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O que é gestão de valor agregado

O que é gestão de valor agregado (GVA), e qual a importância dele para a minha empresa?

Para chegar até este artigo, talvez você tenha digitado no Google: “o que é Gestão de Valor Agregado?”. Talvez tenha clicado em um post nas redes sociais ou recebido o link de algum amigo. Sim, aqui você vai entender em detalhes o que é este método, além de visualizar como utilizá-lo em seus projetos.

Ao longo deste texto, vamos fazer uma reflexão sobre como funciona a GVA, quais os benefícios da sua aplicação no gerenciamento de projetos, entre outros pontos importantes. Acompanhe!

O que é Gestão de Valor Agregado?

A Gestão de Valor Agregado (GVA) é considerada como um dos melhores métodos para analisar a evolução dos custos e prazos de um projeto devido à sua eficiência.

Foi desenvolvida nos anos 1960 pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a partir do Cost/Schedule Control System Criteria — C/SCSC. Este é um modelo de controle de projetos criado por Quentin W. Fleming e Joel M. Koppelman, consultor de gestão e desenvolvedor de software, respectivamente.

Naquele momento, a ideia era criar um padrão para medir o desempenho de um projeto, o que acabou evoluindo e se estendendo para o mercado em geral.

Em síntese, podemos dizer que a GVA é uma abordagem estruturada que integra o escopo, o cronograma e os recursos, para então medir o desempenho e o progresso do que foi planejado.

De acordo com o PMBOK, guia de melhores práticas do gerenciamento de projetos, elaborado pelo PMI (Project Management Institute), o desempenho é mensurado a partir da comparação entre o valor agregado e o custo real.

Já o progresso compara o valor agregado com o valor planejado. Entende-se como valor agregado o valor orçado para realizar o trabalho requerido pelo projeto em um tempo determinado.

Quatro ideias centrais dão a tônica da Gestão de Valor Agregado no gerenciamento de projetos:

  1. Estabelecer as linhas de base de escopo, tempo e custo antes de iniciar um projeto;
  2. Determinar qual será o ritmo de execução do projeto (entregas, tarefas e custos, sobretudo);
  3. Integrar as linhas de base do projeto;
  4. Acompanhar a execução do projeto utilizando indicadores do método GVA.

Qual a diferença entre valor planejado e valor agregado?

Para que o conceito de GVA fique ainda mais claro, é preciso lembrar que há uma grande diferença entre o valor de planejamento e o valor agregado.

Valor planejado, como o próprio nome diz, mostra o valor que foi determinado previamente para um projeto, enquanto valor agregado mostra o quanto de valor o projeto realmente ganhou ao longo de sua execução e também ao final.

Como mostraremos mais adiante, o valor planejado é apenas uma parte do cálculo do valor agregado, que contempla também o custo real.

Como funciona o método de Gestão de Valor Agregado?

Veja, a seguir, o funcionamento básico (a aplicabilidade) da metodologia de Gestão de Valor Agregado:

Linhas base

A metodologia parte da análise das três linhas — base de escopo, custo e cronograma. A partir destas, acompanha o desenvolvimento do projeto alinhando ao que foi planejado com o já realizado.

Estas avaliações periódicas são conhecidas como Linhas de Andamento ou Data de Andamento, que comparam as informações sobre as atividades já executadas com o que foi estabelecido inicialmente. Desta forma, pode-se identificar e controlar eventuais desvios entre o previsto e o realizado e, se for o caso, agir com vistas a corrigir os problemas.

Medidas Integradas

Para avaliar e medir o desempenho do projeto, a Gestão do Valor Agregado integra três dimensões essenciais do projeto, que são: Escopo, Custo e Tempo. Ao serem associados à qualidade, compõe os objetivos do projeto.

A combinação dessas três medidas se dá a partir da aplicação das informações de dependência entre as áreas.

Análise

A Gestão de Valor Agregado adota três critérios para monitorar a performance de forma constante:

  • Valor Planejado ou Planned Value (VP): Representa o custo inicial do projeto, constituindo-se como a linha de base da análise;
  • Valor Agregado ou Earned Value (VA): É o custo referente às atividades realizadas e/ou entregues até ao momento da análise;
  • Custo Real ou Actual Cost (CR): Representa o quanto já foi gasto nos trabalhos já realizados até a presente data, que, em geral, é o status do projeto.

A partir dessas informações, é possível calcular as projeções, ou seja, as tendências do projeto, as variações, que indicam a relação entre o que foi planejado e o realizado, e os índices de desempenho do custo e tempo do projeto.

A Gestão de Valor Agregado também indica a previsão de término do projeto e as variações de prazo e custo, projetando também as estimativas para o fim das atividades. Desta forma, é possível comparar o que foi realizado com o previsto inicialmente.

Quais os benefícios da Gestão de Valor Agregado no gerenciamento de projetos?

Agora que já sabemos o que é o método GVA e como é seu funcionamento básico, podemos listar os principais benefícios de utilizá-lo no gerenciamento de projetos:

  • Melhorias no controle de status dos projetos (mensuração objetiva da situação dos projetos);
  • Acompanhamento do desempenho dos projetos do início ao fim;
  • Visibilidade precoce dos resultados dos projetos, facilitando a detecção de tendências de custos e prazos;
  • Aprendizado constante com erros e falhas;
  • Auxílio na gestão eficaz dos recursos (dinheiro, tempo, capital humano etc.);
  • Confronto dos desafios com as melhores práticas (testadas e aprovadas, logo, contempladas no método e referenciadas pelo PMI);
  • Ganhos de efetividade no gerenciamento do controle das mudanças.

O que todo gerente de projetos precisa saber sobre Gestão de Valor Agregado?

Mais que os benefícios de aplicar esta abordagem, é também interessante saber algumas respostas a respeito dela. Veja:

1. GVA contribui para tomadas de decisão mais eficazes

É igualmente válido acrescentar à lista de benefícios que a Gestão de Valor Agregado também viabiliza um processo de tomada de decisão mais assertivo.

Isso porque, através de alguns dados — tais como o que foi feito no projeto —, é possível antever os valores que serão gastos, se é preciso fazer alguma modificação com relação ao cronograma (sempre confrontando com o que foi planejado), entre outros aspectos.

2. Planejamento e execução eficientes do projeto são fundamentais para os controles de GVA

Logicamente, é preciso que o projeto seja bem planejado e executado, pois o gerenciamento das informações é essencial para a Gestão de Valor Agregado — dados incorretos podem dar às análises, por exemplo, um sentido totalmente equivocado.

3. GVA funciona melhor em empresas colaborativas e com boa comunicação

A Gestão de Valor Agregado envolve, rotineiramente, coletar, sintetizar, analisar e divulgar informações sobre os projetos de baixo para cima. É uma metodologia que requer uma coordenação eficaz e uma boa comunicação em toda a organização, pois os dados precisam ser coletados em tempo útil.

4. GVA complementa outras técnicas e metodologias de gerenciamento de projetos

A Gestão de Valor Agregado é apenas mais um dos métodos utilizados para otimizar e tornar o gerenciamento de projetos mais eficaz. Combinada a outras técnicas, ela costuma ser bem mais eficiente no controle de custos, por exemplo.

5. O apoio da diretoria da empresa é importante para a aceitação da GVA

A Gestão de Valor Agregado é melhor aceita (e usada mais facilmente) quando suportada pelo alto escalão da empresa. A razão óbvia é que ela requer recursos para ser implementada.

Em projetos simples, a GVA pode ser implementada usando ferramentas prontamente disponíveis, como o Microsoft Excel, por exemplo. Já em projetos complexos, é necessário ter uma tecnologia mais sofisticada, contabilidade e apoio organizacional.

Além disso, independentemente do tamanho ou do tipo de projeto, a equipe precisará de treinamento na metodologia.

Gestão de Valor Agregado no seu negócio: você está pronto para aplicar em seus projetos?

Como vimos até aqui, valor agregado, valor planejado e custo real são elementos básicos da Gestão de Valor Agregado. Eles podem ser usados ​​para gerar uma visão geral básica do status dos projetos.

Em suma, valor agregado é o valor do trabalho realmente concluído até a data, valor planejado é o valor que deve ser ganho conforme o cronograma e custo real é o montante gasto no projeto até o momento da análise. Depois de ter essas informações em mãos, o gerente de projetos pode encontrar o status atual e compará-lo com o progresso planejado.

Logo, ao fazer a Gestão do Valor Agregado, as empresas conseguem controlar o status de seus projetos, a partir de avaliação e indicadores de monitoramento que apontam tendências e, consequentemente, reduzem os riscos, custos e atrasos de execução e entrega.

Enfim, é possível elevar o retorno sobre os investimentos (ROI) nos projetos a partir deste acompanhamento mais “cirúrgico”, mais estratégico do valor agregado.

Uma gestão estratégica deve acompanhar o desempenho dos projetos desde sua fase inicial de planejamento até seu encerramento, aprendendo com os erros e aplicando as melhores práticas.

Não importa qual o tamanho da sua empresa, nem qual é o seu mercado de atuação, é sempre útil contar com análises para conhecer o real andamento dos projetos e melhorá-los constantemente. Nesse acompanhamento, quando se contempla também o valor agregado, o gerenciamento dos projetos ganha ainda mais consistência e assertividade.

Então, você entendeu o que é Gestão de Valor Agregado? Já aplica esta abordagem em seus projetos ou pensa em aplicá-la? Deixe seu comentário!

 

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