil causa uma verdadeira revolução dentro de uma empresa, afinal, quando todo mundo em um negócio sabe o que cada um faz fica muito mais fácil completar as tarefas de forma mais rápida. A aprendizagem constante também torna o negócio mais competitivo, as equipes mais motivadas e produtivas, e as decisões de gestão mais assertivas. E é claro que isso tudo é refletido na qualidade entregue e na experiência dos consumidores!

Para tanto, é preciso preparar todos os envolvidos para a mudança, uma vez que os impactos proporcionados por uma abordagem ágil devem ser bem geridos para não impactarem negativamente na percepção dos colaboradores. Assim, é preciso engajar os profissionais em uma nova mentalidade, convidando-os a saírem do convencional. Da mesma forma, é preciso mostrar aos usuários e clientes dos projetos que sua participação é importante e tem um objetivo maior: a entrega de um produto ou serviço de maior qualidade.

Percebeu como há benefícios tanto para o negócio como também para os colaboradores da empresa, para os parceiros e para os clientes? Então o que ainda está esperando para implementar essa mudança em sua empresa? Aproveite para aprender ainda mais com nosso e-book gerenciamento ágil de projetos com Scrum e PMBOK!

Como definir por onde começar um projeto?

Existem vários tipos de projetos, alguns mais simples e outros tão complexos que definitivamente não podem ir adiante sem um mínimo de ajuda. De fato, não adianta contar com as ferramentas se você não sabe por onde começar um projeto e o planejamento de tudo isso, não é mesmo?

Neste artigo vamos tratar sobre como começar um projeto. Quais devem ser os recursos, os prazos e as pessoas envolvidas? Como organizar, da concepção ao monitoramento, de forma a ter segurança para tomar decisões e flexibilidade para gerenciar o projeto e entregar valor para o cliente? Sem esses dados em mãos pode ser melhor até ficar parado do que caminhar para ter que refazer depois.

É claro que cada gerente de projetos tem sua própria metodologia de trabalho, mas isso não nos impede de dar os passos básicos para que você possa começar um projeto da forma mais tranquila e eficaz possível. Certamente, ao longo do tempo, você refinará essa checklist e encontrará sua própria maneira de fazer as coisas acontecerem. Por enquanto, melhor ter uma noção do essencial. Então anote aí:

Comece por uma boa pesquisa

Quando a ideia de um projeto surge, tem-se uma visão segmentada do valor que ele efetivamente pode gerar, de quais são seus riscos e se ele é realmente viável ou não, certo? Para desenvolver uma compreensão completa de cada caso, o segredo está na pesquisa. Vá em busca de informações sobre o mercado, os concorrentes e as inovações do momento. Identifique quais são as oportunidades de negócio que esse projeto pode trazer, que barreiras que você vai enfrentar e como superá-las, munindo-se com o máximo de informações possível. Não esqueça de registrar corretamente esses dados.
Outra dica importante é pesquisar internamente. Que projetos parecidos já foram executados? E desse cliente, esse será o 1º? Se não, quais foram os outros e o que foi alcançado?

Corra atrás de conhecimento

Tendo pesquisado bastante para começar seu projeto, chegou a hora de trocar conhecimento com outras pessoas. Boas formas de aprofundar essa pesquisa é buscar a opinião de profissionais que já tenham desenvolvido o mesmo tipo de projeto, visitar fóruns e comunidades on-line, acompanhar grandes nomes da área por meio de livros, artigos e cases de sucesso, por exemplo. Crie grupos focais para debater o assunto e se cerque de profissionais que possam oferecer o suporte necessário em momentos de dúvida. Vá em busca de experiências semelhantes e aprenda o máximo possível com elas!

Use a experiência a seu favor

Se você já desenvolveu projetos no mesmo segmento de mercado ou participou de equipes que trabalharam em iniciativas semelhantes, use essa sua experiência para definir por onde começar. Em suas empreitadas anteriores, o que deu certo e o que deu errado? Como você e sua equipe agiram em relação ao planejamento? Você tem algum registro das lições aprendidas? Revisite-as, afinal, você pode não se lembrar de todos os detalhes!

Defina seus objetivos com clareza

No que consiste seu projeto? Por que ele é importante para a empresa? Que tipo de resultados ele deve trazer com sua conclusão? Ter objetivos bem definidos é fundamental para o desenvolvimento de um projeto de sucesso! Quando você sabe onde está e onde pretende chegar, pode traçar o percurso com mais facilidade, avaliando os riscos e as oportunidades, a fim de estruturar o plano do projeto com a segurança e a flexibilidade necessárias.

Para não deixar nenhum fio solto, crie uma declaração de escopo, ou seja, um documento que defina exatamente o que será desenvolvido, detalhando todos os recursos necessários, assim como as premissas e restrições do projeto.

Reúna o time certo

Com a ideia geral bem estruturada e os objetivos traçados, vá em busca do time certo para desenvolver o projeto. Nessa hora, deixe as afinidades pessoais de lado e avalie quem está melhor preparado para levar os trabalhos adiante. Determine quais são as competências necessárias, quem trabalha melhor em equipe e que tipo de tarefa cada pessoa vai desempenhar para colocar a pessoa certa na função adequada.

Lembre-se: mais importante do que ter um time de gênios é ter um time de profissionais alocados onde se sentem confortáveis para colocarem suas competências em prática. Vale ressaltar que o time certo também precisa do líder certo para funcionar em sinergia! Portanto, promova um ambiente de interação contínua e nunca deixe de motivar as pessoas que trabalham com você!

Distribua e comunique papéis

Pessoas certas nos lugares certos também presumem distribuição adequada de papéis e responsabilidades, viu? Afinal de contas, se seu time não sabe o que é esperado dele, é bem possível que algo saia dos trilhos. Sendo assim, antes de efetivamente começar um projeto, defina o que será responsabilidade de cada um, registrando esse compromisso com o estabelecimento de metas individuais e mantendo todos cientes das inter-relações de atividades, para que um não impacte negativamente no trabalho do outro.

Converse com todos os stakeholders

Começar um projeto sem ter uma boa conversa com todos os stakeholders nunca é uma boa ideia. Pense bem: você precisa saber quais são as expectativas de cada público e como cada um impacta, positiva ou negativamente, no projeto. Só assim poderá gerenciá-los com qualidade. Então alinhe os objetivos e os resultados do projeto com cada stakeholder, ouvindo-os com atenção e procure envolvê-los na iniciativa.

Nessa etapa, destaque os benefícios que o projeto trará e como esses públicos serão impactados, além de criar um fluxo de comunicação que os mantenha informados sobre o andamento dos trabalhos. Só não descuide desse relacionamento, pois é ele que garantirá o sucesso para todos!

Estabeleça um fluxo de comunicação

O que informar, quando e para quem? Essas são algumas das perguntas que você deve se fazer ao estabelecer um fluxo comunicacional para o projeto. Além disso, defina os canais a serem utilizados na comunicação, visando controlar com eficiência todo o fluxo de informações com os stakeholders. Compartilhe um protocolo de comunicação com a equipe e deixe todos cientes a respeito de como os dados serão tratados ao longo do projeto. Níveis de acesso às informações também devem ser estabelecidos, a fim de garantir o sigilo de dados estratégicos.

Crie a carta do projeto como guia

Por fim, crie o project charter — ou a carta do projeto —, documento que será a diretriz para todas as suas ações a partir do início dos trabalhos. Nele constarão o escopo, o cronograma, os recursos, o orçamento, as premissas e as restrições. Aproveite o know-how da sua equipe para construir um guia realmente confiável, compartilhando as informações e deixando que os demais deem sugestões. É claro que não se trata de um documento inflexível, mas procure mantê-lo atualizado, sempre registrando o porquê de cada mudança, para não perder de vista seu objetivo final.

Outra forma de desenvolver uma carta do projeto é usando um software de gerenciamento de projeto, que além de oferecer controle sobre os itens já citados deste documento, oferece também gerenciamento de pessoal, relatórios diversos e muito mais!

E você, por acaso já possui uma forma para começar um projeto? Que pontos desse seu método batem com a nossa checklist? Deixe seu comentário e compartilhe suas dicas conosco! Aproveite para conferir este post com 12 passos para planejar um projeto e este outro post sobre qual metodologia adotar: ágil ou tradicional.

Manifesto Ágil: conheça os 12 princípios do Agile

Se você é um profissional da área de gestão de projetos, possivelmente trabalha sob os princípios do Manifesto Ágil, ou, pelo menos, já ouviu falar sobre esse documento.

Mas, será que você realmente sabe o que é o Manifesto Ágil e a partir de qual demanda essa proposta surgiu? E, ainda: já se perguntou como cada um dos princípios afetam o desenvolvimento do projeto de forma prática?

Se respondeu não para algum dos pontos acima, o artigo de hoje é para você! Que tal conhecer um pouco mais sobre o importante documento que é o Manifesto Ágil para aplicá-lo de forma mais consciente? Continue a leitura e confira!

 

A história do surgimento do Manifesto Ágil

Em meados dos anos 2000, um grupo de pessoas influentes da comunidade do Extreme Programming se reuniu para discutir diversos pontos que envolvem o processo de desenvolvimento de software com XP (Extreme Programming).

Nessa reunião, foram levantadas questões como os efeitos da burocratização do processo e o excesso de formalização com documentações presentes no Extreme Programming.

Naturalmente, então, inseriu-se no debate os benefícios de novos métodos que eram contrários a essa formalização exagerada, os chamados métodos leves (Lightweight Methods).

O resultado foi que os presentes perceberam que havia um espaço comum entre os dois métodos, que deveria ser observado mais de perto.

Assim, um dos integrantes do grupo — Robert Cecil Martin, conhecido como Tio Bob — resolveu convidar os interessados para uma segunda reunião e, assim, se aproximar desse espaço comum.

Ocorrida no estado americano de Utah, nos dias 11 a 13 de fevereiro de 2001, essa segunda reunião se tornou um marco para os profissionais da área de gestão de projetos, e contou com a presença de 17 pessoas muito influentes nesse setor.

No decorrer do debate, foi verificado um consenso sobre os fatores importantes no desenvolvimento de software e, assim, todos decidiram que valia a pena registrar tais questões em um documento.

Aqui, aliás, vale lembrar que essa não era a intenção inicial dos presentes, mas se tornou inevitável quando eles perceberam que estavam lidando com algo grande, e que deveria ser tratado como tal.

Assim, ali mesmo, eles elaboraram um documento que se tornou um divisor de águas para o setor:

Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de Software, mais conhecido como Manifesto Ágil ou Agile.

Esse documento, que reúne um conjunto de valores e princípios, teve como principal objetivo nortear as ações das equipes ágeis, mantendo-as focadas no que realmente agrega valor tanto para o projeto quanto para o cliente.

Baseado em 12 princípios, ele se tornou uma espécie de guia que orienta as ações, as escolhas de métodos e ferramentas dos times ágeis de projetos, maximizando os resultados. Foi uma verdadeira revolução!

Para ter uma real dimensão do impacto e do peso do Manifesto, basta pensar que além de Robert Cecil Martin, nomes como Jeff Sutherland e Ken Schwaber — fundadores do Scrum — estavam entre os dezessete signatários.

Também estavam presentes nessa reunião: Jim Highsmith, Kent Beck, Arie van Bennekum, Alistair Cockburn, Mike Beedle, Martin Fowler, James Grenning, Andrew Hunt, Ron Jeffries, Jon Kern, Robert C. Martin, Steve Mellor, Ward Cunningham, Brian Marick, Ken Schwaber, Jeff Sutherland e Dave Thomas.

Os quatro valores do Manifesto Ágil

Um ponto que merece destaque sobre o Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de software é que ele se firmou sobre quatro valores, e doze princípios.

O objetivo desses fundamentos era mostrar para os profissionais do setor quais eram os fatores valorizados por essas pessoas presentes na reunião, ajudando outros profissionais a fazer o mesmo.

Assim, definiram como mais importante a se valorizar:

— Indivíduos e a interação entre eles, mais que processos e ferramentas;
— Software em funcionamento, mais que documentação abrangente;
— Colaboração com o cliente, mais que negociação de contratos;
— Responder a mudanças, mais que

Na prática, esses valores informam que os profissionais devem saber da importância dos itens à direita, mas que os itens à esquerda possuem maior peso para o processo. Ou seja, eles creditam mais valor ao produto e ao processo.

Os doze princípios do Manifesto Ágil

Além dos quatro valores instituídos, firmou-se ainda um conjunto de abordagens de desenvolvimento de softwares que pode ser apresentado por meio de 12 princípios. A saber:

PRINCÍPIO 1: valor

“A maior prioridade está em satisfazer o cliente por meio da entrega adiantada e contínua de software de valor.”

O principal objetivo das equipes ágeis não é entregar um produto final, segundo determinados requisitos, mas entregar valor para o cliente. Ou seja, entregar uma solução que traga os melhores resultados.

Na prática, isso implica na priorização da felicidade do cliente, de sua satisfação. E essa nova forma de ver representou uma quebra de paradigma para o setor, pois passou a ser mais importante desenvolver um crescimento orgânico do software.

Trocando em miúdos, o desenvolvimento passou a ser incremental, a partir das necessidades observadas do dia a dia, não mais apenas do briefing inicial. Esse princípio lembra a máxima do marketing: entender para atender.

O próximo princípio trará mais detalhes sobre sua prática.

PRINCÍPIO 2: flexibilidade

Processos ágeis se adéquam a mudanças, para que o cliente possa tirar vantagens competitivas, aceitando alterações de requisitos mesmo no fim do desenvolvimento.
Perceba como os princípios estão interligados. Quando o primeiro princípio abre espaço para a satisfação do cliente, ele já abarca o segundo, que é ter um projeto flexível e passível de alterações.

Em um mercado cada vez mais competitivo e complexo, é preciso desenvolver projetos de maneira flexível, para que possam sofrer alterações de acordo com o contexto em que a empresa está inserida e com suas necessidades, que podem mudar durante o desenvolvimento.

Isso é, para satisfazer plenamente ao cliente, é necessário que o gestor do projeto tenha em mente que, se for necessário, ele terá que fazer alterações, inclusões, exclusões etc.

Mas essa flexibilidade somente será aplicável se o projeto tiver uma frequência de entrega, como veremos a seguir.

PRINCÍPIO 3: frequência

“Entregar o software em funcionamento com frequência, seja na escala de semanas ou meses, dando preferência a períodos mais curtos.”

Novamente, há o entrecruzamento, para que o projeto seja flexível e tenha como prioridade a satisfação do cliente — na prática, ele deverá ser entregue por partes. Cada etapa estará sujeita a validação e, por consequência, o produto final terá maior valor para o cliente.

Lembra quando falamos de um processo de desenvolvimento incremental? É isso! A cada sprint concluída, o time do projeto deve entregar uma funcionalidade ao cliente, com total capacidade para ser utilizada desde o primeiro momento.

Isso ajuda desde a percepção de valor até a testes e integrações com outros componentes do projeto.

Princípio 4: união

“Tanto pessoas relacionadas a negócios como desenvolvedores devem trabalhar em conjunto, diariamente, durante todo o curso do projeto”.

O envolvimento da gestão da empresa é fundamental para que os projetos sejam desenvolvidos de acordo com as expectativas do cliente. Essa colaboração é o que permite personalizar a solução e validá-la a cada sprint concluída.

Não é à toa que um dos papéis mais importante de um time ágil é do Product Owner, profissional responsável por ser um representante do cliente durante todo o processo de desenvolvimento. Quer saber mais sobre as atribuições deste personagem? Aproveite este artigo e conheça como se divide um time de Scrum.

Princípio 5: motivação

“Para construir projetos ao redor de indivíduos motivados, é preciso dar a eles o ambiente e o suporte necessários, confiando que farão seu trabalho”.

É fundamental que a equipe do projeto esteja motivada a desempenhar seu papel e tenha um ambiente adequado para desenvolver suas atividades, com suporte tanto na orientação das atividades quanto na adequação das metodologias ágeis.

Inclusive, se você leu este artigo sobre a divisão do time de Scrum, conseguiu identificar a figura do Scrum Master nesse princípio, certo?

Ainda, é importante que os gestores do projeto tenham em mente que as ações para que esse princípio seja posto em prática são de duas frentes, igualmente importantes: manter a equipe motivada e subsidiar a equipe com o suporte necessário.

Princípio 6: comunicação

“O método mais eficiente de transmitir informações tanto externas como internas para um time de desenvolvimento é por meio de uma conversa cara a cara.”

Se você voltar às demandas que iniciaram o surgimento do manifesto, perceberá que a burocratização era um desses pontos. Entretanto, é preciso ter em mente que o manifesto não quis excluir todas as formas de comunicação, mas sim otimizá-las.

Isso é, identificou-se que era preciso cortar o exagero de documentação que engessava e atrasava o processo.

Enfim, reuniões de planejamento de Sprint são fundamentais, sim, e fazem parte dos princípios do manifesto. Afinal, o registro de atividades não é tão eficaz quanto uma reunião da equipe do projeto para alinhar objetivos, trocar conhecimentos e planejar as próximas ações.

Princípio 7: funcionalidade

“Um software funcional é a medida primária de progresso”

A evolução de um projeto desenvolvido a partir de métodos ágeis é estimado pela entrega de um software funcional e não pela conclusão de atividades.

Agora, resgate os primeiros princípios apresentados neste artigo: viu como a funcionalidade é o resultado para a união dos três primeiros, valor, flexibilidade e frequência?

Assim, no ato do fazer — no caso desenvolver softwares — os princípios se imbricam. E isso ocorre porque o manifesto é fruto da observação do ato de fazer e da escolha das suas melhores maneiras.

Princípio 8: sustentabilidade

“Processos ágeis promovem um ambiente sustentável, com patrocinadores, desenvolvedores e usuários sendo capazes de manter passos constantes.”

Deve-se construir o ambiente ideal para o desenvolvimento de projetos, com planejamento por iterações e envolvimento de todos os afetados pelo trabalho. Esse processo deve ser contínuo, e todos devem estar disponíveis para acompanhá-lo e dar o devido suporte.

O mais importante nesse tópico é se atentar para construir algo com os recursos atuais, sem esgotá-los e multiplicando-os para usos futuros.

Princípio 9: revisão

“A contínua atenção à excelência técnica e ao bom design aumenta a agilidade.”

A revisão constante dos requisitos técnicos como também do design permitem a entrega de uma solução realmente alinhada aos objetivos de negócio do cliente, dispensando grandes mudanças no momento da entrega final.

Princípio 10: simplicidade

“Simplicidade é a arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisou ser feito”.

Menos é mais! Como os métodos ágeis dispensam boa parte de registros e outros documentos que comprometem o tempo da equipe, o trabalho se torna mais simples de ser executado. Sendo, portanto, concluído em menos tempo. Assim se garante o time to market do cliente.

Princípio 11: organização

“As melhores arquiteturas, os requisitos e os designs emergem de times auto organizáveis.“

Times ágeis são compostos por profissionais com a capacidade de se organizarem por si mesmos. Ou seja, de dividirem as tarefas e responsabilidades entre eles, sem que um gerente de projetos tenha que interferir.

Princípio 12: autoavaliação

“Em intervalos regulares, o time reflete em como ficar mais efetivo, então, se ajustam e otimizam seu comportamento de acordo.”

Na prática, esse princípio consiste na revisão do trabalho realizada que, ao final de cada sprint, permite que a própria equipe avalie sua performance e descubra formas mais interessantes de trabalhar e agilizar todo o processo.

A continuidade do Manifesto Ágil

Por fim, o manifesto representou um grito de liberdade de práticas que atravancam o processo.

No momento, era sabido que, embora dificilmente a essência (valores e princípios) mudasse, era necessário ter uma organização que prezasse por seu contínuo aperfeiçoamento e que o representasse.

Assim, com esse propósito, no final do mesmo ano (2001), surgiu a Agile Alliance. A organização sem fins lucrativos se tornou responsável por compartilhar esse conhecimento e promover debates sobre os diversos métodos ágeis existentes no mundo.

A discussão, bem como a própria organização, são fundamentais, pois o Agile é como um guarda-chuva, que abarca vários métodos que se assentam sobre seus princípios e valores.

Assim, essa contínua discussão ajuda a criar um norte para que os desenvolvedores de softwares saibam escolher os melhores métodos ou ferramentas.

E você, já desenvolve essas práticas na sua empresa? Como vem percebendo os resultados? Se gostou desse artigo, aproveite para compartilhá-lo em suas redes sociais!