
Introdução ao Método do Caminho Crítico de um projeto
Quem trabalha com gestão de projetos enfrenta desafios o tempo todo. Normalmente, alguns dos principais estão relacionados à administração dos prazos, custos e qualidade. Em um mundo empresarial tão dinâmico, gerenciar bem os recursos disponíveis — como o tempo e dinheiro — é fundamental para assegurar boas entregas e cumprir os objetivos estipulados.
Nesse contexto, cada vez mais vemos metodologias sendo criadas com a intenção de facilitar a gestão de projetos. Uma delas é o Método do Caminho Crítico (CPM), que você passará a conhecer melhor a partir de agora. Descubra o que é essa estratégia, conheça os benefícios e veja como aplicar tudo na prática!
O que é o Método do Caminho Crítico?
Chamado em inglês de Critical Path Method (CPM), o Método do Caminho Crítico é uma abordagem que permite encontrar entre as tarefas do projeto aquelas que não têm flexibilidade de datas, devendo ser concluídas dentro de um prazo determinado. Esse é o caminho crítico em si.
Por outro lado, o gestor também encontra as atividades que não têm um caminho crítico, isto é, aquelas que apresentam uma folga em seus prazos. Essas atividades podem ser concluídas com mais calma ao final, pois não comprometem o cronograma geral do projeto.
Quais são os benefícios do Método do Caminho Crítico?
Com o Método do Caminho Crítico, o gestor ganha muito mais controle dos projetos, pois passa a saber exatamente quais são as atividades cruciais que não podem ser atrasadas. Ao mesmo tempo, torna-se possível encontrar as tarefas que apresentam folgas, podendo adaptar os prazos para que tudo seja entregue sem comprometer a qualidade.
O método também revela a duração total do projeto e a sequência de tarefas, facilitando bastante o trabalho da equipe. Dentro do fluxo de obrigações a serem cumpridas, o gestor e os colaboradores passam a ter consciência sobre as atividades que exigem atenção redobrada.
Portanto, os principais benefícios são:
- identificação das tarefas mais importantes;
- redução da duração dos projetos;
- comparação do progresso real com o que havia sido planejado.
Além disso, há vantagens indiretas, como:
- redução do estresse e desgaste de colaboradores;
- diminuição da necessidade de horas extras;
- consequente economia de gastos.
Como aplicar essa metodologia na gestão de projetos?
Para aplicar a metodologia no dia a dia da gestão de projetos, existem dois pontos fundamentais a serem observados: a estimativa de duração e os predecessores de cada atividade. A partir daí, os passos para implementação são os seguintes:
- monte um diagrama com todas as tarefas e as relações entre elas. Assim você dará origem à chamada “rede orientada de atividades”;
- inclua cada atividade e sua duração;
- calcule as datas de início e de término antecipadas (early start e early finish) — este será seu caminho de ida. Atenção: quando uma tarefa contar com duas ou mais atividades que a precedem, use sempre a maior data de early finish entre essas tarefas como early start para a sucessora;
- determine a duração do projeto;
- estabeleça as datas de início e de término mais tarde (late start e late finish) — este será seu caminho de volta. Aqui, há outro detalhe fundamental: quando uma atividade tiver mais de uma sucessora, use sempre a menor late start entre as sucessoras como late finish da tarefa precedente.
Como calcular a margem de atraso de cada atividade e a folga total do projeto?
Uma das etapas mais importantes do Método do Caminho Crítico é o cálculo das folgas ou margens de atraso. O que é uma folga nesse caso? Trata-se do tempo adicional que pode ser gasto na tarefa em questão sem que a duração do projeto seja afetada.
Em outras palavras, a folga é uma “margem de atraso permitida” (MS Project, em inglês). Ou seja, é o tempo de atraso que uma atividade pode ter sem que ela atrase o início da atividade sucessora.
Para calcular a margem de atraso total ou índice de folga total de uma atividade, deve ser usada a seguinte fórmula:
MAT = EF – LF
Onde:
MAT = Margem de atraso total
EF = Término mais cedo (Early Finish)
LF = Término mais tarde (Late Finish)
Dependendo das restrições de prazo aplicadas, o caminho crítico pode ter margem de atraso (folga) igual a zero, positiva ou negativa. As atividades que compõem o caminho crítico são aquelas com margem de atraso zero, merecendo atenção redobrada.
Em quais projetos essa metodologia pode ser aplicada?
O Método do Caminho Crítico pode ser utilizado para qualquer projeto no qual o gestor queira garantir que o trabalho seja concluído da melhor forma possível, exatamente de acordo com o planejado.
Quais as melhores ferramentas para a utilização desse método?
Naturalmente, contar com um software de gerenciamento de projetos faz bastante diferença na hora de aplicar o Método do Caminho Crítico. Quanto melhor a gestão das tarefas, mais tempo o gestor passa a ter para aperfeiçoar o trabalho como um todo.
Desde a comunicação das datas e objetivos para a equipe até o controle de tempo das tarefas, uma ferramenta de gestão de projetos acaba sendo a sua maior aliada ao colocar essa metodologia em prática.
Um exemplo de ferramenta que pode ser utilizada é o Microsoft Project, por meio do gráfico Gantt. Por lá, você deve incluir todas as suas atividades com datas de início e conclusão, além de indicar a duração de cada tarefa e os antecessores. Depois, você pode ajustar a visibilidade do seu arquivo MS Project para mostrar o caminho crítico.
Contudo, você pode pesquisar outras possibilidades, já que existem diversos softwares de gestão de projetos no mercado. A partir da utilização deles, dependendo do caso, você consegue gerenciar não apenas atividades, mas também programas e portfólios utilizando uma só plataforma.
Como você viu nesse artigo, o Método do Caminho Crítico é uma abordagem que ajuda a gerenciar os prazos dos projetos, assegurando que as entregas ocorrerão nas datas estipuladas. Com isso, as equipes podem trabalhar com mais tranquilidade e a empresa evita correrias desnecessárias ou até mesmo o pagamento de horas extras não previstas, gerando economia de gastos.
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