Meritocracia e avaliação de desempenho
João e José trabalham na mesma empresa e cumprem função semelhante. Após um período, João tem uma avaliação de desempenho excelente e é promovido. José, com um desempenho razoável, continua no mesmo cargo, com o mesmo salário e as mesmas obrigações. Nada mais justo.
Para ascender na hierarquia de qualquer empresa ou local de trabalho, a avaliação de desempenho é um instrumento essencial. Esse modelo não é nenhuma novidade para a história da humanidade. Quem exerce alguma posição de liderança, como os gerentes de projetos, é geralmente o responsável pela avaliação de seus colaboradores.
É comum as empresa realizarem constantes avaliações rígidas de desempenho, que servem como um importante instrumento para a política de meritocracia. Como o próprio nome já revela, meritocracia é a promoção de uma pessoa de acordo com seus méritos. Para que seja posta em prática, a base essencial é a companhia ter um bom sistema de avaliação.
Ao gerenciar um projeto, o bom profissional precisa, portanto, estar atento ao desenvolvimento de sua equipe, observar atentamente o rendimento de cada colaborador e expor esses dados em um relatório.
Ao implantar uma política de meritocracia, é preciso atentar alguns detalhes:
1. Cada um no seu lugar
É preciso que um gerente de projetos exponha a cada colaborador qual a sua função, o que se espera de seu trabalho e quais tarefas e objetivos deve cumprir. O propósito de uma descrição do cargo é que cada funcionário saiba o que se exige dele e, assim, possa focar seus esforços para alcançar os resultados.
2. Influência externa
Além de estar atento ao que ocorre dentro da própria empresa, o gerente de projetos precisa saber avaliar com precisão o mercado. A influência externa pode tirar do colaborador o comprometimento com o seu trabalho. É preciso estar atento para que cada colaborador sinta sua participação na vida da empresa e que seus objetivos pessoais serão alcançados se a empresa cumprir suas metas.
3. Liderança positiva
É preciso que o líder desempenhe bem o seu papel, não apenas para avaliar bem a equipe, mas também para influenciar. Um bom gerente de projetos deve conduzir sua equipe como um time, não como peças isoladas. Não é saudável para o ambiente de trabalho criar um clima de competição interna. É preciso que todos estejam conscientes que ninguém fará todo o trabalho sozinho. Cada um precisa cumprir bem a sua função para que a empresa como um todo atinja seus objetivos, que assim serão partilhados pela conquista pessoais.
4. Treinamento de qualidade
Quanto melhor um gerente de projetos conhecer seus colaboradores, mais facilmente vai obter deles uma maior produtividade. Somente com uma segura avaliação de desempenho será possível estabelecer treinamentos coletivos e individuais para que uma equipe melhore sua produção.
5. Novos procedimentos
A instalação de um novo processo em uma empresa geralmente provoca uma agitação entre os colaboradores. Isso é normal, uma vez que modificar padrões operacionais de trabalho não é uma coisa simples. No entanto, isso não pode se tornar uma tempestade. Discutir o processo de forma ampla, com todos os envolvidos, facilita a implantação de novas formas de se trabalhar. Isso é importante porque um novo procedimento mal instalado certamente vai provocar perda de rendimento e desempenho, e, consequentemente, desestímulo à implantação da meritocracia.
6. Registro das operações
Um bom gerente de projetos sabe que toda e qualquer operação deve ser registrada de acordo com as normas estabelecidas. O mesmo deve ocorrer com as fichas de avaliação para que, posteriormente, quando forem consultadas, tenham validade para a adoção da meritocracia. No preenchimento, o gerente terá de ser justo na avaliação de um colaborador, referindo-se de maneira clara sobre o desempenho de cada um.