Teste Grátis

Autor: Analista ADC

Como lidar com vários tipos de funcionários em projetos?

A matéria-prima mais importante para que se consiga desenvolver um projeto de qualidade são as pessoas. Saber como conduzi-las costuma ser também a missão mais desafiadora. Pensando nisso, identificamos os principais tipos de funcionários e explicamos a maneira como se comportam para que você possa aprender a lidar com eles. Confira!

O participativo

Esse camarada é do tipo que sempre se voluntaria para tudo. Está sempre alerta, talvez para se mostrar ou simplesmente porque é interessado e deseja ajudar no que puder. Quer se envolver desde as atividades mais simples até as mais complexas.

Depois que termina alguma coisa, fica bastante feliz por se sentir útil e não demora a perguntar o que mais tem para ser feito. Rapidamente está envolvido com outro serviço.

Às vezes pode parecer um pouco intrometido, mas é um bom profissional para se ter em um projeto. Se depender dele, nada fica parado.

O que você precisa fazer é canalizar toda sua energia para as tarefas corretas. Assim ele não atrapalha o cronograma realizando algo que ainda não está na hora.

O dramático

Surgindo quando menos se espera, esse funcionário tem a necessidade de expor sua falta de sorte. Tudo é mais difícil e doloroso, e nunca há uma saída que resolva um acontecimento de um jeito simples.

Para trabalhar com esse perfil, é indispensável traçar limites e sempre tratá-lo de forma profissional.

Ele vai querer a sua atenção e a de todos os membros da equipe, e quanto mais espaço tiver, mais fará sua cena. Por isso, o fundamental é conversar com ele avaliando exatamente o que está ocorrendo para não dar margem para excessos. Mostre que a atitude dele pode piorar ainda mais a situação.

O procrastinador

Todo mundo tem alguns dias que não são tão produtivos, mas esse funcionário transforma essa exceção em regra. Pode ser que ele possua uma atenção muito dispersa e dificuldades em se concentrar.

Aqui, as dicas são duas. Primeiro, certifique-se de que ele esteja ligado a somente um serviço de cada vez. Do contrário, acabará atrasando a entrega porque “está produzindo coisa demais”.

A segunda recomendação é delimitar prazos de tarefas objetivas e bem estabelecidas. Faça isso do lado dele para que depois não haja reclamações relacionadas ao período de tempo definido.

O perfeccionista

Esse colaborador é aquele que se preocupa com cada detalhe em seu devido lugar. Se o time estiver discutindo um plano de contingência e mitigação de riscos que são iminentes, ele vai interromper a reunião para corrigir as vírgulas da apresentação.

Apesar de muito útil, tem a tendência de perder tempo com afazeres que não são tão relevantes, mas é possível tirar um bom proveito dele na sua gestão de projetos.

Nesse caso, defina os prazos para as atividades que ele tem que realizar. Faça questão de reforçar essas datas-limite. Ressalte também qual é o escopo do serviço para que ele não queira consertar outras coisas pelo meio do caminho.

Se quiser, coloque-o desempenhando alguma função ligada à qualidade. Com certeza ele vai gostar.

O competitivo

Esse sujeito costuma ser um “trator”. Ele fará o que for preciso para cumprir todas as demandas dentro do limite de tempo que tem. Talvez o resultado não fique o melhor possível ou ele acabe passando por cima de pessoas e até de uma ou outra regra.

Seu objetivo é produzir tudo que passarem para ele. Se não der conta, ele se sentirá péssimo por um momento e voltará no dia seguinte com o dobro de energia.

O ponto positivo é que você não terá que ficar cobrando dele a execução de tarefas, mas o negativo é que esse profissional não tem o hábito de ajudar os outros.

Por isso, encontre uma forma de ele focar em bater metas coletivas, e não individuais. Ao perceber que será valorizado apenas se o grupo tiver um bom desempenho, ele finalmente começará a atuar em equipe.

O questionador

Com o rei na barriga, esse funcionário entende de bastante coisa. Ou pelo menos pensa que sim. De qualquer maneira, é o suficiente para sempre aparecer com um comentário mais ácido ou uma observação que mostre o tanto que conhece de algo mais do que todos.

O que você pode fazer é trazê-lo para o seu lado ao invés de bater de frente com ele. O questionador, que normalmente tem um gênio difícil e pouca flexibilidade, é vaidoso e gosta de se sentir valorizado.

O melhor jeito de utilizar isso a seu favor é colocar atividades mais difíceis nas mãos dele. Provavelmente, ele terá que suar um pouco a camisa para resolver tudo de modo que ninguém possa achar erros.

Na pior das hipóteses, se ele não conseguir se sair tão bem nessas tarefas mais complexas, pelo menos não poderá criticar o próprio trabalho.

O indeciso

O colaborador indeciso é aquele que não toma partido, não assume nada e não questiona. Geralmente fica em cima do muro quando tem que tomar decisões importantes e não sabe lidar com elogios.

Talvez por timidez ou falta de competência técnica, não se posiciona a não ser que seja obrigado a isso. Sendo assim, é necessário forçar uma resposta.

Dê a ele um prazo razoável e ao final cobre uma atitude sobre aquilo que precisa ser finalizado. Se a situação não mudar, não hesite em pressioná-lo um pouco.

Faça isso algumas vezes e quando ele agir corretamente, elogie sua performance para que ele se sinta bem. Se erros forem cometidos, aponte onde ele falhou e explique o que poderia ter sido feito diferente. Seja profissional e mostre que a vida continua (e o serviço também).

O papel do líder

Não é fácil ser líder, principalmente um que seja bom, mas se você está na área de gestão de projetos, é fundamental entender que essa é a única opção.

Além de fazer o trabalho avançar, você tem a responsabilidade de deixar a casa em ordem. Para isso, precisa aprender a lidar com as pessoas, compreendendo suas singularidades e extraindo de cada um o que há de melhor.

Com tempo e experiência, a relação com os colaboradores se torna mais fácil, mas sempre surgem desafios novos e isso também é proveitoso.

E você? Reconheceu na sua empresa alguns dos tipos de funcionários que citamos? Se as dicas foram válidas, não deixe de ler também nosso post sobre o papel do líder no gerenciamento de projetos!